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José Pastore fala sobre relações do trabalho na Fibra

JosePastore17102013NilsonCarvalho SITE1A Sala Plenária da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), estava lotada na noite do último dia 15 de outubro para a palestra ministrada pelo professor José Pastore, que é Doutor Honoris Causa em Ciência e Ph.D. em Sociologia pela University de Wisconsin, nos Estados Unidos, e especialista em relações de trabalho, tendo publicado vários livros sobre este tema.

O 1º vice-presidente da Fibra, José Luiz Diaz Fernandez, abriu o evento com breve fala lembrando aos presentes a importância que tem o tema trabalhista tem na rotina da indústria. “Em diversos estudos e sondagens feitas com industriais em todo o país, os assuntos que envolvem as relações de trabalho sempre aparecem no topo da lista como os que mais impactam os negócios ou como desafios a serem superados para aumento da competitividade e consequente desenvolvimento do setor”, afirmou Fernandez.

E foi destacando a competitividade que Pastore iniciou sua fala. Apresentando dados da IMD Business School, e do Fórum Econômico Mundial, mostrou a queda do Brasil nos rankings mundiais de competitividade. Segundo Pastore, um dos pontos que estimula esta queda é o custo unitário do trabalho. “O Brasil tem custo altíssimo do trabalho, com produtividade que diverge com os valores salariais pagos”, afirmou Pastore que ao comparar a produtividade do trabalho, deixa claros estes números. “Para que se equivaler em produtividade, precisamos de três trabalhadores brasileiros para produzir o que um operário da Coréia do Sul produz no mesmo período de tempo”. Segundo Pastore, esta comparação fica ainda mais distante quando a referência é um operário nos Estados Unidos, que tem produtividade cinco vezes superior a do trabalhador brasileiro.

Os principais pontos que reduzem a produtividade do trabalhador, para Pastore, são os baixos índices de capacitação do empregado e de inovação nas indústrias. Segundo o professor, o empregado chega à empresa sem qualificação e precisa ser capacitado pelo empregador.

Para Pastore, outro ponto que torna a indústria brasileira ainda menos competitiva são os custos e encargos que oneram a folha de pagamento. “Em um estudo da Fundação Getúlio Vargas, concluiu-se que um trabalhador pode custar para a empresa até 183,15% do valor pago em salários para o empregado”, frisou Pastore.

A insegurança jurídica também foi motivo de alerta de Pastore. Citando exemplos como a multa de 10% sobre o Fundo de Garantia Sobre o Tempo de Serviço (FGTS), que teve sua extinção vetada pela presidente Dilma Rousseff e confirmada pelo Congresso Nacional, Pastore reforçou a crítica à legislação vigente e a dificuldade em se investir com a constante instabilidade jurídica.

Soluções

Pastore apresentou algumas propostas para tornar o tema trabalhista menos oneroso na rotina do empresário, sugerindo ações como o estreitamento das relações entre os departamentos de recursos humanos e o jurídico das empresas. Destacou também a importância de uma maior proximidade aos empregados, com ações que melhorem o convívio e o ambiente de trabalho.

Outro ponto apresentado por Pastore foi a publicação 101 Propostas para Modernização Trabalhista, estudo elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) que elenca 101 propostas de modernização trabalhista. Se aplicadas, estas propostas reduziriam os custos de produção, a burocracia e os custos do emprego formal, tornando a indústria brasileira mais competitiva.

O documento 101 Propostas para Modernização Trabalhista pode ser baixado no site da CNI, www.cni.org.br.

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Nilson Carvalho - texto e fotografia

Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do Distrito Federal - Fibra

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