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Fibra assina manifesto em repúdio a atos que incentivam aglomeração de pessoas

O governo do Distrito Federal planeja a reabertura gradativa de atividades econômicas, permitindo que setores voltem a funcionar de forma segura durante a crise de saúde da Covid-19.

Para garantir a retomada das atividades com segurança, é necessário que todos os cidadãos respeitem os protocolos de saúde estabelecidos pelo governo do Distrito Federal para o convívio social, colaborando com um ambiente com menos riscos de disseminação do novo coronavírus.

Porém, tem ocorrido com constância em Brasília atos de mobilização popular que ignoram as determinações do governo do DF para contenção da Covid-19. Nesse domingo, 24 de maio, pessoas aglomeraram-se em mais uma manifestação em frente ao Palácio do Planalto, sem utilizar máscaras e sem respeitar as distâncias de segurança entre si, necessárias para reduzir riscos de contágio.

Em resposta, o setor produtivo do DF publica manifesto conjunto em repúdio a esses atos. Assinam o texto a Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), Câmara de Dirigentes Lojistas do Distrito Federal (CDL-DF), Federação das Associações Comerciais e Industriais do Distrito Federal e Entorno (Faci-DF) e Federação Interestadual das Empresas de Transporte de Cargas (Fenatac-DF).

“O desrespeito às normas de cuidado com a saúde neste momento pode significar um crescimento no número de contaminados pela Covid-19, forçando a necessidade de um novo fechamento de empresas”, diz o presidente da Fibra, Jamal Jorge Bittar. “O cidadão deve cumprir as regras para colaborar com a redução da contaminação. Eu apoio a todo e qualquer movimento democrático, mas ações irresponsáveis colocam em risco a vida de pessoas e isso é inaceitável. O setor produtivo não apoia esse tipo de ato”, afirma.

Leia o manifesto:

Saúde e Liberdade

Podemos celebrar que as vítimas da pandemia de Covid-19 em Brasília são bem reduzidas, em comparação às outras grandes cidades do Brasil.

A legislação rigorosa sancionada pelo governador Ibaneis Rocha para evitar aglomerações e a circulação desnecessária da população, assim como a abertura lenta e gradativa do comércio e de toda a economia, começa a evitar mais vítimas, falências, desemprego e falta de recursos para o governo do Distrito Federal.

É louvável o cuidado com a recuperação do comércio, mas a iniciativa privada espera que o preço da liberdade não seja o risco da vida humana. O setor empresarial aceita as condições de cautela da abertura do comércio, indústrias e serviços e garante ter empenho com de proteger lojas e ambientes de trabalho com higienização química e combate às aglomerações.

O povo do Distrito Federal está surpreso pelas desobediências civis, que ajudam a pandemia. A grande concentração de pessoas, sem proteção sanitária, como por exemplo nas manifestações ocorridas na Esplanada dos Ministérios, pode ser razão para uma explosão de contágios com o vírus Covid-19.

As maiores vítimas serão os mais vulneráveis. A concentração de pessoas, a maioria das cidades satélites, planta a semente do contágio da pandemia.

Brasília assistiu a um evento em apoio ao governo federal, onde houve desrespeito à legislação do GDF, quanto ao uso obrigatório de máscaras, contato humano com as mãos e estímulo a aglomerações.

A iniciativa privada jamais será cúmplice do estímulo ao descumprimento da lei e aos riscos de contaminação, sobretudo da população desprotegida. Caso a pandemia se alastre por todas as cidades do Distrito Federal, será inevitável alterar o ritmo da abertura comercial.

Os empresários serão os primeiros fiscais da obediência civil. É um absurdo estimular novas mortes e permitir a volta do fechamento da economia. Iniciativa privada do Distrito Federal defende a liberdade do comércio, mas acredita que nenhum remédio deve se transformar em veneno.

Texto: Nilson Carvalho
Assessoria de Comunicação do Sistema Fibra

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