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Construção civil espera reaquecer no Distrito Federal
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- Publicado: Quarta, 16 Novembro 2011 01:00
Os empresários da construção civil estão mais otimistas em relação ao futuro. Segundo Sondagem da Indústria da Construção Civil, realizada pela Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-DF), as perspectivas para os próximos meses tornaram-se mais disseminadas entre os entrevistados. O indicador de evolução da atividade alcançou 60,2 pontos frente aos 54,0 pontos de setembro. “Não há espaço para o pessimismo. Os grandes eventos esportivos internacionais que terão sede no Brasil passarão por aqui e, com isso, ainda há muito a se construir”, avalia o presidente da Fibra, Antônio Rocha.
Diante da possibilidade de crescimento da atividade, os entrevistados demonstram a intenção em aumentar a compra de insumos e matérias-primas. O indicador de expectativas alcançou 59,3 pontos. O reflexo também é demonstrado em relação aos novos empreendimentos e serviços: o indicador de expectativa para os próximos seis meses situou-se em 58,8 pontos. Por sua vez, o número de empregados também deverá aumentar, porém, num ritmo ainda moderado. O indicador de evolução do número de empregados alcançou 53,5 pontos em outubro.
Crise atual - Na mesma Sondagem, realizada tendo como referência o mês de setembro, o indicador do nível de atividade situou-se em 44,1 pontos em setembro (indicador abaixo dos 50 pontos), o que aponta uma provável queda na passagem de agosto para setembro de 2011. O desempenho da atividade do setor ficou abaixo da média observada em iguais meses de anos anteriores. Em setembro de 2011, o indicador de atividade em relação ao usual alcançou 38,5 pontos. Esse foi o pior resultado observado em toda a série histórica do indiciador, iniciada em dezembro de 2009.
O quadro de queda é corroborado pela redução do contingente de empregados. Em setembro, o indicador do número de empregados situou-se em 40,1 pontos, valor abaixo da linha divisória de 50 pontos - o que sinaliza queda.
De acordo com o presidente do Sinduscon-DF, Júlio César Peres, existem 920 projetos de obras habitacionais aguardando algum tipo de análise técnica para a construção. “Isso deixa de gerar emprego e tributos para o próprio governo, temos que nos preocupara com as grandes obras, mas as pequenas também não podem ser esquecidas”, concluiu. “Estamos preocupados com a crise política atual, mas esperançosos”, ponderou. O segmento espera para o início de 2012 o lançamento de licitações de obras públicas no valor de cerca de R$ 80 milhões. Entre elas, obras viárias, como 300 km ciclovias. Outros R$ 50 milhões devem ser despendidos pelo governo com construções já em andamento.
Problemas - O ranking dos principais problemas apontados pelos entrevistados sofreu alteração no terceiro trimestre do ano. A falta de trabalhador qualificado caiu da primeira para a terceira posição. A carga tributária subiu da segunda para a primeira posição e a falta de demanda subiu da terceira para a segunda posição.
Patrick Selvatti
Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do DF (Fibra)
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