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Desenvolvimento econômico marca o Capital Fashion Week

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A indústria do Distrito Federal voltou para a passarela. Entre os dias 28 e 30 de novembro, o setor do vestuário brasiliense teve a oportunidade de expor o seu trabalho no Capital Fashion Week, o maior evento de moda do Centro-Oeste. Nesta 11ª edição, o CFW inovou ao levar sua estrutura para a nova sede da Câmara Legislativa, o palco das principais discussões políticas do Distrito Federal. O objetivo foi sensibilizar politicamente para a importância que o setor de vestuário tem para a economia da Capital Federal. Na abertura, houve inclusive uma sessão solene, com a presença de políticos, empresários, estilistas e jornalistas não somente conferindo as novidades e tendências da moda do Centro-Oeste, mas também discutindo o desenvolvimento econômico por meio da industria do  vestuario. “A Câmara Legislativa é a casa do povo e nada melhor que receber um evento como este que divulga a responsabilidade social, gera emprego e abre portas para novos talentos”, destacou deputado Patrício, presidente da CL-DF. Para o deputado distrital Joe Valle, além da importância comercial, o CFW oferece inúmeras oportunidades para os pequenos produtores. “É um evento que gera negócios e por isso merece apoio dos governantes e da comunidade. Com certeza não pode mais sair do calendário oficial de Brasília devido a função social que exerce”, destacou o parlamentar.

O presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), Antônio Rocha, marcou presença na primeira noite de desfiles para conferir a apresentação da nova coleção de duas das maiores indústrias do setor no DF. “O vestuário sempre foi um setor que muito nos orgulha na indústria do DF. Em seus produtos, nós podemos ver estampadas as belezas da Capital Federal e um grande interesse principalmente de jovens e das mulheres em ingressar cada vez mais nesse nicho de mercado tão promissor”, avalia.

A marca brasiliense de moda praia Summershop fez uma festa na passarela do CFW para apresentar sua coleção Verão 2012.  “Cada edição que participamos do CFW é um novo desafio. O evento está cada vez melhor e é sempre uma ótima oportunidade fazer parte dele, que representa não só a moda de Brasília, mas de todo o Centro-Oeste”, disse o empresário Fernando Japiassu, dono da marca.

Em seu desfile, a Confraria, marca de bolsas e acessórios, apresentou um mix com a coleção de alto verão e algumas peças do inverno 2012. Ao mesmo tempo, a proprietária e designer da marca, Ana Paula Ávila, aproveitou fazer uma espécie de manifesto contra as cópias de seus produtos. “Apesar de copiados, esses modelos são os mais vendidos na Confraria há cinco anos. A falsificação não afeta diretamente a marca, mas me deixa chateada porque a cópia dessas bolsas é feita com material de péssima qualidade”, disse Ana Paula.

O presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário do Distrito Federal (Sindiveste-DF), Paulo Eduardo Ávila  - marido e sócio de Ana Paula na Confraria – reconhece o valor do Capital Fashion Week. “As empresas precisam participar do evento, mas tem que se programar para ver o resultado do investimento. Ninguém ensina ninguém a pensar, mas pessoas precisam ter métodos e é isso que planejamos ensinar aos membros do sindicato”, afirma.

Para o mundo - Ultrapassar fronteiras é um dos objetivos do CFW. “A moda da nossa região está cada vez mais conhecida não só no Brasil, mas também percorrendo o mundo a fora. A cada edição temos profissionais e convidados internacionais, que além de participar do CFW, divulgam nossos estilistas lá fora”, destaca Márcia Lima, idealizadora do evento. “Nos últimos cinco anos, a moda brasileira vem ganhando seu reconhecimento lá fora, principalmente nos países do Oriente Médio, Japão e Estados Unidos”, disse Marco Aurélio Lobo, gestor de projetos da ApexBrasil.

O segundo dia do CFW foi destinado a palestras e bate-papos com especialistas sobre moda e negócios. Marco Aurélio Lobo falou sobre a Moda Brasileira e o Mercado Internacional. destacou também que a cadeia têxtil é responsável por 1,7 milhão de empregos diretos no País, além de ser o segundo setor de maior empregabilidade. “O Brasil é o quarto maior parque produtivo de confecção e o quinto maior produtor têxtil do mundo”, afirmou o palestrante, que apontou crescimento de consumo da classe C no país. “Nos próximos anos não teremos mais classe E. O país está crescendo e a classe média está cada vez mais exigente buscando a qualidade dos produtos. Isso impulsiona ainda mais o segmento de moda”, afirmou Marco.

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Já o Sebrae DF apresentou no Ciclo de Palestras o resultado da Pesquisa do Setor de Vestuário de Brasília, realizada este ano, que avaliar opiniões, atitude, expectativas, tendências e motivações de comportamento do consumidor no vestuário. A pesquisa apontou que, de um modo em geral, as mulheres demonstram muito entusiasmo ao falar sobre compras de roupa. Relacionam o ato ao prazer: gostam de olhar, pesquisar e especialmente adquirir. O estudo aponta que entra as casadas com filhos há um maior planejamento, por uma questão financeira. São consumidoras mais suscetíveis a formas de pagamento e às liquidações, o que não acontece com as mulheres solteiras ou casadas sem filhos. É consenso entre as entrevistadas que televisão, revistas e personalidades influenciam a moda, principalmente o que as atrizes usam nas novelas, sobretudo entre as classes B2 e C.

O estudo também mostrou as dificuldades na hora da compra como, por exemplo, encontrar o tamanho certo – especialmente os maiores – e a variação das dimensões da numeração de uma loja para outra. Entre os motivos que interfere na decisão de compra está o relacionamento vendedor-consumidora. “O preço é um aspecto extremamente importante, mas pode se tornar um fator secundário se a mulher gostar muito da roupa. A formação do valor agregado é um conjunto que une peça, qualidade e local de compra”, afirma o consultor Carlos André. “A mulher deseja olhar a vitrine e se reconhecer. A maioria gosta de apreciar para ter ideias de como montar looks e saber o que está na moda”, explicou o especialista. Por isso, a importância de montar uma vitrine bonita e que chame a atenção do cliente.


Carlos André encerrou sua fala ressaltando que, de acordo com a pesquisa, a loja ideal agrega qualidade da roupa, variedade, atendimento, preço justo ou possibilidade de parcelar a compra. Segundo ele, as  consumidoras acreditam que o fato de uma marca ser da cidade não influencia na compra, mas pode ser um diferencial do produto, porque facilita na identificação da identidade da mulher brasiliense e na compra, troca e devolução.

Meio ambiente -

Voltado para a sustentabilidade, o Capital Fashion Week também faz a sua parte quando o assunto é meio ambiente. A parceria com a Zero Impacto proporcionou a todos os convidados do evento um espaço ideal para a reciclagem do lixo tecnológico. Quem passar pela Câmara Legislativa estes dias pode descartar com segurança todo o material eletrônico que tem estocado em casa.  A ZeroImpacto faz a triagem destes resíduos, separando os itens inservíveis dos que ainda estão em funcionamento. Os servíveis são destinados à inclusão digital, no intuito de fomentar a democratização da informática. Os inservíveis são pré-tratados a fim de eliminar os riscos de contaminação e encaminhados para reciclagem. Graças ao conhecimento técnico e às tecnologias de separação aprovadas e certificadas, é possível garantir o alto grau de qualidade dos materiais recuperados.

 

 

Patrick Selvatti
Sistema Fibra - Federação das Indústrias do Distrito Federal
SESI - Serviço Social da Indústria
SIA Trecho 3 - Lote 225 71200-030 - Brasília-DF
www.sistemafibra.org.br
Fotos:Cristiano Costa / Fibra-Unicom

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