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Faturamento e produção da indústria do DF registra queda
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- Publicado: Quinta, 22 Setembro 2011 00:00
Os Indicadores Industriais do mês de julho revelam um movimento de queda da atividade industrial brasiliense, após instabilidade entre os meses de abril e maio, conforme a pesquisa “Indicadores de Desempenho da Indústria do DF” realizada pela Federação das Indústrias do DF (Fibra) em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), com apoio do Sebrae-DF. O faturamento e a utilização da capacidade instalada do setor, variáveis ligadas mais diretamente à evolução do nível de atividade, apresentaram queda.
O faturamento registrou decréscimo de 2,01% em julho na comparação com o mês anterior. Esse foi o segundo recuo consecutivo da variável que já começa exercer reflexos negativos sobre as demais bases comparativas. Frente a julho de 2010, por exemplo, o faturamento recuou 15,15%. No acumulado do ano até julho, o indicador registrou crescimento de 2,06% na comparação com igual pe¬ríodo do ano passado, taxa inferior à verificada no acumulado até junho (5,72%).
Em julho, o nível de utilização da capacidade instalada da indústria brasiliense alcançou, em média, 65,60%. Na comparação com o mês anterior houve queda de 2,39 pontos percentuais. Frente a julho de 2010 houve queda de 1,35 ponto percentual. No acumulado do ano até julho, o indicador assinalou cres¬cimento de 0,49 (p.p.), passando de 67,52% em 2010 para 68,01% em 2011.
O mercado de trabalho, por sua vez, continua em crescimento. Em julho, o emprego industrial cresceu 0,72% frente ao mês anterior. Na comparação com julho de 2010 houve expansão de 2,39%. No acumulado do ano até julho, o emprego industrial registrou variação de 0,41% na comparação com o mesmo período do ano passado.
A queda da atividade industrial nos meses de junho e julho pode estar relacionada ao elevado volume de estoques. Em julho, a pesquisa Sondagem Industrial, também realizada pela Fibra, apontou que o volume de estoques da indústria encontrava-se acima do nível planejado. Nesse cenário, os empresários estariam esperando uma redução no volume de estoques para reaquecer as máquinas. Segundo análise da Fibra, pode ser por isso que o recuo da atividade ainda não afetou o mercado de trabalho.
“As perspectivas para o final do ano ainda continuam positivas. Contudo, a indústria deverá ter um desempenho abaixo do verificado em 2010, devido às medidas adotadas pelo governo, para conter a inflação”, avaliou o presidente da Fibra, Antônio Rocha.
Patrick Selvatti
Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do DF (Fibra)
Fotos: Cristiano Costa/Unicom