Notícias

Indústria do DF fecha 2009 com índices positivos

Os resultados da pesquisa “Indicadores de Desempenho da Indústria do DF” do mês de outubro apontam o início do ciclo sazonal de aquecimento do setor. Trata-se de um movimento típico desse período do ano e reflete o aumento da demanda interna com a chegada das festas natalinas. A pesquisa é realizada mensalmente pela Federação das Indústrias do DF (FIBRA), em parceria com o Instituto Euvaldo Lodi – IEL/DF e com apoio do SEBRAE/DF.

Em outubro todas as três variáveis registraram expansão frente a setembro. O faturamento aumentou 1,13%, o emprego 1,57% e a utilização da capacidade instalada 1,37 ponto percentual, passando de 65,41% para 66,78%. No acumulado do ano, o faturamento cresceu 4,84%, o pessoal empregado 2,56% e a capacidade instalada ficou em 64,06%.

As perspectivas da Fibra para 2010 são melhores ainda: crescimento de 7,5% no faturamento, de 3,5% no pessoal empregado e de 70% de utilização da Capacidade Instalada.

Para o presidente da Fibra, Antônio Rocha, os números mostram a capacidade de recuperação da economia do Distrito Federal: “No começo da crise, imaginávamos que o comportamento da indústria no DF seria pior. Fechamos o ano de 2009 com indicadores positivos e com as esperanças renovadas e perspectivas positivas para 2010, com os investimentos para a Copa do Mundo e a implantação do Parque Tecnológico Capital Digital”, avaliou.

O faturamento industrial cresceu 1,13% em outubro na comparação com o mês anterior, sem ajuste sazonal. Com isso, a variável reverteu a queda registrada em setembro e passa a registrar sete variações mensais positivas em dez meses do corrente ano. No acumulado de janeiro a outubro, o indicador registra crescimento de 4,84%, a maior taxa anual apurada em 2009. Cumpre destacar que a expansão do faturamento na base anual é compartilhada pela maioria das atividades do setor de transformação da indústria brasiliense.

Esse resultado sintetiza os reflexos dos investimentos do GDF e a conseqüente expansão do emprego e da massa salarial. Cabe destacar ainda os efeitos em cadeia gerados pelas desonerações dos setores automobilístico, linha branca, móveis e material de construção.

A FIBRA estima que o faturamento encerre o ano com um crescimento próximo a 4%, caso a variável mantenha em novembro e dezembro o mesmo ritmo de crescimento de outubro.

O emprego industrial retomou sua trajetória de crescimento iniciada em abril de 2009. Em outubro, o pessoal ocupado aumentou 1,57% frente ao mês anterior, sem ajuste sazonal. Considerando que a variável apresenta forte correlação com a expansão da oferta de bens e serviços fabris, percebe-se um alinhamento entre as expectativas dos empresários e o cenário de aumento sazonal do consumo.

O acumulado do ano até outubro mostra uma expansão de 2,56% frente ao mesmo período de 2008, o que reconduz o emprego industrial na capital federal a níveis pré-crise.

Outro indicador que também corrobora com esse cenário favorável de expansão da produção é a Utilização da Capacidade Instalada (UCI). Em outubro, a variável alcançou 66,78% e ficou 1,37 ponto percentual acima da taxa observada em setembro (65,41%). Essa é a melhor taxa mensal observada em 2009. No ano, a UCI média apurada no período de janeiro a outubro atingiu 64,06%.

A estabilização da utilização da capacidade instalada em torno de 64% mostra que o setor tem grandes possibilidades de expandir a produção sem pressionar preços, o que é positivo para a economia. “O ano de 2009 pode ser considerado positivo para a indústria na capital federal, cenário que contrasta com o contexto nacional, que enfrentou mais severamente os efeitos da crise financeira internacional”, avalia o presidente da Fibra, Antônio Rocha. “Enquanto a indústria no DF manteve um ritmo gradual de expansão, na maioria das capitais brasileiras o quadro foi de suave recuperação. Essa diferenciação entre o DF e as demais regiões se deve as características peculiares da economia brasiliense”, completa.

No DF a indústria apresenta um perfil produtivo concentrado na oferta de bens de consumo semi-duráveis e não duráveis (alimentação, vestuário, móveis, gráfica e produtos de metal). Além disso, cabe destacar ainda, o fato de o mercado consumidor possuir uma parcela representativa (20%) de pessoas empregadas no setor público, com um nível de renda três vezes acima do setor privado, o que garantiu um nível médio de consumo no período mais intenso da crise.

Já as demais regiões brasileiras apresentam um perfil produtivo mais concentrado na produção de bens de consumo durável (carro, eletrônicos, etc), bens intermediários (insumos produtivos) bens de capital (máquinas e equipamentos). E, nesse caso, o nível de consumo foi afetado pelo aumento do desemprego nos primeiros seis meses de 2009.

NÚMEROS DA INDÚSTRIA BRASILIENSE EM 2009

• Faturamento: crescimento de 4% frente aos 8,5% de 2008.
• Pessoal Empregado: crescimento de 2,3% frente a queda de 0,99% de 2008.
• UCI: estabilidade, em torno de 65%.

PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA BRASILIENSE PARA 2010

As perspectivas para o próximo ano são as mais positivas. É esperado um crescimento da economia brasileira de 5,5%, superando, dessa maneira, a provável queda de 4,5% em 2009.

Neste contexto de crescimento, a indústria brasileira irá assumir um papel importante como líder desse processo, com alta de 7,0%, favorecida pela expansão do mercado interno e pelos estímulos gerados com a desoneração fiscal de setores intensivos de mão de obra.

O Distrito Federal não fugirá a regra do contexto nacional. A economia brasiliense deverá apresentar um desempenho bem acima do ano de 2009, considerando que o ano de 2010 será atípico, tendo em vista a ocorrência de eventos importantes, como as comemorações dos 50 Anos de Brasília, em abril; Copa do Mundo, no meio do ano; Eleições, em outubro; e, finalmente, a previsão orçamentária do GDF de investimentos de R$ 1,5 milhão em obras de infraestrutura.

Esse conjunto de fatores exercerá um efeito positivo sobre as expectativas do setor, favorecendo o faturamento, o emprego e o nível de UCI.

A expectativa da Fibra é de um crescimento de 7,5% no faturamento, frente os 4% de 2009, de 3,5% no pessoal empregado, frente aos 2,5% de 2009, e de 70% de utilização da Capacidade Instalada, frente os 65% de 209.

Informações para a imprensa
Moacyr Oliveira Filho
Assessor de Imprensa da Presidência
Sistema Federação das Indústrias do DF (Fibra)
61 3362-3815/ 9258-6801

Fotos: Cristiano Costa / Unicom

Pesquisa

 

 BANNER ACESSE EDITAL Prancheta 1

banner indicadores

banner nac