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Indústria do DF cresce no ano, mas de forma moderada


A indústria do DF deverá fechar 2012 com resultado positivo frente ao ano anterior, segundo divulgou ontem a Fibra, por meio da pesquisa Indicadores de Desempenho da Indústria do DF. De acordo com o estudo, até outubro deste ano, o faturamento do setor cresceu 11,83%. A alta foi puxada, principalmente, pela atividade de Alimentação, que cresceu 20,08% no período, com destaque para o aumento nas vendas do setor de grãos. A expectativa da Fibra é que, em 2012, a indústria encerre o ano com, aproximadamente, 10% de expansão. Os dados foram apresentados neste dia 18, durante coletiva realizada no edifício-sede da Federação. 

Segundo com o Assessor Especial e economista da Fibra, Diones Cerqueira, embora vigoroso, o crescimento carrega fortes efeitos estatísticos. “Em 2011, a indústria teve retração de 0,32%. Além disso, ele não é abrangente, ou seja, não engloba todos os setores que compõem a indústria do DF”, explica.

A pesquisa Indicadores levanta, ainda, dados acerca do emprego no setor e da utilização da capacidade instalada (UCI). No acumulado do ano, o indicador pessoal empregado cresceu 1,94%, o que significa cerca de 1,2 mil pessoas a mais no mercado industrial.  Em contrapartida, a UCI da indústria brasiliense alcançou, em média, 66,52%, taxa 1,17 ponto percentual abaixo da verificada em igual período em 2011.

“O desempenho do mercado de trabalho e do nível de utilização da capacidade instalada em 2012 aponta uma indústria com pouca competividade”, analisa Diones.

A morosidade da indústria do DF pode ser explicada pelas principais preocupações elencadas pelos empresários brasilienses. A elevada carga tributária; a falta de demanda; e a competição acirrada assumem os três primeiros lugares no ranking de problemas enfrentados pelas empresas. “Mas tem aparecido, com mais frequência em nossas pesquisas, dificuldades com a distribuição do produto, que mostra que o empresário enfrenta entraves logísticos”, ressalta o economista.

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Na opinião do presidente da Fibra, Antônio Rocha, esse conjunto de fatores reforça a tese da necessidade de elaboração de uma política industrial que crie estímulos capazes de fortalecer e expandir a indústria da capital federal. “Temos que conciliar desenvolvimento com a preservação das características urbanísticas da cidade. Além disso, temos o desafio de conciliar crescimento econômico com a preservação do título de Patrimônio Cultural da Humanidade”, considera o presidente.

Rocha destaca que uma iniciativa importante neste contexto foi a elaboração pelo Executivo, em parceria com a iniciativa privada, de um programa de apoio às empresas do DF, chamado IDEAS Industrial. Trata-se de um instrumento de apoio financeiro exclusivo para a indústria. “Essa é a primeira vez na história do DF que temos um programa específico para o setor. Ele representa um marco de uma nova fase da construção e da implantação de políticas públicas de estímulo ao crescimento econômico na capital federal”, finaliza. 

Suzana Leite
Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do DF (Fibra) 
Fotos: Nilson Carvalho

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