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Publicado: Quinta, 31 Outubro 2024 17:24

A 4ª Reunião da Rede Nacional de Promoção da Integridade Privada, promovida pela Controladoria-Geral da União (CGU), reuniu representantes de 17 estados e de oito municípios na quarta-feira, 30 de outubro. Criada para fomentar e uniformizar a aplicação da Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/2013) pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios, por meio da disseminação de conhecimentos e de estratégias integradas de promoção da integridade, a rede se reuniu pela primeira vez no DF, no Palácio do Buriti.

O setor privado e o Sistema S foram representados no encontro pelo presidente em exercício da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), Pedro Henrique Verano, e pelo diretor regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do DF (Senai-DF), Marco Secco.

Na abertura do evento, o ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho, destacou a importância dessa parceria na agenda de controle em todo o País. “Com essa função articuladora bastante relevante e com a integridade ampliada, estamos internalizando pelo exemplo uma agenda em que teremos um importante protagonismo”, afirmou. Segundo ele, o controle tem que estar a postos para mostrar que os recursos devem ser utilizados com eficiência.

Para o secretário de Integridade Privada da CGU, Marcelo Pontes Vianna, o Brasil já virou modelo de exportação: “Nosso país tem sido uma referência de entender que combater a corrupção, promover uma sociedade mais justa, com mais capacidade de desenvolvimento econômico, envolve termos uma estratégia de negociação que não parte exclusivamente do governo, mas sim em conjunto com uma interlocução necessária com todos os demais envolvidos, seja sociedade civil, seja o meio empresarial”.

A cerimônia de abertura teve a presença da governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão. “Precisamos discutir sobre gastos e controles. Esse fórum demonstra a nossa responsabilidade com a coisa pública, aquilo que é comandar os recursos que não são nossos. Precisamos gastar menos e alcançar mais pessoas. A nossa meta é chegar ao controle cada vez mais transparente”, disse.

Entre os temas da reunião, destacaram-se a discussão sobre a agenda normativa no âmbito federal, bem como o Pacto Brasil pela Integridade Empresarial e a atuação dos apoiadores institucionais. O controlador-geral do Distrito Federal, Daniel Alves Lima, falou sobre a importância da harmonização da aplicação da Lei Anticorrupção. “Já evoluímos muito acerca do Pacto Brasil com ótimos resultados e novos planos de ação. Vamos ampliar essa rede e tornar cada vez mais latente o cumprimento da lei para nos tornarmos um país cada vez mais forte e transparente no combate à corrupção”, afirmou.

O presidente em exercício da Fibra, Pedro Henrique Verano, diz que é importante o convite da CGU à iniciativa privada para participar das reuniões da rede. “O combate à corrupção deve ocorrer por meio de ações conjuntas de órgãos de controle e da sociedade, em um movimento colaborativo que tem como resultado a efetiva evolução da integridade em todos os níveis e estruturas.” Verano afirma que a integridade é pauta prioritária para a iniciativa privada. “Instrumentos de controle e de combate à corrupção são de extrema importância para o setor privado, que precisa de ambiente seguro e legalmente estável para atuar. A corrupção causa prejuízos, afasta investidores, atrasa o desenvolvimento e, por consequência, desvia o Brasil do crescimento”, argumenta.

O encontro reuniu aproximadamente 60 participantes no Salão Nobre do Palácio do Buriti e teve a participação da vice-presidente do Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci) e controladora-geral do Estado de Pernambuco, Erika Gomes Lacet, e da diretora de Promoção de Integridade Privada da CGU, Cristine Ganzenmüller.