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Publicado: Domingo, 02 Janeiro 2011 11:58

Agnelo Queiroz foi empossado governador do Distrito Federal, na manhã de primeiro de janeiro de 2011, com a promessa de repetir em Brasília a política de crescimento econômico e distribuição de renda característica dos oito anos de governo Lula. Ao discursar em solenidade de posse, realizada na Câmara Legislativa, o novo chefe do Executivo local prometeu gerar mais empregos por meio da atração de empresas e fortalecimento do empreendedorismo. Ambas as sugestões constam na carta entregue ao governador pela Federação das Indústrias do DF (Fibra), enquanto ele ainda era candidato.

“Gerar mais empregos será uma das obsessões de meu governo. Sei que essa é a melhor forma de combater às desigualdades sociais. E farei isso de forma ousada, corajosa, determinada e consistente, incentivando novas empresas a se instalarem em nossa cidade e também apoiando de forma sistemática o pequeno empreendedor da nossa terra”, afirmou Agnelo Queiroz.

Antes de divulgar essa meta, o governador comentou a necessidade de investir na qualificação da mão de obra para sustentar essa política de geração de emprego. “A principal matéria prima que atrai as empresas é a qualidade dos recursos humanos. Sendo assim, ao investir nos nossos jovens, ao construir novas escolas de tempo integral, escolas técnicas e universidades, ao garantir mais qualidade no nosso ensino fundamental e médio, o governo do Distrito Federal estará também ajudando a fortalecer a nossa economia”, ressaltou.

O presidente da Fibra, Antônio Rocha, acompanhou a cerimônia de posse, realizada na Câmara Legislativa, e a transmissão do cargo, ocorrida no Palácio do Buriti. Rocha comentou a expectativa do setor industrial em relação ao novo governo. “As sugestões da Fibra foram colocadas, como a importância de fortalecer a indústria e consolidar a Cidade Digital, entre outras. Se essas ações forem postas em prática, teremos como resultado a atração de empresas e investimentos para cidade”, concluiu.

O governador Agnelo Queiroz ainda destacou que no seu governo será retomado o uso do planejamento como ferramenta de gestão pública. “Brasília é uma das cidades mais ricas do país. Temos o maior orçamento por habitante do Brasil. É preciso transformar toda essa riqueza em benefício direto para os nossos cidadãos. Isso será feito com a implantação de um sistema de gestão eficiente, que aumente a capacidade de investimento do DF. Porque de pouco adianta a nossa cidade receber tantos recursos, quando impera o desperdício, o descontrole dos gastos e o inchaço da máquina pública.”

O governador seguiu para o Palácio do Buriti, para a transmissão de cargo, por volta das 12h30. Depois de nomear o primeiro escalão, disse que nesta segunda-feira (3) começa um mutirão para limpar a cidade. Ele também prometeu rever alguns contratos públicos. À tarde, Agnelo acompanhou a posse da presidenta Dilma Rousseff no Congresso Nacional.

Diego Recena
Assessoria de Imprensa
Sistema Federação das Indústrias do DF (Fibra)
61 3362-3815 // 8185-7047
Foto: Crtistiano Costa/ Unicom - Fibra

Leia entrevista com o governdor Agnelo Queiroz, publicada no Jornal de Fibra, na primeira edição de 2011.

Qual será a primeira medida adotada em prol do setor industrial neste governo?

Nós vamos implantar uma política industrial no Distrito Federal. Vamos fazer isso com a parceria da Fibra, do setor produtivo da cidade. Existe uma importante proposta de desenvolvimento industrial, inclusive proposta esta que foi amplamente debatida com a Federação durante todo o período eleitoral. A proposta tem absoluta sintonia com a Carta da Indústria, entregue pela Fibra. Vamos implantar o Parque Capital Digital. Que vai ser um marco no desenvolvimento econômico do DF. Vamos tocar com celeridade e determinação, um projeto com visão e concepção nova. Vamos discutir, ainda, toda parte da política tributária, crédito, novas áreas de desenvolvimento econômico, desenvolvimento do turismo, enfim... Tenho uma agenda gigantesca com a indústria e com o desenvolvimento econômico do DF.

O senhor falou do Parque Capital Digital. Qual a expectativa que os empresários podem ter em relação a esse assunto?

O projeto teve uma colaboração importante da Fibra, que conduziu a elaboração deste Parque. Mas não havia decisão política para fazer sair do papel. A nossa ideia é implantar, implantar e implantar. Não tem outra alternativa. A vocação de Brasília é o desenvolvimento de ciência e tecnologia, da indústria limpa, da indústria da inteligência. E esse será apenas o primeiro pólo tecnológico que vamos implantar. Depois virão os de biotecnologia, telecomunicações, etc. Mas o de informática será o primeiro deles.

Há alguma política para incentivar a procura pelo crédito disponível no FCO?

Crédito é uma questão fundamental para o desenvolvimento econômico. O FCO é uma linha importante. Portanto, vamos dar atenção especial para assegurar o acesso completo a esse crédito, modificando os critérios hoje adotados. Daremos acesso ao setor de serviços, que predomina em Brasília. Criaremos instrumentos de fundo garantidor. Esses são apenas alguns exemplos. Enfim, é o governo em parceria firme com o setor privado.