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Exportações do DF crescem 25,9% em agosto
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- Publicado: Segunda, 26 Setembro 2011 00:00
O saldo exportado pelo Distrito Federal no acumulado de janeiro a agosto totalizou US$ 116,52 milhões. O cenário apresenta crescimento de 16,02% na comparação com o mesmo período de 2010, segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior – Secex/MDIC. Em agosto, o DF exportou US$ 16,81 milhões, o que representa incremento de 25,91% em relação ao mesmo período do ano anterior (US$ 13,35 milhões). No acumulado do ano, o saldo total exportado pela Capital Federal mantém a trajetória de crescimento. A alta nas vendas de Bens Intermediários (alimentos e bebidas destinados a indústria - outros grãos de soja - de 347% e dos combustíveis e lubrificantes para aeronaves, 136%) foram os principais responsáveis pelo crescimento registrado.
Cabe destacar ainda em relação às exportações brasilienses as alterações registradas nos percentuais de participação dos produtos vendidos. Gradativamente as carnes de galos e galinhas diminuem sua participação. As carnes de galos e galinhas (bens de consumo não duráveis), que há anos lideram o ranking dos produtos mais exportados pelo DF, apresentam queda nas vendas de 44,42% em 2011. Em 2010, o saldo exportado desses bens até agosto foi de US$ 77,21 milhões, este ano o saldo caiu para US$ 53,46 milhões. Por outro lado, nota-se o crescimento das vendas de outros grãos de soja e combustíveis e lubrificantes para aeronaves. Segundo a Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), no caso deste último, a explicação pode estar no aumento de vôos internacionais com origem em Brasília, já que o Distrito Federal não produz combustíveis nem lubrificantes.
Até agosto, o dólar ainda estava com baixa cotação em relação ao real e esse cenário serviu para baratear os preços dos insumos importados pelas indústrias do Brasil e teve efeito contrário nas exportações de produtos manufaturados no País. A Federação das Indústrias acredita que a alta que vem sendo observada na moeda americana traz novas perspectivas para os exportadores brasileiros. “Apesar de todas as medidas que adotadas pelo governo para buscar uma valorização maior, houve muita dificuldade de colocar produtos industriais no exterior porque o preço do produto do Brasil ficou caro. Agora o cenário parece estabilizar”, avalia o presidente da Fibra, Antônio Rocha. Por outro lado, segundo o empresário, ainda é cedo para uma mudança significativa na balança brasiliense. “Os empresários do DF tem um estímulo agora para buscar novas possibilidades de comércio internacional, mas o caminho deverá ser de médio a longo prazo. Entretanto, talvez a exportação de combustíveis e lubrificantes diminuam, já que, em outro prisma, a alta do dólar diminuirá o turismo internacional”, avalia.
A Arábia Saudita continua liderando o ranking aos países de destino das exportações da Capital Federal, com 19,93% do total exportado até agosto. A China ficou na segunda posição com 16,97%, seguido pelos EUA com 11,44%, Portugal (10,76%), e Kuait (5,63%).
Importações - As importações do Distrito Federal alcançaram US$ 119,50 milhões em agosto, registrando crescimento de 8,43% em relação ao mesmo mês de 2010 (US$ 110,20 milhões). O saldo acumulado no ano apresenta queda de 49% em relação a 2010, demonstrando forte desaquecimento das importações. Os principais produtos importados pelo Distrito Federal continuam sendo os medicamentos e frações de sangue, em sua maioria transações realizadas pelo Ministério da Saúde e representam 44,99% das nossas importações.
Em relação às importações do DF, percebe-se o crescimento nas compras de alguns bens que afetam a atividade industrial, é o caso das compras de elevadores e monta cargas que passaram de US$ 1,6 milhões em 2010 para US$ 6,45 milhões em 2011. Cabe destacar ainda o crescimento observado na importação de máquinas e aparelhos para a indústria de panificação, fato que indica investimento dos empresários no setor da alimentação. Em 2011 foram registradas compras de US$ 5,41 milhões desses equipamentos.
As origens das nossas importações continuam concentradas nos EUA, Alemanha, Áustria, Índia e Itália com 29,21%, 9,06%, 9,49%, 7,65%, e 5,14% respectivamente, conforme gráfico abaixo.
Contexto nacional - As exportações brasileiras cresceram 32,21% no acumulado até agosto. O saldo passou de US$ 126,09 bilhões em 2010 para US$ 166,71 bilhões em 2011. Em relação a agosto de 2010 o crescimento foi de 35,98%, com o saldo passando de US$ 19,23 bilhões para US$ 26,15 bilhões.
As importações brasileiras também apresentaram crescimento, 28,19% no acumulado até agosto. O saldo importado passou de US$ 114,47 bilhões em 2010 para US$ 146,75 bilhões em 2011. Em relação a agosto de 2010 o crescimento foi de 32,30%, com o saldo passando de US$ 16,84 bilhões para US$ 22,28 bilhões.
Patrick Selvatti
Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do DF (Fibra)