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Atividade da construção civil cai em outubro
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- Publicado: Quinta, 05 Dezembro 2013 00:00
Um dos setores industriais mais pujantes da Capital Federal, a Construção Civil, se aproximou, em outubro, do pior resultado apurado em 2013. No mês em análise, todos os indicadores levantados pela Sondagem da Construção Civil situaram-se abaixo dos 50 pontos – o que indica retração no setor. O nível de atividade caiu para 42,5 pontos, ante os 48 pontos registrados no mês anterior e pouco acima dos 39,1 pontos verificados em fevereiro do corrente ano.
A queda da atividade interrompe seis meses contínuos na retomada do indicador, recuperação amparada na tomada de crédito para a compra da casa própria, que aquece o setor imobiliário, e, também, a aprovação de projetos por órgãos de governo.
A Sondagem realizada pela Federação das Indústrias do DF (Fibra), em parceria com o Sinduscon-DF, mostra que a retração na atividade teve, por consequência, a demissão em massa dos trabalhadores do setor. O indicador do número de empregados situou-se em 43,7 pontos em outubro, permanecendo abaixo da linha divisória dos 50 pontos pelo 9º mês consecutivo. O dado é sustentado pela divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que traz a construção civil como o setor pesquisado que mais demitiu em outubro. Segundo o Caged, 640 pessoas com carteira assinada perderam seus empregos no período.
Mas, para os empresários do setor, os dados não são alarmantes. Marcus Peçanha, presidente da Comissão de Economia e Estatística do Sinduscon-DF, explica que, em função do período de chuvas, iniciado em setembro em Brasília, o último trimestre do ano sempre é de arrefecimento para a construção civil. "Há sazonalidade natural no período, com a parada de obras em função do período chuvoso, além da chegada ao fim de um grande número de contratos de obras executadas para o governo local e federal", afirmou Marcus.
Expectativas
O otimismo dos empresários da construção civil para os próximos seis meses também foi afetado. Todos os indicadores referentes à expectativa dos entrevistados situaram-se abaixo dos 50 pontos. Tal movimento não ocorria desde julho de 2010.
De acordo com o levantamento, os respondentes esperam queda no nível de atividade para o futuro próximo. O indicador caiu de 52,7 pontos para 48,6 pontos entre outubro e novembro. Nota-se que houve o rompimento da linha que separa boas de más expectativas.
Corrobora para a falta de otimismo quanto ao nível de atividade as perspectivas negativas relacionadas à conquista de Novos empreendimentos e serviços – que caiu de 51,9 pontos para 47,9 pontos na mesma base de comparação – e na intenção de Compras de insumos e matérias-primas, que passou de 51,3 pontos para 46,8 pontos. A expectativa do número de empregados também caiu, saindo de 51 pontos para 49,3 pontos.
Suzana Leite
Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do Distrito Federal - Fibra