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"Caos econômico", diz Danielle Moreira (ACDF) sobre alvarás precários
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- Publicado: Terça, 13 Julho 2010 00:16
A presidente da Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF), Danielle Moreira, fez um balanço da 22° edição da Feira da Indústria, do Comércio, da Agropecuária, de Serviços e do Turismo (Feicom), em entrevista ao Jornal de Fibra, da última segunda-feira, 12 de julho. A presidente avalia que a Feira é um importante propulsor da economia local e que, mesmo após seis anos desde a última edição, não perdeu fôlego. Tanto que, no último mês, quando foi realizada, atraiu um público estimado em 256 mil pessoas e um total de negócios gerados na ordem dos R$ 18 milhões. Além disso, em plena polêmica das suspensões dos alvarás precários para mais de 60 estabelecimentos comerciais no DF, Moreira acredita que o problema deve ser resolvido, com urgência, em conjunto com outras entidades do setor produtivo. “É um verdadeiro caos econômico”, avalia. Veja, a seguir, os principais trechos da entrevista.
Depois de seis anos, a Feira da Indústria, do Comércio, da Agropecuária, de Serviços e do Turismo (Feicom) retornou como um dos grandes eventos do ano na capital. Qual o balanço da Associação Comercial do DF?
Nós estamos muito satisfeitos com o resultado da 22° Feicom. Tanto que nossas expectativas foram surpreendidas. Tivemos um público rotativo em torno de 256 mil pessoas nos quatro dias do evento e um total de negócios gerados na ordem dos R$ 18 milhões. Isso mostra a importância da Feicom para a economia local e já estamos trabalhando para que a feira se insira, definitivamente, no calendário de eventos oficiais do Distrito Federal. Na próxima semana, vamos fazer um café da manhã para fazer um balanço dessa edição e fazer projeções futuras.
A Agência de Fiscalização do Distrito Federal interditou, desde junho, mais de 60 estabelecimentos comerciais que funcionavam com alvarás precários. Em sua opinião, qual o impacto dessas medidas no comércio brasiliense? O que deve ser feito para evitar mais prejuízos?
O que a ACDF tem feito, juntamente com outras entidades, é uma força tarefa para que todo o setor produtivo consiga resolver o problema dos alvarás precários o quanto antes. O grande problema dessa questão é que os estabelecimentos foram fechados sem nenhum tipo de aviso prévio, pegando o empresário de surpresa. O setor produtivo acredita que, com essas interdições, 55 mil empregos diretos estão ameaçados no DF. Um verdadeiro caos econômico. É preciso ter um tratamento muito cuidadoso na hora de avaliar o fechamento de uma empresa que funciona com alvará precário.
Como o comércio se comportou durante os jogos do Brasil na Copa do Mundo?
Essa é uma questão interessante. Nos dias de jogos do Brasil, a ACDF percebeu que houve uma modificação no comportamento da cultura do brasiliense. Isto é, uma certa maturidade. O empresário optar por fechar as portas apenas nos horários dos jogos, não prejudicando o comércio naquele dia. Outros, pelo contrário, ofereceram serviços na hora do jogo, em regime de escala. Essa mudança, no entanto, não significa que não houve impacto significado. Nas empresas de alimentação, identificamos um impacto de 30% nos dias dos jogos, por conta da proximidade do horário de almoço com as partidas.
Elton Pacheco
Assessoria de Imprensa
Sistema Federação das Indústrias do DF (Fibra)
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Foto: Cristiano Costa/Unicom