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No DF, Brasil e África celebram acordo

IMG_2481bannerReforçar as relações comerciais e empresariais entre o Brasil e a África foi o mote do I Encontro Empresarial Brasil-África no DF, realizado na manhã de hoje (24) na sede da Federação das Indústrias do DF (Fibra). O evento reuniu 33 embaixadores de países africanos juntamente com empresários e autoridades brasileiras, enaltecendo as comemorações do Dia da África no Brasil e o Dia da Indústria, celebrados em 25 de maio. “O Brasil e a África são grandes oportunidades de negócios e, além disso, temos de comemorar também o Dia da África no Brasil junto com o mês da indústria. A Fibra se orgulha de prestar tais homenagens. É o início de uma grande parceria que tem o Brasil como um dos países emergentes no mundo, e a África com seu imenso potencial natural”, destacou o presidente da Fibra, Antônio Rocha.

O governador do DF, Agnelo Queiroz, e o vice-governador, Tadeu Filippelli, participaram do encontro, acompanhados dos secretários de Fazenda Valdir Simões, de Ciência e Tecnologia Gastão Ramos, e de Obras, Luiz Pitiman, além do assessor de Assuntos Internacionais, Salviano Guimarães. “Esse evento é muito importante pela aproximação do Brasil com a África. São países irmãos que têm vínculos culturais muito importantes, em especial com os países africanos de língua portuguesa. Um encontro entre empresários da África e de Brasília ajuda a incrementar essas relações também no campo comercial. É uma troca de experiências com a possibilidade de investimentos aqui”, ressaltou Agnelo. 

Um olhar africano sobre o Brasil e o DF

O encontro foi idealizado visando reforçar as relações comerciais entre o Brasil e o continente africano. “O grupo africano quer um contato direto com o setor privado e o Itamaraty nos indicou para sediar e coordenar este encontro por conta dos nossos trabalhos em prol da inclusão do Distrito Federal no roteiro de negócios internacionais”, afirmou o presidente da Fibra, Antônio Rocha.

“Somos um continente rico de recursos naturais, e o Brasil é uma das novas potências emergentes no planeta. Intensificar o nível de cooperação é uma das nossas intenções e a Fibra é figura fundamental nesste processo pela sua interlocução com o governo federal em missões internacionais”, declarou o chefe da Delegação dos embaixadores africanos em Brasília, o embaixador Thomas Bvuma. Para ele, a África enfrenta muitos desafios e esse estreitamento com o Brasil pode ajudar com modelos de boas experiências comerciais. “Sabemos também que não passa de um mito o fato de que o Distrito Federal tem vocações meramente administrativas no contexto nacional, e queremos conhecer melhor essa vocação empresarial e comercial de Brasília, por meio de uma relação saudável e benéfica tanto para a África quanto para o Brasil”, avaliou.

Isidore Monsi, embaixador da República do Benin, ficou encarregado de apresentar à plateia as oportunidades de investimentos na África. “O continente africano tem cerca de um bilhão de habitantes e é um grande mercado consumidor hoje. Os países do continente têm taxas de crescimento entre 4 a 6%, superior à média de outros em expansão.” Conforme os dados apresentados pelo embaixador, o comércio entre o Brasil e o continente africano triplicou em um período de sete anos, passando de US$ 6,15 bilhões em 2003 para US$ 20,56 bilhões em 2010. “Há oportunidades de negócios em quase todos os setores da economia desde agricultura e pecuária, passando por construção de moradias populares aos moldes do programa Minha Casa, Minha Vida, infraestrutura, exploração de jazidas minerais e hidrocarbonetos, transporte coletivo, novas fontes de energia e o comércio de produtos agroalimentares”, enumerou Isidore Monsi. “O Brasil não tem somente samba e carnaval, assim como nós não temos somente safáris e savanas na África. Somos grandes mercados consumidores e temos tudo para atrairmos excelentes possibilidades comerciais. Ambos os países têm força na agricultura, além de um grande potencial empresarial. Os laços culturais entre Brasil e África podem ser vistos como trunfos para excelentes negócios. É um grande prazer estar aqui comemorando nosso dia no Brasil”, finalizou.

Razões para se investir na África

Os países africanos necessitam mecanizar sua agricultura e estão em busca de matérias e equipamentos agrícolas apropriados como tratores, máquinas de colheita etc., com a finalidade de aumentar a sua produção.

O setor agrícola na África também oferece a possibilidade de cultivo em grande escala de espécies como a cana de açúcar, o Jatropha voltados para a produção de biocombustíveis.

A produção e criação de gado e de aves também são setores rentáveis;

Uma das necessidades persistentes do momento, na África, é a instalação de usinas de transformação de produtos tais como a castanha de caju, abacaxi, tomate, algodão, cacau, café etc.;

 

Texto: Carlos Magno e Patrick Selvatti
Foto: Cristiano Costa