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Publicado: Sexta, 06 Novembro 2020 13:45

A Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) promoveu nessa quinta-feira, 5 de novembro, o debate Empreendedorismo Feminino — As Mulheres no Mundo dos Negócios. A live foi transmitida pela internet e pode ser revista no canal da Federação no YouTube.

O debate teve como convidadas a embaixadora da The Women’s Entrepreneurship in the Americas e idealizadora do Instituto Gloria, Cristina Castro, e a presidente da Câmara de Mulheres Empreendedoras e Gestoras de Negócios do DF, da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do DF (Fecomércio-DF), Beatriz Guimarães. A mediação foi feita pelo diretor de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico da Fibra, Graciomario de Queiróz.

Em cerca de uma hora de conversa, foram abordados temas como desafios enfrentados no empreendedorismo feminino e a participação de mulheres em pesquisas, biotecnologia e produções tecnológicas. “Ser empreendedor não é necessariamente ser empresário, é buscar diferencial competitivo. Uma das competências para isso é a inovação, fazer algo novo agregando valor, que pode ser social. Se como dona de casa eu transformo o bairro onde vivo, melhoro a iluminação, ajudo a comunidade a vencer algum obstáculo, eu estou sendo empreendedora”, pontou Cristina.

Ao destacar a importância da educação masculina para a construção conjunta dos afazeres familiares, Beatriz comentou sobre elementos que dificultam a inserção de mulheres no empreendedorismo. “Pesquisas apontam que a maternidade e o trabalho doméstico não remunerado são fatores limitantes para a mulher empreender; outro fator são crenças limitantes [pensamentos que limitam o crescimento].”

Nesse sentido, para ela, é preciso ir além do empreendedorismo por necessidade. “Quarenta e quatro por cento das mulheres empreendem dessa forma, buscam o que sabem fazer, e é muito importante que a gente rode essa matriz. Os setores em que as mulheres mais trabalham também foram os mais atingidos pela [crise causada pela] covid-19: beleza, alimentação e vestuário. Elas, além de terem de dar mais atenção aos filhos, ainda tiveram a fonte de receita diminuída.”

Ao destacar o Dia do Empreendedorismo Feminino, celebrado em 19 de novembro, Cristina ressaltou: “Olhar hoje para a mulher significa pensarmos em agendas do desenvolvimento sustentável. Mulheres só sairão de condições de violência ou de problema se estiverem empoderadas e com condições de se manter.”

Ao término da live, Graciomario de Queiróz, apontou o momento como uma oportunidade de ouvir o setor o produtivo e a academia. “O setor produtivo, a academia e o governo formam a tripla hélice que move o mundo. Brasília tem um potencial muito grande, às vezes adormecido. Temos a obrigação de despertar isso, e ações como a de hoje podem desdobrar outras.”