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Sinfor se reúne para consulta do novo modelo do polo digital

Conforme foi amplamente divulgado pela imprensa local, o novo modelo adotado para o Parque Tecnológico Capital Digital já está definido pelo governo do Distrito Federal. A Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) será dona de quase metade do negócio - referente ao terreno e às obras de infraestrutura que já estão sendo feitas no local - e, por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP), procura os sócios que investirão no restante da participação nessa Sociedade de Proposta Específica (SPE) para administrar todo o complexo. Os empresários ligados ao Sindicato das Indústrias da Informação (Sinfor) aprovaram a nova forma de gestão, apresentada no início de julho na Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra). Na ocasião, o presidente do Sinfor, Jeovani Salomão, declarou estar aberta a oportunidade para que o setor privado entre com o governo na gestão do condomínio tecnológico “da forma mais equilibrada possível até então”. Entretanto, após algumas análises técnicas, o mesmo grupo de empresários identificou alguns pontos a serem esclarecidos no processo e estabeleceu um cronograma de reuniões para debater a carta consulta do projeto que deverá ganhar corpo de edital agora em agosto. “O nosso parque já está provocando uma competição global. Temos que reunir em Brasília condições para estar nesse nicho de forma atrativa. Nesse sentido, o setor tem o dever de apontar ao GDF as nossas falhas, nos bastidores, sem causar alarde junto aos competidores. Porque acreditamos que é possível atrair investimentos e modificar a realidade de Brasília”, explica Salomão.

É de entendimento do grupo de trabalho que a Terracap não vai voltar atrás no modelo sugerido. Até porque se confirmou, em recente missão internacional a qual Fibra e Sinfor integraram, que a proposta foi bem-sucedida nas principais potências. “É bom deixar claro que não vislumbramos que o modelo de gestão deixe de ser misto. A iniciativa privada na gestão do Parque será positiva, mas o setor já instalado na cidade deve apontar os caminhos”, avalia Jeovani. A diretora de Desenvolvimento Tecnológico da Fibra e vice-presidente do Sinfor, Suely Maria Silva, conta que as reuniões realizadas têm surtido efeito positivo no processo de concepção das propostas. “Trabalhamos basicamente em quatro pilares que identificamos como o sustentáculo do edital: a gestão, a infraestrutura, o planejamento estratégico e a competitividade”, ela resume, ressaltando que o objetivo das consultas tem por princípio esclarecer as vantagens e desvantagens às quais as empresas locais estarão submetidas. “Identificamos várias perguntas sem respostas e decidimos nos reunir para elencá-las”, conta.

O grupo ainda terá duas novas reuniões, cumprindo o cronograma estabelecido para o período da consulta, cujo prazo terminará dia 9 de agosto, mas deverá ser adiado, atendendo inclusive um anseio do setor de TI. De qualquer forma, segundo a Terracap, a conclusão do edital de licitação não definirá a vocação do Parque Tecnológico Capital Digital, mas sim a sua destinação. “Somente após a licitação haverá uma vocação estabelecida em discussões que ocorrerão com a participação das empresas”, esclareceu o diretor da entidade José Humberto Matias de Paula.

O presidente do Sinfor lembra que o modelo do polo tecnológico deverá servir de exemplo prático em mais três grandes projetos similares para o DF: o parque de biotecnologia, o centro financeiro e o setor aeroportuário. “Em todos, buscamos empresas que venham com visão de exportar soluções para o mundo a partir do DF”, conclui Jeovani Salomão.

Texto: Patrick Selvatti

Foto: Nilson Carvalho

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