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Atividade industrial retoma crescimento no DF em fevereiro
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- Publicado: Quarta, 07 Abril 2010 00:56
A pesquisa “Indicadores de Desempenho da Indústria do DF” do mês de fevereiro traz como destaque a sinalização de retomada da atividade industrial em um período sazonalmente desfavorável para o setor. Esse cenário é confirmado pela manutenção do crescimento do faturamento e pela recuperação do indicador de utilização da capacidade instalada. Por outro lado, o emprego ainda se mantém em queda. A pesquisa é realizada mensalmente pela Federação das Indústrias do DF (FIBRA), em parceria com o Instituto Euvaldo Lodi – IEL/DF e com apoio do SEBRAE/DF.
Em fevereiro, o faturamento da indústria brasiliense cresceu 3,70% na comparação com o mês anterior. Esse foi o segundo resultado positivo no ano, o que interrompeu o padrão sazonal de queda da variável observado em anos anteriores nesse período. Frente a fevereiro de 2009, o faturamento cresceu 17,54% e, no acumulado do primeiro bimestre, expandiu 11,54%, e se aproxima do nível pré-crise (outubro de 2008).
A utilização da capacidade instalada da indústria brasiliense alcançou em fevereiro 66,49%, resultado 2,03 pontos percentuais acima da taxa obtida em janeiro. Esse índice é o melhor para o mês de fevereiro de toda a série histórica, iniciada em fevereiro de 2004. Frente a fevereiro de 2009 houve crescimento de 2,83 pontos percentuais. Na média do primeiro bimestre, o indicador de utilização da capacidade instalada atingiu 65,47%, resultado 4,19 pontos percentuais acima do observado em igual período de 2009.
Já o emprego industrial, foi a única variável com desempenho negativo. Em fevereiro, o contingente de empregados na indústria declinou 1,28% na comparação com janeiro. Essa queda, no entanto, ficou abaixo da média histórica obtida para os meses de fevereiro nos últimos 6 anos (-1,48%), e já supera o nível pré-crise (outubro de 2008).
Para o presidente da Fibra, Antônio Rocha, esses números confirmam a tendência de recuperação da atividade industrial no DF, em ritmo mais intenso que o cenário nacional, e mais do que isso mostram que a crise política ainda não contaminou o desempenho da indústria brasiliense. “São números extremamente positivos que reforçam nosso entendimento de que era preciso descolar a crise política da economia. Isso, ao que tudo indica, está sendo conseguido até agora”.
Primeiro bimestre
Os resultados acumulados no fechamento do primeiro bimestre do ano são positivos para as 3 variáveis pesquisadas.
O faturamento cresceu 11,54% no primeiro bimestre de 2010 na comparação com o igual período de 2009. Esse desempenho teve um perfil generalizado de crescimento, atingindo 4 das 6 atividades. O grupo “outras indústrias”, com aumento de 54,21%, foi o principal destaque, seguido por fabricação de produtos de metal (+21,77%) e fabricação de móveis e diversas (13,82%). No grupo “outras indústrias” o principal desempenho ficou com o setor de vidros.
O índice médio de utilização da capacidade industrial obtido no primeiro bimestre de 2010 alcançou 65,47%, resultado 4,19 pontos percentuais acima do observado em igual período de 2009. Em termos setoriais, 4 das 6 atividades pesquisadas tiveram um resultado acima da média da indústria, cabendo destacar a atividade de fabricação de produtos alimentares (73,93%) e o grupo “outras indústrias (70,98%).
O pessoal empregado registrou crescimento de 3,89% no acumulado do primeiro bimestre do ano em relação com igual período de 2009 (1.560 vagas). Nessa base comparativa, o resultado anual ainda não é abrangente, tendo alcançado 3 das 6 atividades pesquisadas. O grupo “outras indústrias” foi o principal destaque, com ampliação de 19,29% no nível de emprego.
Construção Civil
A indústria da construção, que utiliza uma metodologia especifica para a geração de indicadores, também apresentou desempenho positivo. Em fevereiro, o indicador de nível de atividade alcançou 54,3 pontos, em relação a janeiro, o que indica crescimento moderado. Esse índice é superior à média nacional.
Os Indicadores de atividade da construção civil mostram que o setor está aquecido. Em fevereiro, o DF registrou um nível de atividade no setor da construção civil acima do usual, alcançando 56,70%, em relação ao mesmo mês de anos anteriores, refletindo um aquecimento acima da média nacional.
Para a indústria da construção civil no DF, as perspectivas para os próximos seis meses são menos favoráveis que a média obtida pelas demais capitais brasileiras. O indicador de atividade para os próximos seis meses alcançou no DF 63,1 pontos frente aos 67,30 pontos do Brasil.
Os empresários do DF estão menos otimistas que os de outros estados, em relação a novos empreendimentos e serviços. Nesse indicador, o DF alcançou 60,3%, quando a média brasileira foi der 67,40%.
Em função da menor expectativa de crescimento da atividade, empresários do DF pretendem aumentar em menor intensidade a compra de insumos e matérias primas para os próximos seis meses. No DF, esse índice alcançou 62,70, quando a média nacional foi de 66,60.
Perspectivas para 2010
As perspectivas para a evolução da atividade industrial nos próximos seis meses são favoráveis em relação à demanda por produtos e ao consumo de matérias primas.
Empresários ouvidos pela Fibra, em fevereiro, prevêem um aumento no nível de demanda nos próximos seis meses. O indicador de demanda por produtos alcançou 66,1 pontos, o que indica tendência de crescimento do consumo. Esse indicador varia entre 0 e 100 pontos e valores acima de 50 pontos retratam otimismo.
Em virtude da possibilidade de aumento na oferta de bens e serviços, os empresários projetam elevar o consumo matéria-prima. O indicador de compras de matéria prima alcançou 64,3 pontos, o que aponta uma tendência de aumento. Esse indicador varia entre 0 e 100 pontos e valores acima de 50 pontos retratam otimismo.
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Moacyr Oliveira Filho
Assessoria de Imprensa da Presidência
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Foto: Cristiano Costa/Unicom Fibra