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Construção civil encerra primeiro trimestre em queda

O nível de atividade da Indústria da Construção do DF apresentou nova queda em março. É o que aponta pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do DF (Fibra) em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Sindicato da Construção Civil do DF (Sinduscon/DF). O indicador do nível de atividade comparado ao mês anterior registrou 47,2 pontos em março, permanecendo abaixo da linha divisória dos 50 pontos. Em decorrência da queda de atividade, o número de empregados também caiu. O indicador de número de empregados situou-se em 49,0 pontos, mantendo-se abaixo da linha divisória dos 50 pontos. Esse foi o terceiro recuo consecutivo dos indicadores citados. Já o indicador de nível de atividade em relação ao usual está localizado em 47,1 pontos. Cabe destacar que, desde maio de 2010, o indicador de nível de atividade em relação ao usual para iguais meses de anos anteriores mantém-se abaixo do ideal, sinalizando tendência de queda da atividade do setor. 

A carga tributária voltou a ser o principal motivo de preocupação dos entrevistados. O item obteve 59,5% das respostas no primeiro trimestre de 2012. Cabe destacar que a carga tributária ocupava a quinta posição no ranking dos principais problemas no quarto trimestre de 2011. Em segundo lugar, aparece o problema de taxas de juros elevados com 40,5% das respostas. Na terceira posição, surgem empatados os problemas de alto custo de mão de obra e a falta de trabalhador qualificado com 37,8%, respectivamente. O item alto custo de mão de obra saltou da sétima posição, no quarto trimestre de 2011, para a terceira posição nesse primeiro trimestre de 2012 e, consequentemente, percebe-se aumento considerável no percentual de respostas dadas pelos empresários para esse problema (de 20,7% em 2011 para os atuais 37,8% em 2012).

Otimismo - Apesar deste cenário, os empresários da Capital Federal continuam otimistas. Contudo, cabe destacar que embora positivas (com indicadores acima de 50 pontos), as expectativas para os próximos seis meses da indústria da construção do DF são menos favoráveis comparativamente com o quarto trimestre do ano anterior.  Já o indicador do nível de atividade para os próximos seis meses caiu de 62,0 pontos no quarto trimestre de 2011 para 58,7 pontos nesse primeiro trimestre de 2012. Por sua vez, o item compra de insumos e matérias-primas recuou de 61,0 pontos no quarto trimestre de 2011 para 59,9 pontos nesse primeiro trimestre de 2012.  O indicador de número de empregados caiu de 61,9 pontos no quarto trimestre de 2011 para 58,5 pontos no primeiro trimestre de 2012. A única exceção foi o item “novos empreendimentos e serviços”, que passou de 55,6 pontos no quarto trimestre de 2011 para 56,6 pontos nesse primeiro trimestre de 2012.

Segundo os técnicos da Fibra, a expectativa aumentou a partir de dezembro do ano passado, quando houve compromisso do GDF em investir mais em obras públicas neste ano. O resultado, entretanto, ainda não pôde ser observado e isso fez com que a expectativa futura ficasse menor agora que no último trimestre de 2011. Porém, o quadro deve mudar. O governador Agnelo Queiroz, por outro lado, anunciou hoje (15), em entrevista, que aplicará R$ 2,2 bilhões - que o governo federal destinará ao DF por meio do PAC - em obras de mobilidade urbana. “Com isso, o setor da construção civil deverá melhorar”, acredita o presidente da Fibra, Antônio Rocha.

Mobilidade urbana - No programa Conversa com o Governador, Agnelo Queiroz ressaltou a importância da parceria entre o governo local e o governo federal para a melhoria do sistema de transporte do DF. Em entrevista, o governador enumerou os projetos contemplados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade Urbana e assegurou que o DF vai passar por uma revolução no transporte público até 2014. “O primeiro projeto é a construção do Sistema de Transporte do Eixo Sul, que liga o Gama e Santa Maria ao Plano Piloto. Além do Eixo Sul, vamos investir no Eixo Oeste. E o terceiro projeto é a expansão e modernização do metrô em Brasília.””, disse, detalhando como serão aplicados os R$ 2,2 bilhões que o governo federal destinará ao DF por meio do PAC. “No nosso governo, transporte público é a prioridade”, reforçou, frisando que a qualidade de vida da população será uma das consequências diretas da melhoria no transporte. “Aqui em Brasília, esses projetos vão beneficiar muito a nossa população que vai ficar menos tempo dentro de um transporte para ir ao trabalho ou estudar”, destacou.

Por Patrick Selvatti 
Fotos: Nilson Carvalho
Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra)
e-mail: patrick.selvatti@sistemafibra.org.br

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