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Publicado: Sexta, 21 Fevereiro 2014 23:00

A manhã de hoje foi de muita festa na unidade do Sesi em Taguatinga, com a abertura oficial do Torneio de Robótica First Lego League, com a participação de cerca de 600 alunos com idades de nove a 15 anos, vindos de 14 estados do Brasil.

O torneio é realizado pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), em conjunto com os parceiros fundadores Lego e a organização americana First (For Inspiration and Recognition of Science and Technology) e com apoio da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra). Esta é a primeira edição nacional sob integral responsabilidade do Sesi, após nove outras realizadas anteriormente no país.

Neste ano, o tema do Torneio é Fúria da Natureza. Entre outros desafios, os estudantes montarão e programarão robôs que solucionarão problemas com desastres naturais, como avalanches, deslizamentos de terra, enchentes, tsunamis, tempestades. Os times se submetem a quatro categorias de avaliação na arena montada no Sesi Taguatinga e os melhores colocados disputarão torneios idênticos nos Estados Unidos, Espanha e Canadá.

E começa o Torneio!

Com todas as equipes enfileiradas na quadra do ginásio do Sesi Taguatinga, a cerimônia foi aberta pela maestrina da Orquestra do Sesi-DF, Rejane Pacheco, que entoou o Hino Nacional acompanhada pelos competidores.

A palavra inicial do evento foi do 1º vice-presidente da Fibra, José Luiz Diaz Fernandez, que lembrou que apesar da impressão de diversão que as competições do Desafio do Robô passam, o projeto do Torneio de Robótica tem um forte viés social e de desenvolvimento humano. “A proposta deste trabalho agrega importante papel social na criação e no aperfeiçoamento de novas tecnologias que beneficiam toda a sociedade, com as soluções do Projeto de Pesquisa, que com ideias inovadoras e de baixo custo, podem fazer grande diferença para evitar tragédias em desastres naturais”.

O diretor de Operações do Departamento Nacional do Sesi, Marcos Tadeu, fez questão de lembrar a importância dessa fase da disputa. “A competição começou com 226 equipes e agora temos apenas 60. Todos estão aqui porque usaram a criatividade, pensaram em como fazer bem e melhor. E a indústria precisa exatamente de criatividade e inovação. O Sesi espera que todos possam continuar nesse caminho da ciência e da tecnologia”, concluiu.

Na abertura do Torneio estavam presentes o Diretor Regional do Sesi-DF, Albano Esteves de Abreu, o secretário de Estado de Esportes do DF, Julio Cesar Ribeiro e o administrador regional de Taguatinga, Marco Aurélio Bessa.

O DF no torneio 

Duas equipes representam o Distrito Federal no Torneio de Robótica: a Lego of Olympus e a Lego Field, ambas do Sesi Gama. Para alcançar este certame, as equipes tiveram que competir internamente entre as escolas do Sesi-DF e, posteriormente, participar do torneio regional realizado em Goiânia, nos dias 6 e 7 de dezembro. Na oportunidade, as equipes do DF competiram com alunos de escolas públicas e particulares de Goiás, do DF e do Tocantins.

A Lego of Olympus consagrou-se como a grande campeã do torneio regional. Como o objetivo do Torneio de Robótica First Lego League é que os alunos proponham soluções inovadoras para prevenir desastres naturais, a equipe do Sesi Gama traz em seu projeto de pesquisa a ideia de monitorar vulcões em atividade a tempo de evacuar áreas ocupadas próximas em uma possível erupção.

“Trata-se de um sensor que ficaria na base do vulcão, produzido com material que suporta grandes temperaturas. Nossa ideia é medir o dióxido de carbono e, ainda, a frequência de abalos, o que são indicativos de uma erupção. Se o vulcão estiver em atividade, o sensor emite um sinal via satélite alertando a população”, explicou o aluno Matheus Queiróz, de apenas 12 anos. A equipe é composta por cinco alunos, além da professora de matemática Mayra Rezende, técnica da equipe.

Matheus reitera que esse mesmo projeto pode ser adaptado para o Brasil, utilizado em fenômenos que maltratam o país, como tempestades e queimadas. Questionado sobre a participação no Torneio, o adolescente finaliza: “Essa é uma experiência que vou levar para a vida toda”.

Já a equipe Logo Field conquistou o Troféu Inspiração na etapa regional, classificando mais um representante do DF na fase nacional. A Lego Field, por sua vez, traz em seu projeto a proposta do monitoramento de deslizamentos de terra. “Somos brasileiros e, diante dessa máxima, a nossa ideia é melhorar nosso país, salvando os brasileiros”, disse a estudante Ana Luísa Fagundes.

Ana Luísa disse que o tema do projeto de pesquisa surgiu após as inúmeras mortes que decorrentes dos seguidos deslizamentos ocorridos no país. “Com isso, projetamos um poste que deve ser instalado nos morros. A nossa proposta é monitorar a movimentação do solo em declives. Com a inclinação do poste, será possível, por meio de programação, detectar deslizamentos e avisar aos moradores cadastrados por meio de SMS e sinais luminosos à tempo”, explica a aluna. 

Segundo o professor Bruno Alves, técnico da equipe, o projeto foi submetido a professores da UnB e à Defesa Civil, que confirmaram a viabilidade do projeto. “De acordo com a pesquisa dos alunos, cada poste custaria cerca de R$ 450. O projeto mais parecido, vigente no país, custa algo em torno de R$ 3,2 mil.

Segundo Learice Alencar, Gerente de Educação do Sesi-DF, o uso do Lego está dentro das salas de aula desde o início do Ensino Fundamental nas escolas do Sesi-DF. “Primeiramente, as crianças aprendem brincando. Com o passar dos anos, elas têm acesso aos robôs e às assessorias dos professores. Isso desperta o interesse nos alunos em matérias que exigem mais dos adolescentes, como a matemática, a física, etc. Além disso, cria grande expectativa quanto ao uso da tecnologia, ampliando a criatividade, o raciocínio lógico e a inovação”, finalizou.

Serviço:

Torneio de Robótica First Lego League
Hoje e amanhã, na unidade Sesi em Taguatinga - QNF 24 Área Especial - Taguatinga Norte.
Entrada franca, de 9h às 18h

A programação pode ser acessada clicando aqui.

Suzana Leite e Nilson Carvalho
com informações da CNI

Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do Distrito Federal - Fibra

Fotos: Nilson Carvalho/Fibra