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Indústria avalia atuação do GDF e prioriza área social
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- Publicado: Terça, 18 Dezembro 2012 01:00
Os empresários da indústria do Distrito Federal avaliaram como positivo o desempenho do Governo do Distrito Federal na metade do mandato do governador Agnelo Queiroz. Para 64,2% dos entrevistados, o desempenho é considerado ótimo ou bom. Por outro lado, 30,5% dos empresários entrevistados avaliaram a atuação do governo como ruim ou péssima. Os dados foram divulgados hoje (18) em coletiva de imprensa realizada na Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra). A sondagem foi realizada em todo o território do Distrito Federal. Compreende as empresas da indústria do DF, nesse caso, formada pelo setor da Indústria da Construção Civil, Indústria da Tecnologia da Informação e Comunicação e Indústria da Transformação.
Esta pesquisa tem como objetivo conhecer a opinião do setor industrial local, bem como as áreas prioritárias de ação para o Governo do Distrito Federal na perspectiva do setor privado. Entre os cinco temas avaliados, a área social obteve o índice de 88,56 pontos e ficou em primeiro lugar. Na sequência, vieram as áreas de Infraestrutura, com o índice de 86,11 pontos; de Meio Ambiente, com 87 pontos; Econômica, com 83,11 pontos; e de Inovação, com 82,78 pontos. “Esse resultado mostra um posicionamento evoluído por parte do empresariado brasiliense. Não que estejamos deixando o faturamento de lado, mas focando na qualidade de vida do trabalhador, a lucratividade é mais abrangente. Toda a população sai beneficiada”, avalia o presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), Antônio Rocha.
Na área Social, foram analisados três temas: Saúde, Segurança e Educação. Esta última obteve um índice de 97,23 pontos e ficou em primeiro lugar. Saúde ficou em segundo lugar com o índice de 96,68 pontos. Já Segurança ficou em terceiro lugar com o índice de 96,35 pontos. “Um trabalhador qualificado e saudável rende mais, além de não gastar dinheiro com estes itens”, comenta Rocha.
Na área de Infraestrutura foram analisados quatro temas: Transportes, Saneamento básico, Eletricidade e Comunicações. O item Transportes ficou em primeiro lugar, com o índice de 92,48 pontos. Saneamento Básico ficou em segundo lugar, com o índice de 89,33 pontos. Eletricidade teve índice de 90,44 pontos e Comunicações, de 82,63 pontos.
Em relação ao Meio Ambiente, foram analisados quatro temas: Criação de áreas de transbordo, Coleta seletiva, Incentivo à instalação de empresas de reciclagem e Licenciamento ambiental. O que se refere à reciclagem obteve o maior índice (87,95 pontos) e ficou em primeiro lugar. Coleta Seletiva, com um índice de 87 pontos, ficou em segundo lugar, seguido de Criação de áreas de transbordo (86,49 pontos) e Licenciamento Ambiental (84,57 pontos).
Os quatro temas analisados na área Econômica foram: Crescimento da atividade industrial, Racionalização de impostos e taxas, Regulamentação da Lei Geral e Combate à informalidade.
Crescimento da atividade industrial obteve o maior índice entre os quatro temas avaliados (89,71 pontos) e ficou em primeiro lugar. O item Racionalização de impostos e taxas ficou em segundo lugar (89,11 pontos). Em terceiro lugar, vem Regulamentação da Lei Geral das MPE´s, com o índice de 89,06 pontos. Ao fim, Combate à informalidade, com o índice de 85,33 pontos.
Com relação à Inovação Tecnológica foram analisados quatro temas: Formação profissional, Inclusão da MPE, Incentivo à inovação e Parque Tecnológico – Cidade Digital. O item Formação profissional ficou em primeiro lugar, com o índice de 89,82 pontos. Incentivo a Inovação, com o índice de 86,84 pontos, ficou em segundo lugar. Já Inovação Tecnológica ficou em terceiro lugar, com o índice de 84,40 pontos. E Parque Tecnológico ficou em quarto lugar, com o índice de 80,75 pontos. “A formação profissional sempre será uma bandeira da Fibra, porque é uma necessidade de todos os nossos setores”, lembra Antônio Rocha.
Consumo e empreendedorismo - O brasiliense está disposto ao consumo. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto FSB, a pedido da Fibra, a maioria dos cidadãos do DF (57%) declarou que as dívidas devem se manter como estão ou aumentar. Além disso, a pesquisa demonstrou que 47% dos cidadãos não estão com medo de perder o emprego e 28% têm pouco medo de perdê-lo. O estudo também revela que, para 49% dos entrevistados, a renda familiar não deve sofrer alterações e 38% estão otimistas de que o poder aquisitivo deve aumentar. “Esses números nos mostram uma situação favorável ao consumo. Quem está endividado, pretende continuar gastando e a perspectiva para a manutenção da renda fixa é apontada pelso entrevistados”, avalia o presidente da Fibra, Antônio Rocha.
O líder empresarial observa que, em uma capital onde o serviço público sempre prevaleceu, é normal que se haja uma segurança financeira. Entretanto, segundo ele, o cenário já está sendo alterado. Isso é apontado por outro resultado do estudo, que revela também o seguinte dado: quase metade dos jovens brasilienses está com o empreendedorismo rondando a mente. De acordo com a pesquisa, 48% da população consultada gostaria de abrir seu próprio negócio. Destes, 67% são jovens entre 16 e 24 anos, 60% possuem entre 25 e 34 anos, 46% estão na faixa dos 35 a 44 anos e 63% possuem mais de 45 anos. Em todos os casos, predomina a baixa renda e a escolaridade inferior. “Os jovens de Brasília já não esperam tanto do serviço público e buscam o empreendedorismo por necessidade”, observou o responsável pela pesquisa, Leonardo Barreto. Segundo a pesquisa da FSB, o Comércio é a área que mais atrai o interesse dos pretensos empreendedores com 62%, seguido de Serviços, com 25%. A Indústria desperta a vontade de apenas 2% dos entrevistados.
Responderam à pesquisa 1108 cidadãos com título de eleitor em 23 regiões administrativas, incluindo Plano Piloto.