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Fibra discute economia e política do País em debate

Cenarios201419112013NilsonCarvalhoA possibilidade de reeleição da presidente Dilma Rousseff é alta, portanto, é pouco provável que aconteçam mudanças na política econômica brasileira até 2015. Estas duas afirmações foram feitas pelo cientista político Murillo de Aragão e pelo economista Armando Castellar, no debate Cenário Político Econômico Brasileiro para 2014, promovido na noite de ontem (19/11) pela Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), com apoio do Sebrae-DF.

O debate foi aberto pelo vice-presidente da Fibra, José Luiz Diaz Fernandez, que lembrou aos industriais, presidentes de sindicatos e membros do setor produtivos presentes, a importância da análise dos possíveis cenários que podem se formar com o resultado das eleições de 2014. "Analisando as perspectivas políticas futuras, podemos prever as consequências que o modelo adotado pelo novo governo trará à economia brasileira e quais os desafios no campo econômico o eleito enfrentará no quadriênio que há de vir", frisou Fernandez.

Economia

O panorama econômico foi descrito por Armando Castellar. O economista formado pela Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, traçou um perfil da condição da economia brasileira em comparação à América Latina e aos outros países emergentes do mundo.

Para explicar a condição atual do Brasil, Castellar começou sua fala lembrando que o País aproveitou-se de uma condição mundial, por alguns anos, apresentar aceleração do crescimento, mas que o momento atual paga a conta de escolhas da política econômica que acabaram por aumentar a taxa de juros, elevar a inflação e frear o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

O economista frisou não acreditar em mudanças e ajustes pesados no setor para o curto prazo. "A situação do Brasil hoje ainda é confortável, não existe pressão do mercado para que sejam feitos grandes ajustes, que seriam politicamente dolorosos" disse Castellar, argumentando que grandes mudanças reduziriam o salário real, movimento evitado em ano eleitoral. Na sequência deste cenário, a perspectiva de Castellar para o desempenho da economia nos próximos anos é, nas palavras dele, "medíocre", com várias mudanças marginais e nenhuma reforma, com o PIB crescendo apenas 1,8% em 2014.

Política

"A desorganização da oposição, que briga dentro dos próprios partidos, é uma das grandes alavancas para a reeleição da presidente Dilma Rousseff, que vai acontecer sem facilidade, mas sem ameaça de derrota", disse Murillo de Aragão, em um resumo do contexto eleitoral para 2014.

Segundo Aragão, a disputa para o cargo de presidente da república começou cedo demais para os padrões, com os pedidos de Dilma para que o ex-presidente Lula definisse com rapidez ela como candidata à reeleição. Esta movimentação abriu espaço para outros prováveis candidatos, como o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o senador Aécio Neves e Marina Silva, que por consequência do veto a criação de seu partido, a Rede Sustentabilidade, aliou-se a Campos.

"Apesar de momentos complicados vividos no governo Dilma, como as manifestações ocorridas no meio do ano, a política de governo sendo questionada, a economia mal das pernas e o aumento da inflação, Dilma pode ser reeleita em primeiro turno", afirmou Aragão. Segundo o cientista político, o eleitor brasileiro é levado por "sensações térmicas". Se o momento é confortável, a chance de que se mantenha a lógica atual é grande.

Aragão afirmou também que nesse período pré-eleitoral podem acontecer fenômenos que, de alguma forma, podem abalar a reeleição da presidente, mas para que realmente a afetem, estes devem ser de grande repercussão. "Talvez somente um colapso de estrutura durante a Copa do Mundo poderá atrapalhar a candidatura de Dilma", disse Aragão.

Nilson Carvalho - texto e fotografia

Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do Distrito Federal - Fibra

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