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Construção Civil encerra o semestre em queda
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- Publicado: Terça, 02 Agosto 2011 00:00
O setor da Construção Civil do DF encerrou o semestre em queda, segundo levantamento realizado pela Federação das Indústrias do DF (Fibra), em parceria com a Confederação Nacional Indústria (CNI), e com a colaboração do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sindscon-DF). O indicador de nível de atividade da construção civil alcançou, em junho, 48,4 pontos. Desta forma, o setor fecha o primeiro semestre de 2011 com os indicadores abaixo da linha divisória de 50 pontos, o que revela arrefecimento. A metodologia da Sondagem Indústria da Construção leva em consideração uma escala de zero a cem pontos, em que 50 indica estabilidade e números acima disso demonstram crescimento, enquanto números abaixo de 50 indicam queda.
A Sondagem indicou piora na atividade da construção nesse semestre, frente ao mesmo período de 2010, segundo análise dos técnicos da Fibra. No primeiro semestre de 2011, a média do nível de atividade do setor ficou em 47 pontos, enquanto no ano passado, o indicador ficou em 50,3 pontos.
Já o mercado de trabalho da construção civil mostrou-se levemente aquecido ao registrar 51,5% em junho. Trata-se do melhor resultado obtido em 2011 neste indicador.
A pesquisa traz, também, as expectativas dos empresários para os próximos seis meses. Em junho, os entrevistados mostraram-se ainda otimistas, mas, os índices caíram em relação a maio. O indicador de compra de bens, serviços e matérias-primas alcançou 59,1 pontos em junho contra 63,4 pontos registrados em maio. Os empresários esperam aumentar o nível de atividade, ao alcançar 59,8 pontos em junho. Embora haja expectativa positiva, em maio, o indicador apurado foi de 61,1 pontos. Além disso, a indústria da construção civil pretende continuar contratando. O indicador número de empregados ficou em 56,4 pontos em junho, acima da linha divisória de 50 pontos, mas abaixo dos 61,4 pontos registrados em maio. Por fim, os empresários esperam por novos empreendimentos e serviços (55,1 pontos). Em maio, o otimismo neste indicador era maior: 63,4 pontos.
Principais problemas enfrentados pelo setor
A cada trimestre, a Sondagem apura com o empresário os principais problemas enfrentados pelo setor naquele determinado período. Desta vez, os problemas que assumiram o topo da lista foram: falta de trabalhador qualificado (56,10%), carga tributária (36,6%) e falta de demanda (34,10%). Cabe destacar, no entanto, o crescimento significativo do percentual de empresários preocupados com a falta de profissionais capacitados para trabalhar na construção. O indicador saltou de 45% no primeiro trimestre de 2011 para os 56,10% mencionados anteriormente. “O problema de mão de obra qualificada é um sinal de alerta para toda a indústria brasileira. No DF, já estamos trabalhando a questão no Senai, que oferece grade de cursos voltada para atender a demanda dos empresários”, lembra o presidente da Fibra, Antônio Rocha.
Texto: Marcus Fogaça
Fotos: Cristiano Costa