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Delegação da Fibra participa de encontro nacional

Competitividade foi a palavra de ordem do 5º Encontro Nacional da Indústria, realizado entre primeiro e 2 de dezembro, em São Paulo. Fortalecer essa agenda passa a ser uma prioridade de todo o setor industrial brasileiro. Uma delegação composta por 18 empresários e presidentes de sindicatos da indústria brasiliense esteve presente no encontro para acompanhar as discussões sobre o assunto. Na opinião dos industriais, a competitividade precisa ser uma prioridade estratégica.

“Para o Brasil avançar no seu processo de desenvolvimento é fundamental transformar a competitividade em uma prioridade estratégica. Essa agenda é capaz de gerar empregos de qualidade, aumentar a produtividade das empresas, diversificar a economia e ampliar a inserção brasileira no mercado internacional” opina o presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal, Antônio Rocha. “Ampliar a competitividade da indústria será determinante, inclusive, para o Brasil competir com a China, Índia, Rússia e sair fortalecido dessa disputa” ressalta.

De acordo com o Relatório Competitividade 2010, que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou na quinta-feira (2), último dia do encontro, o Brasil está atrás de importantes competidores internacionais em oito fatores: disponibilidade e custo da mão de obra, disponibilidade e custo de capital, infraestrutura e logística, peso dos tributos, ambientes macro e microeconômico, educação e tecnologia e inovação. O relatório da CNI compara as condições do Brasil com 13 países: África do Sul, Argentina, Austrália, Canadá, Chile, China, Colômbia, Coréia, Espanha, Índia, México, Polônia e Rússia.

Nesse grupo, o Brasil é o último colocado no quesito disponibilidade e custos de capital, o 12º em infraestrutura e logística e o 13º em carga tributária. O país só está à frente da África do Sul no quesito disponibilidade e custo da mão de obra e perde para Austrália, Canadá, Rússia, México, China, Polônia, Espanha, Índia e Coréia. Também está nos últimos lugares em disponibilidade e custo do capital, infraestrutura e logística e carga tributária.

“A indústria precisa das reformas estruturais reivindicadas há anos pelo setor e pela população. O momento é oportuno para a presidente eleita Dilma Roussef enfrentar o desequilíbrio juros-câmbio, realizar as reformas tributária e política, reduzir as incertezas jurídicas e priorizar investimentos em educação e inovação” analisa Antônio Rocha. Ao longo dos dois dias de encontro foram realizados diversos painéis com especialistas em temas como inovação, meio ambiente, trabalho, política e tributos. Confira a opinião de alguns deles:

“É preciso dar um salto de competitividade. Essa missão exige a mobilização de todas as forças políticas e econômicas do país: os três poderes de Estado, as empresas e suas entidades representativas.” Robson Braga de Andrade, presidente da CNI.

“Para o Brasil avançar no seu processo de desenvolvimento é fundamental transformar a competitividade em prioridade estratégica. Essa agenda é capaz de gerar empregos de qualidade, aumentar a produtividade das empresas e ampliar a inserção brasileira no mercado internacional.” Antônio Rocha, presidente da Fibra.

“O desafio da competitividade é crucial, até porque as importações estão crescendo. Podemos, juntos, governo e setor privado, com um diálogo racional e cooperativo, construir um futuro firme para o Brasil.” Luciano Coutinho, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“Temos de superar resistências às mudanças, que são uma questão atávica no Brasil. O diagnóstico para esta superação está feito e todos concordam com ele. As reformas são necessárias.” Antonio Anastasia, governador de Minas Gerais.

“Se não tivermos uma visão de futuro, viveremos uma crise de competitividade marcada pelo desabastecimento e pela ocupação do setor produtivo por importados.” Bernardo Gradin, presidente do grupo petroquímico Braskem.

“Temos diferenças brutais com países industrializados. A nossa participação no PIB indica baixa produtividade. Precisamos melhorar isso e uma das saídas é levarmos a inovação e boas práticas de gestão para as micros e pequenas empresas.” Carlos Alberto dos Santos, diretor-técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.

“O que verdadeiramente distingue as empresas são os valores intangíveis.” Joe Santos, professor de Gestão Global da Escola de Negócios INSEAD, da França.

“Antigamente era mais fácil abrir uma empresa. Hoje há uma série de procedimentos que são impeditivos. Temos que reduzir a burocracia. Pequena empresa tem que ser tratada de forma diferenciada e estimulada a crescer.” Humberto Rodrigues de Oliveira, diretor da Olbia Indústria e Comércio de Móveis Ltda.

“O tema tributário tem de ser atacado imediatamente. Há mecanismos para compensar tributos sobre a folha de pagamento.” Jorge Gerdau, presidente do Conselho de Administração do Grupo Gerdau.

“Não é só o Poder Executivo que representa um risco à segurança jurídica, mas também o Judiciário, que tem tomado decisões que causam grandes problemas. A Justiça do Trabalho me parece uma justiça blindada, e não sabe o que fazer para modular algumas sentenças que complicam a vida dos trabalhadores e das empresas.” José Pastore, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo.

Diego Recena
Assessoria de Imprensa
Sistema Federação das Indústrias do DF (Fibra)
61 3362-3815 // 8185-7047
Foto: Carlos Rudiney/ CNI

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