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Lula defende política industrial e critica taxa de juros em evento na CNI

14 8 2024 Um Projeto de Brasil Carta Capital Fotos Marcos Gomes 6O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a nova política industrial brasileira e criticou a taxa básica de juros durante evento realizado nesta desta quarta-feira, 14 de agosto, na Confederação Nacional da Indústria (CNI). Ao lado do presidente da CNI, Ricardo Alban, e da editora da CartaCapital, Manuela Carta, Lula participou da abertura da segunda rodada do ciclo de debates Um Projeto de Brasil, promovido pela CartaCapital em alusão aos 30 anos da marca, comemorados este mês.

Com o tema Infraestrutura: Integração Nacional Sul-Americana, líderes dos setores público e privado debateram ideias para o futuro do Brasil em duas mesas. A primeira abordou A América do Sul e o Pacífico: as Novas Rotas Comerciais e a segunda, Transição Energética Justa e Inclusiva.

“A integração com a América do Sul é imprescindível para a inserção internacional do Brasil. Mas, antes de tudo, é preciso consolidar a integração nacional, promovendo o encontro do Brasil consigo mesmo”, ressaltou Lula. “Precisamos de uma integração regional profunda, baseada no trabalho qualificado e na produção de ciência, tecnologia e inovação, para a geração de emprego e renda.”

De acordo com Lula, a nova política industrial brasileira se propõe a aumentar a complementariedade com os biocombustíveis e adensar cadeias produtivas. “Os ônibus elétricos que circulam em nossas metrópoles poderiam ser produzidos na América Latina e não do outro lado do mundo. Temos tudo para nos tornar um elo importante na cadeia de semicondutores, baterias e painéis solares”, afirmou.

Em discurso, o chefe do Executivo federal também defendeu a recuperação da indústria bélica brasileira: “A indústria da defesa precisa ser forte, precisa funcionar, porque ela gera tecnologia e emprego”.

Assim como a CNI, Lula tem criticado com frequência a elevada taxa básica de juros do País, que atualmente está em 10,5%. “Baixar o juro é uma briga eterna. Mas mesmo se o juro for zero, se o cara [sic] não tiver dinheiro, ele não vai consumir. O importante é a circulação do dinheiro”, discursou o presidente.

Lula também voltou a criticar a União Europeia pelos obstáculos para a conclusão do acordo comercial com o Mercosul. Afirmou que o Brasil e seus parceiros no bloco sul-americano fizeram a sua parte e que agora cabe aos europeus resolverem as suas pendências.

O presidente disse ainda que o Brasil está pronto para firmar o acordo Mercosul–União Europeia. Lula também ressaltou a preocupação do governo brasileiro com as questões climáticas e reforçou que a participação do Brasil na Conferência de Biodiversidade da ONU (COP 16 de Biodiversidade), em outubro, na Colômbia, e que a realização da Conferência do Clima (COP 30) no Brasil, em 2025, serão oportunidades para os países da América do Sul liderarem os esforços em direção ao desenvolvimento sustentável e à descarbonização, mostrando uma visão coletiva sobre a importância do combate ao aquecimento global.

A diretora-secretária da Fibra, Maria de Lourdes da Silva, a diretora de Assuntos Institucionais e Governamentais da Fibra, Danielle Bastardo, a presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário do DF (Sindiveste-DF), Walquiria Aires, e a 1ª vice-presidente do Sindicato das Indústrias Fabricantes e de Reparação e Manutenção de Máquinas, Aparelhos e Equipamentos Industriais, Elétricos e Eletrônicos do DF (Sindeletro-DF), Magna Braga, acompanharam o evento na plateia.

Texto: Assessoria de Comunicação do Sistema Fibra, com informações de Diego Abreu e Silvia Cavichioli, da Agência de Notícias da Indústria
Foto: Marcos Gomes/Sistema Fibra
Assessoria de Comunicação do Sistema Fibra

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