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O Brasil tem que vender menos matéria-prima e mais produto terminado, diz Nicola Minervini
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- Publicado: Quarta, 09 Setembro 2015 18:17
A Federação das Indústrias do DF (Fibra) recebeu nesta terça-feira (8/9) o expert em internacionalização de empresas, o italiano Nicola Minervini. “Exportação é uma questão de atitude”, foram as primeiras palavras do consultor para os empresários da indústria local. O evento foi uma iniciativa do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Fibra, em parceria com o Conselho Regional de Administração do Distrito Federal (CRA).
Nicola apresentou ao público o método “PIME” para quem deseja exportar: Promoção eficaz; Informação atualizada; Mercado monitorado; Empresa integrada. “Inserir-se no mercado internacional exige um plano. Portanto, não deve ser feito no improviso. E, além disso, exige método. Tem que se saber como fazer”.
Durante a palestra, o expert deixou claro que o produto que não tiver desenho, tecnologia e inovação “não vende nem na esquina”. “A competição deve ser feita entre produtos e serviços de alto valor agregado”, ressaltou. Segundo Minervini, o Brasil tem que vender menos matéria-prima e mais produto terminado. “Estamos exportando mais volume e faturando menos”.
A colocação do palestrante é pertinente, quando observada a restrita pauta de exportações do DF. De acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, os produtos exportados pelo DF resumem-se, basicamente, em Carnes de Galos, Galinhas; Soja; e Consumo de Bordo. Além disso, Brasília tem diminuído, em valores, a exportação da Capital Federal. De janeiro a agosto de 2014, o DF exportou R$ 246 milhões, contra R$ 181 milhões no mesmo período deste ano.
O consultor também foi enfático ao dizer que a Pequena e Média Empresa (PME) pode exportar, mas somente conseguirá se integrar experiências, juntar empresas. O setor industrial brasiliense é composto, primordialmente, por empresas de pequeno porte (98%). “A solução seria um Sistema Integrado de Promoção de Serviços para a Competitividade e Exportação. Não se trata de exportar juntas. Neste sistema, as empresas não exportam juntas, mas mantêm a individualidade”, explicou.
Ao longo de sua explanação, Minervini deu uma série de dicas acerca da internacionalização, desde informações relevantes de cunho econômico, como o risco Brasil e a cotação flutuante do dólar, até o perigo de expor em feiras internacionais sem conhecer os todos os detalhes da feira.
As empresas industriais do DF que têm interesse em internacionalizar seus produtos, podem contar o apoio do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Fibra. Mais informações: 3362-6122.
Suzana Leite
Assessoria de Imprensa da Presidência
Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra)
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Foto: Glaucya Braga