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Oportunidades e desafios do hidrogênio verde no País são discutidos em seminário
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- Publicado: Sexta, 27 Setembro 2024 16:06
Representantes do governo federal, do setor produtivo e da academia se reuniram nessa quinta-feira, 26 de setembro, no seminário Hidrogênio Verde: O Combustível do Futuro. Promovido pelo Instituto Cultura em Movimento, o encontro teve o apoio de comunicação do Correio Braziliense e ocorreu no auditório do jornal, no Setor de Indústrias Gráficas (SIG). O objetivo foi debater as principais ações para alavancar a produção dessa fonte de energia renovável. A Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) apoiou a realização do evento.
O tema central da discussão foi em torno do potencial do hidrogênio verde — aquele de baixa emissão de carbono — para transformar o Brasil em um modelo de economia sustentável, das políticas públicas necessárias para que isso ocorra de forma efetiva e do quão benéfico será para a indústria.
Ao abrir o evento, o presidente do Correio Braziliense, Guilherme Machado, destacou que o Brasil reúne condições para migrar para uma economia verde. “Temos ampla variedade de fontes renováveis, que podem trazer resultados efetivos para a economia, além de elevar o patamar da nossa relação com o meio ambiente. A consolidação do hidrogênio verde é estratégia para promover o desenvolvimento sustentável e combater a desigualdade social.”
A primeira parte do debate, com o tema O Desenvolvimento Sustentável Brasileiro, contou com a participação do presidente em exercício da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Jamal Jorge Bittar, que é o presidente da Fibra; do presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli; do presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara; e do diretor executivo de Sustentabilidade e Cidadania Digital da Caixa Econômica Federal, Jean Benevides.
“A indústria é um dos pilares para a efetivação da transição energética. É nessa ponta que permeiam os projetos de inovação”, afirmou Jamal Jorge Bittar, ao ressaltar a importância de financiamento com boas linhas de crédito e condições de pagamento para que o processo ocorra de forma efetiva. “E, claro, não há sustentabilidade se não houver desenvolvimento social. A sociedade tem de participar ativamente, pois, se os mais pobres não puderem participar e a sociedade enriquecer a partir disso, vamos salvar a natureza e matar as pessoas. Por isso, não podemos nos tornar apenas exportadores de commodities”, declarou o representante do setor industrial.
Recursos para inserção produtiva, agenda de ações ambientais e modernização do parque fabril também foram assuntos abordados no primeiro bloco do encontro.
No primeiro painel, Políticas Públicas e Desafios Regulatórios para o Hidrogênio Renovável, os especialistas trataram das vantagens da Região Nordeste como fonte de energia limpa, da convivência com as mudanças climáticas, da sustentabilidade transversal e do marco legal do hidrogênio verde (Lei n° 14.948, de 2 de agosto de 2024, que, entre outros pontos, institui incentivos para a indústria do hidrogênio de baixa emissão de carbono).
Em seguida, no segundo painel, Produção de H2 no Brasil: Uma Janela de Oportunidade para Nosso País, foram abordadas questões como o uso dos recursos naturais, estudos e pesquisas de implementação, incentivos para o mercado e a diversificação da economia.
Por último, o painel O Papel da Cooperação Internacional para o Desenvolvimento do Mercado Brasileiro de Hidrogênio Verde foi sobre as experiências positivas no cenário internacional, parceria com outros países e a busca por profissionais qualificados.
O encontro foi transmitido pelo canal do Correio Braziliense no YouTube. Assista aqui.
Texto: Dayane dos Santos
Fotos: Victor Hugo Pessoa/Sistema Fibra
Assessoria de Comunicação do Sistema Fibra