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Inovar para ter competitividade e retorno de mercado

“Inovação é quando se transforma conhecimento em valor de mercado”. A afirmação foi feita nesta quinta-feira (27/3), por Paulo Mól, coordenador-executivo da Mobilização Empresarial pela Inovação da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL Nacional), em palestra realizada na Federação das Indústrias do DF (Fibra). O evento, uma iniciativa do Programa Inovindústria, contou com a presença de empresários, presidentes de sindicato, além de autoridades como o secretário de Estado de Micro e Pequenas Empresas e Economia Solidária do DF, Antônio Augusto de Moraes.

Durante a palestra, Paulo Mól desconstruiu o conceito que geralmente se tem acerca de inovação. “É preciso deixar bem claro que inovação não é invenção. Inovação tem que gerar faturamento, receita, redução de custo ou aumento de produtividade. Por isso, afirmo que inovação é algo que acontece dentro das empresas e não nas universidades”, enfatizou.

A afirmação de Mól é corroborada pelo depoimento primeiro vice-presidente da Fibra, José Luiz Fernandez. Empresário do ramo de madeira e mobiliário, Fernandez é direto: “Inovação é a palavra chave para quem quer se diferenciar no mercado. Quem não inova, certamente fica para trás. O caminho do insucesso é não inovar”, falou, na ocasião.

De acordo com a CNI, o Brasil ainda investe menos de 1% do PIB em pesquisa e desenvolvimento (P&D), enquanto em outros países, como a Suécia, os Estados Unidos ou a Coréia, o investimento é maior que 5%. “Temos de apostar em inovação em termos internacionais para competir globalmente”, completou.

Contudo, o superintendente do IEL explicou: “Investimos menos inovação e muito mais Pesquisa e Desenvolvimento. P&D é parte tecnológica da inovação. A inovação pode ser tecnológica, mas inovação não circunscreve apenas à tecnologia”.

Um dos caminhos apontados por Mól está no investimento em inovação não tecnológica. Para ele, as pessoas têm o conceito de que inovação só se faz em tecnologia, mas não é. “A inovação pode acontecer de várias formas”, explicou.

Segundo o palestrante, quatro são as formas de inovar. A mais conhecida, a inovação em produto, tem por consequência o aumento na participação em mercado. A inovação também pode acontecer em processos. Neste caso, a proposta é reduzir custos. Há, também, a inovação em marketing, que permite o alcance de novos mercados. Por fim, há a chamada inovação organizacional, que otimiza a gestão.

Os empresários foram incentivados, na oportunidade, a criar um ambiente criativo dentro da empresa. “Não é preciso criar um departamento para inovação. É necessário, sim, que cada funcionário seja inovador. A criatividade deve ser exposta”. Mól disse que a ideia pode ser posta em prática de modo simples, utilizando um quadro de anotações, por exemplo.

Por fim, é importante que a inovação seja compreendida como fruto de um planejamento estratégico. “Ninguém inova sozinho. Quando o empresário toma a decisão de inovar, ele vai trabalhar necessariamente com um conjunto enorme de atores. É preciso mobilizar a cadeia de fornecedores; estar atento ao mercado, aos clientes. É preciso buscar informação nas universidades, com pesquisadores que estão na academia. É preciso buscar informação dentro de outras empresas e até em outros países”, concluiu Mól.

Como inovar? O Inovindústria

Após a palestra, o público presente teve a oportunidade de conhecer as duas frentes de inovação do Sistema Fibra. Uma delas é o Inovindústria, programa realizado pela Fibra, que tem por objetivo de criar a cultura de inovação dentro das micro e pequenas empresas industriais.

O programa é divido em cinco fases, que vai desde a sensibilização do empresário até a consultoria individual, com a elaboração do projeto de inovação adequado às possibilidades de financiamento disponíveis. Pelo nível de complexidade do projeto Inovindústria, o empresário participante contribui com contrapartidas financeiras, divididas em cada uma das cinco fases do projeto, totalizando R$ 1.360,17.

O industrial interessado em ingressar no Inovindústria pode contatar a diretoria de Assuntos de Desenvolvimento Tecnológico da Fibra, no e-mail diretoria.assuntostecnologicos@sistemafibra.org.br ou pelo telefone 3362-6078. Outras informações sobre o projeto no site ww.inovindustria.com.

O empresário Fábio Araújo, presente ao evento, não perdeu tempo. “Já fiz minha inscrição no Inovindústria. Tenho um projeto de inovação pronto, em andamento, mas preciso de auxílio para viabilizar minha ideia”, disse.
Araújo explica que trabalha no ramo de mídia exterior. Sua empresa loca espaços diversos para agências e demais clientes anunciarem produtos e/ou serviços. “Percebi no dia a dia de trabalho que as micro e pequenas empresas não têm condições de contratar uma agência para produzir um projeto gráfico. O custo é alto. Minha proposta é oferecer à este público todo o processo de publicidade num único lugar: a agência, a produção do material gráfico e a locação de espaço para veiculação”, antecipou.

Inova Talentos

Além disso, os empresários puderam conhecer os detalhes do Inova Talentos, programa concebido pela CNI, e executado pelo do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Neste caso, o programa atende a industriais que tenham projetos de inovação prontos e sem corpo técnico qualificado para executá-los. As inscrições podem ser feitas até o dia 13 de junho, cadastrando o projeto inovador da empresa, que será submetido à análise pelos técnicos do programa.

O IEL fará a busca por profissionais com perfil para a aplicação de cada projeto aprovado, assessorando os participantes que terão a oportunidade de vivenciar o ambiente empresarial e de receber capacitações que visam o desenvolvimento de competências comportamentais, gerenciais e técnicas.

As empresas interessadas ou que têm dúvidas sobre o Inova Talentos podem entrar em contato com o IEL-DF no telefone 3403-0887 ou pelo e-mail inovatalentos@ieldf.org.br.

Suzana Leite
Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do DF (Fibra)
Foto: Nilson Carvalho

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