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Menor ritmo de obras faz com que construção civil caia
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- Publicado: Sexta, 16 Dezembro 2011 01:00
Sondagem do setor aponta queda no nível de atividade em outubro
O ano de 2011 não tem indicativos de que terminará de forma positiva para a indústria da construção civil no Distrito Federal. De acordo com dados divulgados pela Federação das Indústrias do DF (Fibra) em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-DF), o nível de atividade do setor está em queda na Capital Federal. Em outubro de 2011, o indicador do segmento ficou em 47,2 pontos – frente aos 44,1 pontos registrados em setembro. Ambos os números estão abaixo dos 50 pontos, o que indica o desaquecimento do setor. O índice também está aquém do usual para os meses de outubro quando comparado aos anos anteriores. Com a retração do setor, o nível de emprego também é afetado. O indicador ficou em 46,7 pontos, o que indica queda.
Para o economista da Fibra, Diones Cerqueira, a desaceleração do setor da construção se deve a uma realidade comumente enfrentada nos primeiros anos de governo: a diminuição dos gastos. “A construção civil em Brasília depende de obras públicas em primeiro lugar e, em segundo, das edificações. Neste ano ocorreu a descontinuação de grandes obras e a construção civil acabou baseada apenas nas edificações”, avaliou. As maiores rendas vieram do setor Noroeste, que de acordo com a Fibra não apresentou um avanço tão significativo, e de Águas Claras - que é um termômetro da construção civil no DF e em 2011 também não despontou muito. “Acreditamos que essa situação será superada nos próximos anos”, complementou.
Mesmo com o cenário, os empresários do setor da construção se mostram otimistas para os próximos seis meses. A expectativa, no entanto, é menor do que a registrada em setembro. O mesmo vale para os indicadores de compra de insumos, matérias-primas e também novas contratações. O indicador de evolução da atividade situou-se em 55,7 pontos em outubro frente aos 60,2 pontos de setembro. Consequentemente, o empresário reviu suas expectativas para a compra de insumos e matérias-primas. O indicador para a compra de matérias-primas e insumos situou-se 54,1 pontos frente aos 59,3 pontos de setembro. Já as expectativas para novas contratações melhoraram. O indicador de evolução do número de empregados situou-se em 57,3 pontos frente aos 53,5 pontos de setembro.