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Publicado: Sexta, 30 Mai 2025 17:39

A Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) promoveu nessa quinta-feira, 29 de maio, no Sebraelab (Parque Tecnológico de Brasília – Biotic), o workshop Otimização de Processos e Automação Digital. No encontro, parte das atividades do programa de mentorias para transformação digital do Hub da Indústria do DF, foram apresentadas estratégias de automatização de processos e de controle de custos em tempo real. São mecanismos de aperfeiçoamento da gestão financeira do negócio e de uso de dados de forma inteligente para potencializar as vendas.

O especialista em gestão e estratégia digital Daniel Alcides, do Instituto de Contracultura, conduziu o encontro e falou sobre a metodologia macro–micro, que combina a visão ampla de um sistema com a visão detalhada dos processos individualmente — o que inclui as pessoas na tomada de decisões. “A formação de uma organização é baseada em três pilares: pessoas, sistemas e processos. Portanto, é preciso estabelecer o método da escuta da equipe e avaliar os potenciais de cada um, utilizar sistemas para operacionalizar os serviços e, a partir disso, criar os processos”, explicou o profissional, que também tem expertise em liderança organizacional.

Alcides apresentou um panorama de aspectos que devem ser levados em consideração quando se fala da gestão de uma empresa:

- processos finalísticos – serviços ou produtos ligados diretamente ao cliente, ou seja, à experiência do consumidor;

- processos de suporte – as ações administrativas, contábeis e financeiras do empreendimento;

- cadeia de valor – instrumento que mapeia desde a aquisição de materiais até o resultado final;

- implementação de instrumentos de medição – visa ao bom funcionamento do empreendimento e à melhoria contínua.

São elementos que reduzem custos e aumentam a produtividade e a competitividade da indústria, segundo o especialista, especialmente se forem integrados. “O uso da automação digital interliga vários setores por meio da tecnologia e reduz ruídos e falhas por intervenções humanas”, afirmou.

Ao final, os empresários participantes se reuniram em dois grupos para um bate-papo em que trocaram ideias sobre os gargalos e as demandas que enfrentam em relação às temáticas expostas pelo palestrante. Um dos sócios da Hanashiro, Cristiane Hanashiro falou dos desafios da empresa de máquinas agrícolas. “No dia a dia não estamos atentos aos processos, o foco está no operacional e nas entregas. Parar para estudar e criar estratégias e processos é fundamental para a sobrevivência do negócio. Por exemplo, criamos um e-commerce após o ingresso no programa Hub da Indústria, pois vimos na prática e na experiência dos colegas atendidos o quanto é benéfico. Contudo, entendemos como é importante ir além da implementação e fazer o bom gerenciamento da ferramenta”, conta.

Programa de mentorias para transformação digital
A iniciativa, que teve início em janeiro, é promovida pela Fibra em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa do DF (FAPDF) e com o apoio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF e da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). O objetivo é ajudar micro, pequenas e médias indústrias no processo de transformação digital, contribuindo para a competitividade e a sustentabilidade. O Instituto de Contracultura é o responsável pela realização dos encontros mensais e das consultorias individualizadas do programa de mentorias. Noventa indústrias são atendidas.

Cinco pilares norteiam o desenvolvimento da maturidade digital: mentalidade digital, gestão digital, compras digitais, produção digital e vendas digitais.

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