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Publicado: Segunda, 01 Fevereiro 2021 14:02

A indústria do Distrito Federal iniciou 2021 com expectativas positivas. Medido na primeira quinzena de janeiro, o Índice de Confiança do Empresário Industrial do DF (Icei-DF) marcou 60,5 pontos no mês. Comparado com janeiro de 2020, a queda do Icei-DF foi de apenas 4,4 pontos, com o indicador posicionado em um patamar muito próximo ao anterior.

O Icei-DF segue tendência positiva iniciada em julho do ano passado, quando superou pela primeira vez a linha dos 50 pontos após forte queda de expectativas em abril, motivada pelo agravamento da crise global de saúde. Marcou 60,4 pontos em dezembro e teve leve aumento em janeiro de 2021 — 0,1 ponto. Para o presidente da Federação das Indústrias do DF (Fibra), Jamal Jorge Bittar, é muito importante que após um ano difícil, 2021 comece com boas expectativas. “Existe um sentimento positivo na indústria em uma tendência iniciada em julho, indicando que, apesar das condições difíceis, há perspectivas positivas para o setor nos próximos meses”, afirma Jamal.

Para compor o Icei-DF, são avaliados dois componentes: o de expectativas e o de condições atuais. Para os próximos seis meses, a expectativa do empresário da indústria do DF é positiva, com o índice fechando janeiro em 65,8 pontos — aumento de 0,8 em relação a dezembro.

Quando questionado sobre as condições atuais, o empresário industrial do DF é menos otimista. Em janeiro, o dado que mede a sensação do empresário sobre o momento atual marcou 49,9 pontos. Apesar de estar praticamente sobre a linha dos 50 pontos, que divide confiança de falta de confiança, o sentimento é negativo, puxado por um recuo de 1,3 ponto. Desde abril de 2020, o componente de condições atuais está abaixo da linha dos 50 pontos, com exceção da medição feita em dezembro, quando o indicador foi a 51,2 pontos.

Na avaliação do presidente da Fibra, a queda na percepção das condições atuais no mês de janeiro foi influenciada por fatores sazonais como a redução das encomendas após as festas de fim de ano e pelo início da cobrança de impostos como o IPVA e o IPTU, que impactam no fluxo de caixa das empresas. “O importante a se observar no gráfico é que o índice de expectativas no último ano esteve quase sempre muito acima das condições atuais. Esse movimento deixa claro que a confiança vem sendo puxada pelas expectativas, já que as condições atuais não se mostraram favoráveis. A consequência é um indicador de condições atuais com números baixos”, afirma Jamal.

Vacinação
Em 17 de janeiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), autorizou o uso emergencial das vacinas CoronaVac e de Oxford, permitindo o início da imunização no Brasil contra a covid-19. Para Jamal, mesmo com a pesquisa do Icei-DF ter ocorrido até 15 de janeiro, a possibilidade do início da vacinação foi um fator que colaborou para manter positivas as expectativas do empresário. “A única maneira de se garantir o retorno pleno das atividades sociais e econômicas é com vacinação em curto prazo e em larga escala. A retomada da economia depende de um programa de imunização nacional efetivo, que ainda não foi apresentado pelo governo federal. Caso contrário, veremos novamente a frustação dos empresários”, afirma.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial do DF é medido desde 2010. Os dados são coletados pela Fibra, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Instituto Euvaldo Lodi do DF (IEL-DF) e com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no DF.

Dados nacionais
Diferente da medição no DF, o Icei nacional recuou 2,2 pontos em janeiro. O índice marcou 60,9 diante de 63,1 pontos em dezembro. A queda foi motivada pela incerteza em relação aos próximos meses e pelo fim das medidas emergenciais em apoio à população e às empresas em razão da pandemia da covid-19.

Baixe aqui o Icei-DF de janeiro de 2021 ou clique aqui para acessar a série histórica do índice.

Texto: Nilson Carvalho
Assessoria de Comunicação da Fibra