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Greve de ônibus reduz 40% da produção industrial do DF por dia

A cada dia de greve no sistema de transporte público, a indústria da transformação do Distrito Federal tem uma queda de 40% na produção. A avaliação é da Federação das Indústrias do DF (Fibra). Economistas da entidade avaliaram os impactos no segmento de uma paralisação na circulação de ônibus. A pesquisa, divulgada nesta quinta-feira (22/7), permite analisar os prejuízos econômicos para a sociedade desse tipo de protesto. O levantamento foi feito durante a última greve geral dos rodoviários, ocorrida entre 21 e 24 de junho.

“Essa pesquisa mostra que, apesar da greve ser um direito garantido por lei, os serviços considerados essenciais, como transporte e saúde pública, por exemplo, não podem ser paralisados totalmente. Caso contrário, os prejuízos para população podem ser irreparáveis”, explica o presidente da Fibra, Antônio Rocha. A pesquisa promovida pela entidade ouviu 119 empresas da indústria da transformação durante dois dias de greve. A amostra é considerada representativa, tendo em vista que o setor é composto por 2,2 mil companhias.

Segundo o levantamento, 67% dos entrevistados sofreram algum tipo de impacto negativo em sua empresa devido à falta de ônibus em circulação. Apenas 32% não reclamaram e 1% disse não saber precisar o prejuízo ocasionado pela greve. Isso mostra que, quando os ônibus param de circular, dificilmente o trabalhador da indústria consegue chegar ao trabalho. Também mostra como é complicado se locomover no Distrito Federal e a dependência a um único meio de transporte.

Em outra pergunta, foi questionada qual área da empresa foi mais impactada com a paralisação dos rodoviários. Essa questão admitiu mais de uma resposta. No geral, 60% dos industriais afirmaram que os setores mais prejudicados foram os de produção e o de vendas, sendo que aqueles que assinalaram “produção” queixaram-se de uma queda média de 40% por dia. Outros 35% tiveram a parte administrativa da empresa afetada e 9% contabilizaram prejuízos em áreas diversas.

“Para nós, fica a conclusão de que é sempre melhor negociar do que radicalizar, em benefício de toda sociedade”, conclui o presidente da Fibra, Antônio Rocha. O levantamento foi feito pela Coordenação de Pesquisa, Estudos Técnicos e Econômicos da entidade. A margem de erro da pesquisa é de 5% e o índice de confiabilidade, de 95%.

Diego Recena
Assessoria de Imprensa
Sistema Federação das Indústrias do DF (Fibra)
61 3362-3815 // 8185-7047
Foto: Nilson Carvalho/ WHD


 

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