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Olimpíada do Conhecimento 2014

Perfil dos competidores 2014

Aline Laureano de Araújo
Ocupação: Web Designer
Instrutores: Glauco de Sousa Rocha (Avaliador)
Alan de Melo e Silva Monteiro (Adjunto)

olimpiada-conhecimento-competidora-aline-laureanoTalvez o maior desafio enfrentado pelo jovem após finalizar o Ensino Médio seja enfrentar o acirrado mercado de trabalho sem qualificação e, claro, sem experiência que o permita ser selecionado para o primeiro emprego. Diante desse cenário, o Sesi e o Senai-DF atuam em parceira, oferecendo para a comunidade o programa Educação Básica articulada com Educação Profissional (Ebep), que permite aos alunos do Ensino Médio complementar os estudos com um curso técnico. Assim, do segundo ao terceiro ano, os estudantes frequentam aulas regulares da educação básica no Sesi em um período, e, no outro, um curso do Senai.

Essa foi a escolha feita por Aline Laureano de Araújo (18), incentivada pela mãe, professora de Geografia do Sesi. Em concomitância ao Ensino Médio, a jovem fez o curso técnico de Multimídia e, durante as aulas, descobriu a Olimpíada do Conhecimento. “O maior aprendizado que tenho tido com os treinamentos da Olimpíada é simular o dia a dia de uma indústria. Eu posso, com isso, avaliar como será o meu futuro dentro de uma empresa”, antecipa.

Aline representará o DF na ocupação Web Designer, profissão dinâmica e envolvente que incorpora a construção e manutenção de páginas web. “O aprendizado acerca de linguagem de programação recebido no Senai vai, no futuro, me dar a possibilidade de trabalhar com qualquer linguagem”, diz.

Em Minas, a competidora diz que dará o seu melhor. “Não vou pra lutar por pouco”. Quanto ao futuro, Aline espera complementar os estudos com o curso superior em Engenharia de TI. “Estou certa do que quero como profissional e o Senai foi determinante para esta escolha”, finaliza.

Anderson Cabral Passinho
Ocupação: Instalação Hidráulica e a Gás
Instrutores: Dalton Ribeiro Rocha (Treinador)
Célia Regina Alberti Leitão (Avaliadora Líder)

Anderson Cabral PassinhoAnderson Cabral Passinho (21) será o estudante do Senai-DF que lutará por uma medalha em Instalação Hidráulica e a Gás. Esta é a primeira vez que o Distrito Federal terá um competidor nesta ocupação. A profissão prevê a instalação de água, saneamento, drenagem e aquecimento para residências e indústrias. As tarefas podem incluir instalações de gás natural ou industrializado e tubulação de ar comprimido. Os tubos podem ser soldados com solda leve, solda forte pelo processo de brasagem, submetidos a roscas e juntas apropriadas. Juntas por engate ou compressão também podem ser utilizados.

A flexão dos tubos e curvas pode ser efetuada por máquinas hidráulicas operadas manualmente e por aplicação de calor (tubos de carbono e aço somente). A instalação e a fixação dos tubos e seus componentes é parte integrante da ocupação, como é a instalação de terminais, acessórios, sanitários e aparelhos de aquecimento e de componentes, por exemplo: chuveiros, bacias, WCs, caldeiras, radiadores e circuladores.

Já decidido pela área da Construção Civil, Anderson buscou, primeiramente no Senai, o curso técnico em Segurança no Trabalho, por meio do Pronatec, que lhe deu a oportunidade de se qualificar gratuitamente – uma iniciativa do governo federal em todo o País. Pela empresa Brasal, ingressou, também na entidade, no curso de Administração na Construção Civil. Foi durante as aulas desta capacitação que descobriu a Olimpíada do Conhecimento. “Ali, enxerguei estar o meu futuro. Eu seria um trabalhador mais qualificado e muito mais preparado para lidar com as rotinas do mercado de trabalho”, relata.

Em Minas Gerais, o jovem diz estar tranquilo para enfrentar as provas que simulam o dia a dia das indústrias. “Acredito que o competidor ganha a Olimpíada nos treinos, porque durante o torneio, o aluno só poderá fazer o que aprendeu até aquele momento. Portanto, se eu me dedicar ao máximo aqui, lá só terei condições de aplicar os conhecimentos recebidos aqui”, analisa.

Os planos pós-Olimpíada do Conhecimento já estão traçados. Anderson pretende destrancar a matrícula da faculdade de Engenharia Civil e voltar dar prosseguimento aos estudos. “Tive que trancar minha matrícula para me dedicar 100% à competição. Decisão bem tomada e que eu não me arrependo”, diz. Quanto ao sonho, ele é claro: “Me tornar um excelente engenheiro e conseguir uma boa colocação no mercado de trabalho, numa grande construtora”.

Átos Moisés Ribeiro Lima Diógenes
Ocupação: Refrigeração e Ar-Condicionado
Instrutores: Joaquim Venâncio Lourenço Ribeiro (Avaliador)
Willian Ramon Grassioti de Sousa (Adjunto)

 Átos Moisés Ribeiro Lima DiógenesO Senai-DF é referência no País quando o assunto é Mecânica de Refrigeração. Os alunos da Casa têm subido ao pódio nos últimos torneios e, assim, o Distrito Federal tem colecionado medalhas na etapa nacional, no WorldSkills Américas (com competidores da América do Norte, América Central, Mar do Caribe e América do Sul) e, ainda, no WorldSkills (etapa internacional). Em 2014, quem representa a capital federal na ocupação é Átos Moisés Ribeiro Lima Diógenes (18). “Sei que é grande a minha responsabilidade. Meu instrutor é o William Grassioti, ouro na WorldSkills, em Londres (2011), treinei com o Gabriel Cardoso, ouro na AmericaSkills, em Bogotá (2014). Meu objetivo é chegar à esses patamares”, almeja o jovem.

À exemplo do irmão mais velho que fazia um curso técnico, Átos resolveu iniciar a carreira profissional pelos mesmos caminhos. “Percebi que a partir de um curso técnico maiores seriam as minhas chances de sair do Ensino Médio com um emprego”, diz. O competidor primeiro fez um curso de Eletrotécnica e, em seguida, de Automação Residencial. “Na Olimpíada do Conhecimento, fui selecionado para Mecânica de Refrigeração. Essa é uma profissão muito boa, dá para trabalhar em várias áreas: residencial, comercial ou industrial, com um campo de trabalho diversificado”, comenta.

O jovem considera a oportunidade como o maior desafio de sua vida. “Quando a gente olha a dimensão que é a Olimpíada do Conhecimento, acaba por se achar incapaz. Mas, ao passo que o treinamento avança, com a qualidade das ferramentas e, ainda, com o nível técnico dos professores, percebemos que podemos chegar lá”, diz.

É notório que Átos compreendeu que a educação pode mudar seu futuro. Não bastassem os cursos que fez até os 18 anos e, ainda, ter ingressado na dura rotina de treinamento do torneio, o competidor passou na faculdade de direito e, sem olhar pros lados, se matriculou no curso superior. “Minha proposta é integrar todo o conhecimento técnico que possuo com o diploma de advogado e, assim, obter um diferencial no mercado de trabalho”, finaliza.

Brendow Alves Nakashima
Ocupação: TI – Soluções de Software
Instrutor: Roberto Luiz de Oliveira (Avaliador)

Brendow Alves NakashimaO famoso consultor de carreiras Max Gehringer caracteriza a Administração como uma profissão genérica, por envolver conhecimentos diversos – ponto positivo, segundo ele define, pois possibilita o profissional a ‘se encaixar em muitas funções’. Com esse pensamento, Brendow Alves Nakashima (20) iniciou o curso técnico em Administração no Senai Taguatinga. Com a qualificação, o jovem habilitou-se para as principais rotinas administrativas dentro de uma empresa, como logística, recursos humanos, execução de atividades na área fiscal e financeira, além de operar sistemas de informação gerencial.

“Dentro do curso técnico eu tive uma matéria de Informática Aplicada e TI. Foi aí que eu me interessei pela área de Tecnologia da Informação”, conta, o rapaz, que competirá pelo DF na ocupação TI – Soluções de Software. Brendow explica que decidiu participar das seletivas para a Olimpíada do Conhecimento por achar o projeto ‘incrível’.
O encantamento pelo torneio levou o jovem a pedir desligamento do estágio que estava fazendo, fruto, justamente, do curso técnico que fazia no Senai. “Vislumbrei na Olimpíada a oportunidade de adquirir mais qualificação, pois havia possibilidade de crescimento na empresa que eu trabalhava. No entanto, como o treinamento do torneio exige muitas horas de dedicação, tive que fazer minha escolha”, explica.

Agora, além dos conhecimentos na área administrativa, Brendow é capaz de prover soluções de softwares para negócios. Esses profissionais não são meramente usuários do Microsoft Office. Eles são poderosos usuários que têm conhecimentos profundos de cada aplicativo do pacote. Suas habilidades podem ser usadas em abundância extrapolando fronteiras, visto que o Microsoft Office é de longe o pacote de aplicações para escritório mais usado no mundo.

Os planos do rapaz para o futuro englobam cursar Engenharia de Software, se especializar na área de desenvolvimento de jogos e abrir a própria empresa. “Antes, claro, estar entre os primeiros colocados da Olimpíada do Conhecimento”, encerra.

Cláudio França Vieira Caetano
Ocupação: Soldagem
Instrutor: Alberto Luiz Santos (Avaliador)

Cláudio França Vieira CaetanoA rápida inserção de egressos de cursos técnicos no mercado de trabalho foi fundamental para que Cláudio França Vieira Caetano (19) buscasse a qualificação oferecida pelo Senai para iniciar sua carreira. O jovem se inscreveu, ainda em 2012, para o curso técnico de Eletromecânica no Senai Gama, na contramão da maioria dos jovens brasileiros que se lançam na vida acadêmica logo após o término do Ensino Médio.

Não é infundada a escolha de Cláudio. Pesquisa realizada pelo Senai Nacional, com formandos de 2008 a 2010, mostra que 74% dos alunos de cursos técnicos estavam trabalhando um ano após o encerramento do curso. “Não descartei a faculdade dos meus planos. Mas, antes, eu queria garantir abertas as portas do mercado de trabalho para, somente depois, complementar minha qualificação, podendo arcar com os custos de um curso de nível superior”, explica.

Embora tenha feito o curso de Eletromecânica, Cláudio defenderá o DF na ocupação de Soldagem. “Eletromecânica e Soldagem são matérias correlacionadas. Por isso, meu interesse pela área”, conta. E complementa, novamente, lançando o olhar para a necessidade das indústrias: “Também me atraiu à Soldagem a atual carência das empresas por profissionais especializados na área. Isso aumentará as minhas chances de conseguir um bom emprego quando terminar o processo da Olimpíada do Conhecimento”, analisa o jovem.

Quando questionado acerca das perspectivas de pódio no torneio, o competidor é enfático: “As expectativas são as melhores possíveis. O Senai me tornou um especialista no assunto. Descobri que tenho ‘dom’ para soldagem. Posso afirmar que ‘amo soldar’. Por isso, eu acredito na vitória”, encerra.

Caroline Dias de Melo
Ocupação: Segurança no Trabalho
Instrutores: Eduardo Freitas Sampaio (Avaliador Líder)
Sthefany Thiara Martins de Sousa (Adjunto)
Sabrina Martins de Andrade (Adjunto)

Caroline Dias de Melo “Eu devo o que tenho e o que sou ao Senai”. Assim resume Caroline Dias de Melo (19) toda experiência adquirida no processo que envolve a Olimpíada do Conhecimento. Ela é competidora da ocupação Segurança do Trabalho. Atualmente, este profissional tornou-se indispensável para desenvolver estratégias para prevenir acidentes e doenças ocupacionais e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores.

A jovem ingressou no Senai mediante a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), na modalidade Aprendizagem. Assim, ela pôde fazer o curso técnico em Segurança no Trabalho. “Após passar por essa qualificação profissional, posso falar, sem medo de errar, que todos os jovens deveriam fazer um curso técnico antes de entrar na faculdade. Digo isso porque, além da alta empregabilidade que a qualificação técnica promove, ela abre a visão do estudante sobre suas reais aptidões e habilidades e ajuda na decisão de qual profissão seguir”, avalia a competidora.

Assim como a maioria os alunos que compõem a delegação do DF na Olimpíada do Conhecimento 2014, o motivo de entrar na disputa por uma vaga no torneio foi ter a oportunidade de, por meio do processo de treinamento, poder alcançar os padrões de qualidade exigidos internacionalmente. “O conteúdo que se tem na Olimpíada é bem mais amplo do que o visto no curso técnico, em função da carga horária que é muito superior. Sem contar que eu não divido uma sala com 25 alunos. Aqui, sou só eu e meus instrutores. Uma grande vantagem”, conta.

Caroline diz estar preparada para o nacional e, claro, almeja o ouro. “Por meio da Olimpíada do Conhecimento, eu descobri que sou uma pessoa capaz. Passei a acreditar em mim e naquilo que eu posso conquistar. Com toda qualificação que eu adquiri, com a excelência dos profissionais que me acompanharam nesse processo e confiando plenamente em Deus, que me permitiu estar aqui, acredito que trarei uma medalha no peito”, completa.

Para o futuro, os planos de Caroline são cursar faculdade de Engenharia Civil, conseguir uma boa vaga nas melhores indústrias do DF e, com a boa remuneração que espera ter, dar uma casa de presente para a mãe.

David Alexandre de Souza Melo
Ocupação: Aplicação de Revestimento Cerâmico
Instrutor: Jecivaldo Oliveira da Silva (Avaliador Líder)

David Alexandre de Souza Melo Preocupado em dar continuidade aos estudos após o término do Ensino Médio, David Alexandre de Souza Melo (20) inscreveu-se no curso de Almoxarife de Obras no Senai Taguatinga. Ao fazer este curso, o aluno torna-se apto a gerenciar processos de organização, aquisição, controle de ferramentas e materiais de obras, de acordo com normas técnicas, ambientais, de saúde e segurança do trabalho. Assim começou a história do jovem com o ramo da construção civil.

Incentivado por um amigo, David primeiramente ingressou na Olimpíada do Conhecimento na área de Jardinagem e Paisagismo. “Mas eu não me identifiquei com a ocupação”. Não satisfeito, o rapaz, que enxergou na Olimpíada do Conhecimento oportunidade única de crescimento profissional e pessoal, passou por uma seletiva em Aplicação de Revestimento Cerâmico. “Ali eu me encontrei completamente”, relata.

A missão do rapaz não é das mais fáceis. Ao passo que o competidor executar marcação, corte e aplicação do revestimento cerâmico, seguindo um desenho pré-definido, ele terá a difícil tarefa de manter o histórico de ouros do DF nesta ocupação. “Isso aumenta a minha responsabilidade de reafirmar a qualidade do DF quando se fala de Aplicação de Revestimento Cerâmico. Portanto, minha expectativa é ser campeão. É o mínimo que eu espero de mim. Não vou me satisfazer com nada menos do que o ouro”, diz o competidor.

E parece que participar do torneio mudou os planos do rapaz quanto ao futuro. David saiu do Ensino Médio certo que seria um psicólogo. “Depois que eu entrei na Olimpíada do Conhecimento, fui envolvido pelos conhecimentos e competências que abrangem a área da Construção Civil. Além disso, é fato de que esse é um mercado de trabalho muito mais promissor. Eu, que queria cursar psicologia, não tenho mais essa certeza. Cursar Engenharia Civil já está nos meus planos”, antecipa.

Edmeire Novais dos Santos
Ocupação: Panificação
Instrutor: Reismar Pereira da Rosa (Avaliador)
Hélio Barsosa da Silva (Adjunto)

Edmeire Novais dos Santos Sair da rotina do ‘pão nosso de cada dia’ - o famoso pãozinho francês que habitualmente está à mesa no café da manhã dos brasileiros - fez com que Edmeire Novais dos Santos (20) tivesse o interesse de se inscrever em um curso rápido de Panificação. A jovem já circulava nos corredores do Senai, porque era aluna do curso técnico em Administração, mas se deparou com a oportunidade de aprender algo novo. “Eu sempre gostei da área de Alimentação. Tratava-se de um curso de uma semana e não iria alterar em nada minha rotina. Eu só queria fazer pães em casa mesmo. Mal eu imaginava o que viria pela frente”, conta, sorrindo, a competidora, que se apaixonou pelo ofício, ou pode-se dizer, pela arte de preparar pães.

Diante da possibilidade de participar da Olimpíada do Conhecimento, defendendo o DF na ocupação Panificação, Edmeire não teve dúvidas. Concorreu à vaga e, sendo classificada, trancou o curso técnico para mergulhar nos treinos preparatórios para o torneio. “Entrei no Senai com vistas ao mercado de trabalho. E a Olimpíada do Conhecimento é uma vitrine. Prepara os alunos para que tenham qualidade exigida internacionalmente. Valia a pena trancar meu curso e me tornar uma profissional de excelência. Não desviei, portanto, do meu objetivo. Almejo o ouro, mas fito os olhos no mercado de trabalho, nas vagas abertas pelas melhores indústrias”, diz.

A jovem sabe o que quer. A distância entre o Santo Antônio Descoberto (Goiás) e o Gama (DF) não a desanima. Ela levanta às 4h50 para que, às 5h20, esteja dentro do ônibus, pois são mais de duas horas de trânsito entre sua casa e o Senai Gama. “Faço o que amo e, assim, tudo se torna mais fácil”, conta.

Sobre o futuro, ela completa: “Descobri dentro do Senai o meu talento. Certa disso, planejo fazer faculdade de Engenharia de Alimentos, complementando todos os conhecimentos recebidos no Senai”.

Edson Henrique dos Santos Silva
Ocupação: Eletricidade Predial
Instrutores: Fernando Oliveira dos Santos (Avaliador)
Joacir Geraldo Rodrigues (Adjunto)
Thiago José Victor Oliveira (Adjunto)

Edson Henrique dos Santos Silva Boa parte dos estudantes preparados para a Olimpíada do Conhecimento fará grande diferença, num futuro próximo, na competitividade das empresas. Uma indústria forte, com excelência e inovação depende, diretamente, de uma formação profissional técnica de qualidade. O competidor Edson Henrique dos Santos Silva (21), por exemplo, já tem colocação certa após o término do torneio. O jovem aproveitou os intensos treinos para a Olimpíada e o vasto conhecimento adquirido no período e foi aprovado no concurso público da Companhia Energética de Brasília (CEB) exatamente na área que foi capacitado pelo Senai. A CEB, que contribui para a indústria, receberá o profissional a partir de novembro.

Edson fez o curso técnico de Elétrica Predial e Industrial, na modalidade Aprendizagem - quando o aluno estuda no Senai, mas coloca os conhecimentos em prática na empresa contratante. Em Minas, durante os dias de prova, ele representará a capital federal na ocupação Eletricidade Predial. “Nunca pensei que eu, aos 21 anos, já tivesse a competência profissional que tenho hoje”, relata o jovem.

Claro, o competidor anseia pelo ouro. “Posso dizer que ‘sou o que sou’ pelo Senai. Aqui, não recebi só conhecimentos teóricos e técnicos, mas, ainda, acompanhamento psicológico e físico. Nutricionista, educadores físicos e psicólogos nos acompanham. Portanto, não posso dizer apenas que aprendi uma profissão, mas que cresci como pessoa. Esse será meu diferencial na conquista da medalha”, explica.

Perguntado sobre o que deseja para o futuro, Edson é direto: “Independência e estabilidade financeira. Isso é o que eu quero num primeiro momento”, finaliza.

Edwan Fernando Lopes
Ocupação: Jardinagem e Paisagismo
Instrutores: Francisco Costa de Brito (Avaliador Líder)
Daiane Rodrigues Aureliano (Adjunto)

Edwan Fernando Lopes O marketing de boca-a-boca é um dos tipos mais credíveis de publicidade, uma vez que quem indica um serviço ou produto não ganhará nada por tê-lo feito. Assim Edwan Fernando Lopes (21), competidor do DF na ocupação Jardinagem e Paisagismo, foi parar nas salas do Senai Taguatinga. Um amigo pessoal havia feito o curso técnico em Edificação na entidade. Tão satisfeito, recomendou à Edwan, pois sabia de seu interesse pela Engenharia Civil. E, nesta área, a prática tem, mais do que nunca, que estar aliada à teoria.

Assim começava a história do rapaz com o Senai. Ainda durante as aulas do curso técnico, ele conheceu a Olimpíada do Conhecimento, quando descobriu que podia aprofundar seus conhecimentos em mais uma área, desta vez, Jardinagem e Paisagismo. “Fiz minha inscrição no torneio só para testar meus conhecimentos. Passei e me apaixonei pela área”, diz.

Edwan tem, ao lado de Vinícius Rodrigues de Souza, um grande desafio pela frente: trazer medalhas. A única ocupação da Olimpíada do Conhecimento realizada em dupla tem o DF por excelência no país. Isso porque os competidores brasilienses sobem ao pódio desde que a ocupação passou a fazer parte do quadro de disputas do torneio, ainda em 2008. Foram três ouros e um bronze. “Acredito que o trabalho feito em equipe possa resultar no ouro. Nossa meta é a WorldSkills”, diz o jovem que não se intimida com a pressão do favoritismo.

Sobre o amanhã, o competidor espera cursar Engenharia Civil – ele já prestou vestibular e foi aprovado; e, claro, como o próprio Edwan diz “ganhar o mercado”. Não será difícil com a trajetória profissional que ele está percorrendo.

Fábio Renato de Morais
Ocupação: Mecânica de Automóveis
Instrutores: Guilherme Caixeta Cunha (Avaliador)
Victor Luiz Santos Silvano (Adjunto)

Fábio Renato de Morais Fábio Renato de Morais (21) é apaixonado por carros, fascínio comum entre os homens. Desde a infância, o barulho do motor, o cheiro da gasolina, a potência que resulta em velocidade, a beleza dos diversos modelos de veículos espalhados pelo mundo aguçam o imaginário das crianças. Já na fase adulta, o fascínio perpassa o querer entender. Descobrir como funciona, os porquês da evolução tecnológica dos carros, freio ABS, controle de tração, injeção eletrônica, dispositivos de segurança, combustíveis, leveza e eficiência...

No caso de Fábio não foi diferente. A preferência pela área automobilística passou a ser profissão. O rapaz buscou no Senai diversos cursos que permitisse tal entendimento: Eletrônica; Instalador de Acessórios; Eletricista de automóveis. Aos poucos o jovem conhecia os pormenores de um dos maiores segmentos industriais do mundo, que está, dia a dia, em constante processo de inovação.

“O meu primeiro curso no Senai já me rendeu uma indicação para trabalhar numa concessionária. Em um processo seletivo com cerca de 20 profissionais experientes, fui escolhido pelos conhecimentos adquiridos no Senai”, conta, orgulhoso, o jovem, que deixou de assinar a carteira de trabalho para ser um competidor da Olimpíada do Conhecimento, na ocupação Mecânica de Automóveis. “Fiz a escolha certa, absolutamente seguro de que todas as competências adquiridas em mais de um ano de treinamento do torneio eu levaria anos a fio para conseguir no mercado de trabalho”, explica.

O jovem sabe que defenderá o DF em uma das ocupações mais concorridas na Olimpíada do Conhecimento, mas está confiante em obter um bom resultado. “Treino por uma medalha. Vou dar o meu melhor”, antecipa. Sobre o amanhã, o planejamento já foi realizado: “Sei que a competição é uma vitrine para o mercado de trabalho. Espero, portanto, após a Olimpíada, conseguir um bom emprego, dar sequencia aos estudos, ingressando na faculdade de Engenharia Mecânica. E, uma vez aliados teoria e prática, daqui uns cinco anos, pretendo abrir meu próprio negócio”, encerra.

Felipe Santos Carvalho
Ocupação: Administração de Sistemas de Rede
Instrutores: Robertson Tabijara Martins (Avaliador)
Antônio Carlos Costa Andrade (Adjunto)

Felipe Santos Carvalho Felipe Santos Carvalho (19) começou sua história no Sistema Indústria ainda pequeno, logo no início do Ensino Fundamental, dentro das escolas do Serviço Social da Indústria (Sesi), em São Paulo. Anos depois, com a vinda dos pais para a capital federal, o jovem deu continuidade aos estudos no Sesi-DF, desta vez, no já Ensino Médio. Aqui, teve a oportunidade de estudar, já se preparando para o mercado de trabalho. Isso porque Felipe optou pela Educação Básica articulada com Educação Profissional (Ebep), curso em tempo integral, no qual o aluno aprende, na prática, uma profissão, tendo aulas do Ensino Médio no Sesi e aulas de curso técnico no Senai.

“O Sesi é um braço do Sistema Indústria. Portanto, o foco de todo do trabalho do Sesi é com vistas ao desenvolvimento do setor industrial. Assim, desde a primeira série do Ensino Fundamental (hoje 2º ano) eu fui preparado para, quando adulto, trabalhar na indústria”, diz o jovem.

O curso técnico escolhido por Felipe enquanto cursava o Ensino Médio foi o de Redes de Computadores, justamente a ocupação que defenderá o DF na Olimpíada do Conhecimento. “Sei que o processo que envolve a Olimpíada era o caminho mais rápido para o mercado de trabalho. Aproveitei, portanto, o que aprendi em salas de aula para concorrer a uma vaga e ser o representante da capital federal em TI – Redes de Computadores”, explica.

O técnico em Redes é habilitado a implantar, administrar e manter redes de comunicação, preservando a segurança dos sistemas informatizados e considerando os princípios de qualidade, produtividade, segurança ocupacional e preservação ambiental.

Quando fala sobre a Olimpíada do Conhecimento, o jovem diz ser muito grato ao Senai. “Aprendi muito aqui. Eu já me sinto um profissional preparado”, enaltece. Sobre a competição, ele afirma estar esperançoso por medalhas. “As expectativas são as melhores possíveis”, antecipa. Quanto ao futuro, o rapaz é direto. “Quero, após a Olimpíada, já sair empregado e, após isso, ingressar no curso superior de Redes”, finaliza.

Gilmar Ambrósio de Alcântara
Ocupação: Tecnologia da Informação para Deficientes Visuais (PcDs)
Instrutores: Aroldo Cardozo Paulino (Avaliador)
Ricardo de Almeida Ferreira (Adjunto)

Gilmar Ambrósio de Alcântara Gilmar Ambrósio de Alcântara (41) será um dos 45 estudantes com deficiência que competirão na Olimpíada do Conhecimento 2014. A Doença de Stargardt levou Gilmar à cegueira aos 35 anos, idade considerada para muitos ‘auge da carreira profissional’. “Eu não nasci deficiente visual. Portanto, perder a visão na fase adulta foi um choque enorme na minha vida. Tive que recomeçar do zero”, explica, o rapaz, que antecipou a aposentadoria em função das inúmeras limitações impostas pela falta da visão.

Mas ‘se sentir inútil’ - como o próprio Gilmar define, não fazia parte do seu plano de vida. Foi assim que Gilmar aceitou o desafio de participar da seletiva da Olimpíada do Conhecimento. “Hoje, digo com orgulho, que represento o DF na ocupação Tecnologia da Informação para deficientes visuais. Ter coragem de participar do torneio mudou tudo em minha vida. Posso dizer, sem medo de errar, que o Senai foi um divisor de águas na minha história. O Senai me reintegrou à sociedade, devolveu minha autoestima e minha alegria”, diz.

Especialista no Pacote Office (PowerPoint; Excel; Word; e Access), o competidor já faz planos além Olimpíada. “É claro que estou me preparando para trazer uma medalha para o DF, mas eu já penso em me recolocar no mercado de trabalho, ciente de que todo conhecimento adquirido na Olimpíada abrirá as portas das empresas pra mim”, antecipa.

Gilmar tem razão. O art. 93 da Lei Federal 8.213/91 obriga empresas com 100 ou mais empregados a preencherem de 2% a 5% dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência. Contudo, as empresas têm grande dificuldade de contratar pessoas com deficiência em função da baixa qualificação.

Joabson Serpa Crisostomo
Ocupação: Marcenaria de Móveis
Instrutor: José Araújo Costa (Avaliador)

Joabson Serpa Crisostomo A oportunidade de ser um profissional de alto nível técnico em Marcenaria de Móveis atraiu Joabson Serpa Crisostomo (20) à Olimpíada do Conhecimento. O jovem enxerga longe. Ele sabe que os conhecimentos adquiridos em mais de 2 mil horas de treinamento nas escolas do Senai - com os melhores equipamentos e instrutores ao seu dispor para ensinar e corrigir pequenos detalhes - será fundamental para que, num futuro próximo, ele abra seu próprio negócio.

Embora o Senai tenha sido responsável por aprimorar a técnica do aluno na área de Marcenaria, Joabson teve o primeiro contato com a profissão ainda no início da juventude. “Meu padrasto é artesão. Observando ele trabalhar, me interessei pelo que fazia. Aprendi a gostar da área e, aos 14 anos, já trabalhava na linha de marcenaria sob medida”, conta o rapaz.

Diante desta oportunidade, o competidor não mede esforços para conquistar a excelência. Antes mesmo de o sol raiar, ele já tem que estar de pé e só retorna à sua casa quando o relógio está próximo de badalar à meia-noite. “Levanto às 5h30 para que às 8h eu já esteja dentro do Senai Gama. Na reta final de treinamentos para a Olimpíada do Conhecimento, eu piso em casa cerca de 23h30”, diz.

Baiano de nascimento, mas brasiliense de coração, Joabson espera retornar de Minas Gerais - local em que será sediada a competição - com o peito ostentando uma medalha, quem sabe, uma homenagem à capital federal, cidade que o acolheu. “Espero que a experiência que obtive desde os 14 anos de idade seja um diferencial durante as provas. Porque, para mim, não há o novo. Todos os dias eu estava com um cliente diferente, montando móveis em lugares diferentes. Os dias de competição serão como se fossem o meu dia a dia de trabalho”, finaliza.

Márcio Júnior Oliveira Santos
Ocupação: Eletricidade Industrial
Instrutores: Flávio Roberto Chiapetti (Avaliador)
Thiago José Victor Oliveira (Adjunto)

Márcio Júnior Oliveira Santos O estudante Márcio Júnior Oliveira Santos (19) tem uma meta pessoal a alcançar: trazer a primeira medalha na ocupação de Eletricidade Industrial para o DF. Desde o início de 2013, o jovem se dedica diariamente para realizar o feito. São mais de dez horas diárias de treino, incluindo fins de semana e feriados. Em casa, o rapaz aproveita pra debruçar na teoria. O motivo do esforço pessoal, ele mesmo explica: “Em primeiro lugar, conquistar medalha inédita da área para a história da capital federal. Em segundo, ‘cair para a indústria’ e conseguir uma excelente colocação no mercado de trabalho”.

Ainda no Ensino Médio, o jovem já sabia que primeiro ele buscaria uma qualificação técnica e, só depois, decidiria o que fazer e quando ir para a faculdade. Essa era a fórmula que lhe abriria as portas do primeiro emprego. Para tanto, buscou diversos cursos profissionalizantes. “Fiz cursos de Desenvolvedor de sites em HTML e Informática Básica até descobrir o Pronatec e me inscrever para um curso técnico, neste caso, de Eletrotécnica, no Senai Gama”, conta. Márcio se refere ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), do Governo Federal, que, desde 2011, tem o objetivo de ampliar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica em todo o País, de forma totalmente gratuita.

Durante as aulas do curso técnico, Márcio descobriu a Olimpíada do Conhecimento e, sem pensar duas vezes, inscreveu-se para concorrer a uma vaga na ocupação Eletricidade Industrial. “Eu sabia que, uma vez competidor da Olimpíada do Conhecimento, estaria pronto para enfrentar o mercado de trabalho, motivo pelo qual eu ingressei no Senai”, diz. E completa: “Com o aprendizado que recebi aqui, tenho certeza que qualquer trabalho que eu assumir nesta área não será difícil de cumprir. Porque, nestas cerca de 2 mil horas de capacitação, a maioria das ‘coisas de Eletricidade Industrial que tem lá fora’, eu já vi na Olimpíada”, analisa.

O foco do profissional da área são os sistemas elétricos de alta complexidade, que permitem uma indústria funcionar. O técnico deve conhecer sobre montagem de tubulações para passagem de fios e cabos, informática na automação de processos, acionamento de motores por meio de controladores programáveis, além de outras competências, para levar energia à produção. Para tanto, desempenha instalação e manutenção de circuitos e equipamentos elétricos em edificações, incluindo automação Industrial, montagem de redes de baixa e alta tensão e subestações transformadoras, sempre de acordo com projetos e documentos técnicos específicos.

Sobre o futuro, os planos estão certos: “Adquirir mais experiência no mercado de trabalho e, certamente, me graduar”. A decisão sobre qual curso já foi tomada: “Engenharia Elétrica”, finaliza.

Renata Araújo Rodrigues Biserra
Ocupação: Enfermagem
Instrutor: Murillo Alencar (Avaliador)

Renata Araújo Rodrigues Biserra Uma jovem apaixonada pela enfermagem. Essa é a impressão que fica ao conversar com Renata Araújo Rodrigues Biserra (19) sobre a profissão que escolheu para si. Mesmo cursando faculdade de Enfermagem, a jovem buscou o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) da 903 Sul para ampliar os conhecimento na área e, ainda, ter acesso à prática num curto espaço de tempo. Assim, concomitantemente, Renata faz o curso técnico de Enfermagem no Senac pela manhã e faculdade à noite. “Quando iniciei meu curso superior, ouvi muita gente falar da importância da qualificação técnica, como um aprendizado complementar. Descobri que eu teria acesso aos laboratórios mais cedo, além de conhecer as práticas do dia a dia do hospital. Isso me levou a tomar a decisão pelo Senac”, conta.

Obviamente, Renata defenderá o DF na ocupação Enfermagem, na Olimpíada do Conhecimento 2014. Ela relata que soube da possibilidade de participar do torneio ainda no ato da matrícula do curso técnico. “Ali mesmo eu já fiquei entusiasmada. E, no decorrer do curso, me informei dos detalhes da competição. Era a oportunidade que eu tinha de ter um crescimento profissional, do qual eu não consigo dimensionar”.

A nova qualificação e a aprovação na seletiva da Olimpíada do Conhecimento fizeram a jovem reorganizar sua rotina. Ela, que era secretária de um juiz, pediu demissão do emprego, e passou a dedicar horas a fio, de segunda a sábado, incluindo feriados, em prol do treinamento que permeia a competição. “Tenho certeza que essa decisão valeu muito a pena. No Senac, recebi um aprendizado muito mais profundo. Adquirir conhecimentos em livros, todo mundo é capaz. Mas o processo do torneio me fez ensinou a falar com um paciente, explicar um tratamento, como lidar com emoções. Isso é aprendizado que não tem preço”, diz.

Renata terá a missão de manter o excelente resultado alcançado pelas alunas Jéssyca Cardoso e Michele Cristina Moreira (na edição anterior, a ocupação enfermagem era realizada em dupla), na Olimpíada do Conhecimento 2012, realizada em São Paulo. As meninas trouxeram ouro para o DF, desbancando competidores de 14 estados do País. Na ocasião, as provas simularam situações reais em quatro módulos: clínico, assistência de enfermaria materno-infantil, atendimento domiciliar (home car) e urgência e emergência, que incluiu ferimentos graves, paradas cardiorrespiratórias, entre outros. Durante as provas, além dos bonecos e dos instrumentos, um grupo de atores representaram outros agentes que fazem parte da rotina dos hospitais como os acompanhantes de pacientes, familiares e até curiosos.

“Saber que elas conquistaram o ouro, para mim, é uma via de mão dupla. Me motiva muito, porque eu confio na equipe do Senac. Eu realmente acredito no potencial deles. Mas é um peso também”, define a jovem, que se diz esperançosa por mais um ouro.

Sobre seu sonho, a competidora acredita não ser utópica. “Quero ser humana. Que a prática e o conhecimento nunca tirem isso de mim. Quero estar sempre perto dos meus pacientes. Quero me importar com eles, mesmo que me falte tempo para isso. Não queria que isso fosse só um discurso de estudante. Daqui a 30 anos, quero amar meu paciente da mesma forma”, encerra.

Robson Rodrigues da Silva
Construção em Alvenaria
Instrutores: Mateus Antônio Mariano (Avaliador)
Jefferson de Carvalho de Almeida (Adjunto)

Robson Rodrigues da Silva A indecisão quanto ao futuro profissional parece fazer parte da grande maioria dos estudantes egressos do Ensino Médio. A falta de conhecimento sobre o concorrido mercado de trabalho e, ainda, as incertezas acerca das aptidões pessoais levam muitos jovens a não saber qual rumo tomar para iniciar suas carreiras. Por esse motivo, Robson Rodrigues da Silva (19) procurou o Senai, certo de que lá, mediante uma qualificação técnica, poderia descobrir qual caminho seguir.

Na unidade de Taguatinga, o rapaz iniciou, por meio dos cursos profissionalizantes gratuitos, a qualificação de Desenhista. “Confesso que eu nunca havia desenhado nada na vida. Mas, surpreendentemente, eu me destaquei na minha turma e tomei gosto pela área”, diz.

Ao tomar conhecimento da possibilidade de participar da Olimpíada, Robson não pensou duas vezes. “Era uma oportunidade única, uma vez que, em um ano e meio de treino, eu teria carga horária muito superior que se estivesse fazendo um curso técnico. Sem falar no professor ‘full time’ pra mim e de todo material de ponta disponibilizado para o treinamento”, relata.

Assim, Robson se inscreveu para a Construção em Alvenaria, ocupação que poderia utilizar seus conhecimentos como Desenhista. “Saber trabalhar com ângulo, ler e interpretar projetos foi bem útil em todo esse processo de novo aprendizado”, descreve.

Obviamente, as mais de 2 mil horas de qualificação recebidas pelos alunos olímpicos atrai os olhares dos empresários. “Tive inúmeras propostas de emprego neste último ano, como desenhista, encarregado, pedreiro. Não aceitei nenhuma, porque, agora, meu foco é a Olimpíada do Conhecimento”, finaliza o rapaz, que diz que brigará por medalhas e, antecipa: fará faculdade de Engenharia Civil para mergulhar no mercado da Construção Civil.

Samanta de Lourdes Sousa Farias
Ocupação: Tecnologia da Moda
Instrutores: Stefânia Rosa Pereira (Avaliador)
Terezinha de Jesus Alves Pinheiro de Lima (Adjunto)

Samanta de Lourdes Sousa Farias A aprovação em uma universidade federal é, certamente, o sonho de muitos jovens brasileiros, egressos do Ensino Médio. A acirrada concorrência nos vestibulares peneira os estudantes e passam, apenas, aqueles que muito se dedicaram. Uma vaga dessas não é para sortudos, é para os esforçados. A jovem Samanta de Lourdes Sousa Farias (20) não conquistou uma, mas duas vagas nas universidades federais do Paraná e do Maranhão, nos cursos Design de Moda e Artes Visuais, respectivamente. Não bastasse, ela ainda ganhou bolsa de estudos de 100% no IESB, uma das faculdades particulares de Brasília. Foi nesse cenário de tomada de decisão acerca do futuro que a Olimpíada do Conhecimento apareceu na vida da estudante.

Aluna do curso técnico na área do Vestuário, Samanta teve que optar. “A Olimpíada do Conhecimento é uma competição de nível nacional, dando, ainda, a oportunidade ao competidor de ser reconhecido internacionalmente, com a WorldSkills. Nenhuma federal me daria essa chance. Tomei a decisão certa!”, diz a jovem, sem pestanejar. E completa: “Eu posso estudar novamente para uma universidade e conseguir ser aprovada em outro vestibular. Mas a Olimpíada é oportunidade que não volta mais”, sentencia.

Durante os treinos preparatórios para o torneio, Samanta se orgulha em ter aprimorado suas habilidades acerca das técnicas de costura. “O curso técnico muito me ensinou no quesito ‘criação’. Mas a prática cotidiana refinou minhas habilidades na construção”, explica.

O sonho da jovem, além de estar entre os competidores da WorldSkills, em 2015, na grande São Paulo, é o de ser uma ‘empresária de sucesso, ao conseguir mesclar alfaiataria com os figurinos, segundo ela mesma define.

Silas Nunes de Souza
Ocupação: Funilaria Automotiva
Instrutor: Valmir Tavares de Sousa (Avaliador)

Silas Nunes de Souza Em 2014, o Senai-DF levará à Olimpíada do Conhecimento a maior delegação da história do Departamento Regional do Distrito Federal. Uma novidade é a participação inédita da capital federal na disputa da ocupação de Funilaria Automotiva. Quem vestirá a camisa do Senai-DF nesta modalidade é o estudante Silas Nunes de Souza (20).

Silas conta que tomou gosto pela profissão ainda na adolescência, vendo o vizinho trabalhar como funileiro. “Passei anos vendo meu vizinho trabalhar com isso e me interessei pela área”. Aos 16 anos, o jovem procurou o Senai Taguatinga – escola que ele classifica como “referência para a indústria” - e fez o primeiro curso em Funilaria Automotiva. “Daí em diante, eu comecei a trabalhar e, hoje, já tenho uma pequena oficina em minha própria casa”, explica.

Embora novo, Silas já é pai de família. Casado e com um filhinho de um ano, o rapaz explica que teve a coragem de entrar para o duro processo da Olimpíada do Conhecimento, pois sabia que este era o caminho mais rápido para se tornar um profissional de alto nível técnico. “Tenho certeza que toda a dedicação que tenho empenhado para a competição será recompensada no futuro”, diz. Ele conta que para sustentar a família não pode se dar ao luxo de descansar aos domingos, único dia de folga para os competidores. “Meu segredo é saber aproveitar e organizar meu tempo. Assim, ainda consigo trabalhar, além dos treinos”, diz.

O competidor espera que a experiência que já possui na área e todo o conhecimento adquirido nos treinos da Olimpíada do Conhecimento se revertam em uma medalha. “Como sou o primeiro aluno de Brasília a representar o Senai-DF em Funilaria, sinto grande responsabilidade de trazer um resultado imediato”, ressalta.

O futuro não podia ter outros planos: “Cursar a faculdade de Engenharia Mecânica e, claro, ter um excelente emprego para dar o conforto necessário para a minha família”, finaliza.

Tayná Magalhães Soares
Ocupação: Design Gráfico
Instrutores: Graziela Cristiane de Almeida Nazareth (Avaliador)
Francisco das Chagas Ferreira de Araújo (Adjunto)
Rosa Maria Banuth Arendt (Adjunto)
Francisco Anderson Silva (Adjunto)

Tayná Magalhães Soares Em meados de 2011, o Governo Federal criou o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), com o objetivo de ampliar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica no País. Por meio deste programa, Tayná Magalhães Soares (19) teve a oportunidade de fazer o primeiro curso técnico de sua vida, de forma totalmente gratuita. Ainda no Ensino Médio, a jovem se inscreveu para o curso de Multimídia, ocasião em que começou a sua história com o Senai-DF.

O Sesi e o Senai-DF levaram cerca de cem jovens de diversas idades à última Olimpíada do Conhecimento, realizada em 2012, na cidade de São Paulo. A ideia era fazê-los conhecedores não só do torneio, mas das diversas profissões que atendem a indústria, despertando na garotada o desejo de iniciar suas carreiras por uma qualificação técnica. Encantada com o ‘mundo’ que vislumbrou na competição, Tayná tomou, ali, a decisão de fazer parte da próxima delegação que representaria o DF na Olimpíada do Conhecimento 2014. “Enxerguei, ali, uma grande oportunidade. Eu queria aquilo pra mim”, conta.

Com o estímulo de seus professores, a estudante se inscreveu para a ocupação Design Gráfico, em função da similaridade de matérias com o curso de Multimídia. Sobre a oportunidade, que agarrou para si, ela revela: “Hoje eu me vejo preparada tanto na minha área de atuação quanto para a vida ‘lá fora’. O trabalho que o Senai-DF realiza com os competidores da Olimpíada do Conhecimento - que ultrapassam os limites do treinamento técnico e conta com psicólogos, preparadores físicos, nutricionistas, entre outros - me ensinou a ter responsabilidade, a cumprir com meus compromissos e a buscar o aperfeiçoamento sempre”, relata.

Quanto à competição, Tayná diz que as expectativas são as melhores possíveis. “Mas eu estarei satisfeita com o que vier, uma vez que será resultado de todo meu esforço”, finaliza.

Thiago Dias da Silva
Ocupação: Eletrônica Industrial
Instrutores: Edivan Nogueira Reboucas Júnior (Avaliador)
Cláudio Eduardo Araújo Pereira (Adjunto)

Thiago Dias da Silva Indeciso em qual carreira seguir após o término do Ensino Médio, Thiago Dias da Silva (19) procurou o Senai, certo de que ali podia interessar-se por uma profissão. O rapaz tinha razão. Entre as opções, inscreveu-se para o curso Auxiliar de Eletrotécnica e, durante as aulas, percebeu que tinha pela aptidão pela área.

Esse tecnólogo é responsável por instalar e manter equipamentos, circuitos e sistemas eletroeletrônicos nas áreas de comunicações e de automação de processos industriais. Em sistemas eletrônicos, o profissional projeta, desenvolve e implementa sistemas eletrônicos analógicos, digitais e de potência. Em automação, ele adapta softwares para integrar e controlar máquinas de grandes indústrias. Também verifica a qualidade da produção e aplica testes de produtos de eletrônica industrial.

Incentivado por um professor, participou da seletiva da Olimpíada do Conhecimento para a ocupação Eletrônica Industrial e acabou por ser aprovado. “Aprendi muito durante os treinamentos do torneio. Mas é preciso ter foco, determinação e muito esforço. Sem isso, não há competidor da Olimpíada”, ressalta o jovem. Somadas essas qualidades, o competidor espera o ouro e, claro, a WorldSkills. “Me preparo para o nacional, com olhos no mundial”, resume.

E Thiago faz planos com as competências adquiridas em todo processo da Olimpíada. “Sei que o meu nível de conhecimento será muito bom para conquistar uma vaga no mercado de trabalho. A Faculdade de Engenharia Mecatrônica também faz parte daquilo que almejo pra mim”, antecipa. Fora do âmbito profissional, pensando no cotidiano, nada diferente: quero ter e ser família”, finaliza o rapaz, que ressalta: “Estou certo de que a Olimpíada do Conhecimento me deu subsídios para que eu conquiste todos esses sonhos”.

Vinícius Rodrigues de Souza
Ocupação: Jardinagem e Paisagismo
Instrutores: Francisco Costa de Brito (Avaliador Líder)
Daiane Rodrigues Aureliano (Adjunto)

Desde muito pequeno Vinícius Rodrigues de Souza (20) já sabia o que queria ser quando adulto. Ainda na infância, não eram os poderes dos super-heróis que o fascinavam, tampouco a funcionalidade dos carrinhos e nem mesmo o sonho de ser craque de futebol. É claro que os super-heróis, os carrinhos e a bola fizeram parte do dia a dia enquanto menino, mas eram as construções espalhadas pela cidade que enchiam os olhos de Vinícius. “Sem brincadeira nenhuma, eu via os pedreiros trabalhando e tinha uma vontade enorme de pegar na enxada, trabalhar na massa, subir uma construção”, conta.

Vinícius Rodrigues de Souza E o rapaz sabe planejar o futuro e estipular metas. Ele entrou no Senai Taguatinga para fazer o curso de aprendizagem em Auxiliar Administrativo da Construção Civil. “Com esta capacitação, eu dava o primeiro passo naquilo que queria para a minha carreira profissional”, diz. Ao tomar conhecimento do torneio, não teve dúvidas. “Corri e me inscrevi para a ocupação de Jardinagem e Paisagismo”. O motivo? Vinícius mesmo explica: “Esta ocupação engloba todas as áreas pertinentes à Construção Civil: hidráulica, elétrica, pavimentação, parede, trabalho com pedra, entre outras. Era a grande oportunidade que eu tinha de ser um grande profissional”, argumenta.

Única modalidade da Olimpíada do Conhecimento em que as provas são realizadas em dupla, em função da complexidade e do esforço físico inerente à tarefa de construir um jardim de acordo com o projeto solicitado, Vinícius ressalta: “Precisamos trabalhar em sincronia e aprimorar as habilidades de cada um. Assim, conseguiremos trazer um bom resultado e manter a tradição do DF de ser referência em Jardinagem e Paisagismo”.

É óbvio que para o futuro ele espera cursar Engenharia Civil. “Quero, unindo o conhecimento técnico ao teórico, ser um profissional diferenciado e conquistar uma excelente vaga no ramo da construção civil. Ser reconhecido é o meu anseio e espero que isto me dê tranquilidade no futuro”, encerra.

Wellington Conceição Dourado
Ocupação: Mecânica Industrial
Instrutores: Moacyr Mozar da Silva (Avaliador)
Francis Ohara Chagas Batista (Adjunto)

Wellington Conceição Dourado Buscar conselhos com os mais experientes levou Wellington Conceição Dourado (20) às salas de aula do Senai Gama. Ele, que saiu do Ensino Médio decidido a cursar Engenharia Mecânica, ouviu de seus professores que nesta profissão era imprescindível a prática – algo que pouco encontraria numa universidade.

Conhecendo a tradição do Senai na capacitação para a indústria, o jovem se inscreveu para o curso de Mecânica Industrial, na modalidade Aprendizagem. De acordo com a Lei Federal nº 10.097/2000, o estudante recebe a formação profissional no Senai, mas coloca todo conhecimento em prática, em concomitância, na empresa que o contratou como Jovem Aprendiz. “Essa possibilidade vinha ao encontro da minha necessidade de aprender na prática”, ressalta.

Mas Wellington não parou por aí. Após o curso de aprendizagem de Mecânica Industrial, ele iniciou o curso técnico de Eletromecânica, momento no qual descobriu a oportunidade de ser um competidor na Olimpíada do Conhecimento. “Enxerguei na Olimpíada a oportunidade da minha vida: ser treinado ininterruptamente, por mais de um ano, com dois instrutores aperfeiçoando dia a dia minhas habilidades. Eu me tornaria um profissional de excelência. Não podia deixar passar!”, diz. O jovem competirá pelo DF na ocupação de Mecânica Industrial.

Somadas as experiências, o jovem pretende fazer bonito no torneio. “Me preparei para o ouro e, por ele, tenho treinado todos os dias de 8h às 22h30. Esse é o meu sonho!”, completa o competidor. Sobre o futuro, ele não titubeia: após aprender na prática, ingressarei na faculdade de Engenharia Mecânica para complementar os conhecimentos adquiridos no Senai”, encerra.


PROJETO BRASIL TOP ONE

Adalberto Saturnino dos Santos Neto
Jardinagem e Paisagismo (TOP ONE)
Instrutores: Francisco Costa de Brito (Avaliador Líder)
Daiane Rodrigues Aureliano (Adjunto)

Adalberto Saturnino dos Santos Neto
A inserção de jovens no mundo do trabalho tem tido especial apoio no País mediante a Lei da Aprendizagem (Lei 10.097/2000). Uma das exigências da Lei de é que a formação profissional dos jovens aprendizes se dê na instituição formadora e no ambiente de trabalho. Desta forma, Adalberto Saturnino dos Santos Neto (20) ingressou no Senai Taguatinga, no curso técnico em Edificações, por meio da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb).

“Durante as aulas, os professores nos incentivaram a participar da Olimpíada do Conhecimento. Foi aí que eu me interessei pelo projeto, que achei muito bacana por sinal. Me inscrevi para Jardinagem e Paisagismo, em função da correlação de matérias com o curso de Edificações, e tive a alegria de ser selecionado”, diz.

‘Jardinagem e Paisagismo’ é considerada a arte de criar e fazer manutenção em jardins. Para tanto, o profissional tem que estar apto a executar ou criar projetos, com a preocupação de estabelecer uma ligação do homem com a natureza. A jardinagem engloba a interpretação do projeto, a construção e a manutenção de jardins, sendo em áreas residenciais, comerciais e publicas (logradouros, bosques, parques, praças, edifícios, casas etc.). O foco principal da profissão é transformar ambientes e criar uma harmonia entre homem, natureza e os grandes centros urbanos.

Na ocupação, Adalberto faz dupla com Marcos Gomes. Eles fazem parte do projeto Brasil Top One. A proposta é que eles sejam possíveis candidatos para a WorldSkills, que será realizada pela primeira vez na América Latina, em São Paulo, no ano de 2015. A dupla irá a Minas Gerais, e fará provas da ocupação nos dias do torneio, mas não concorrerá por medalhas. Os competidores que levarem o ouro no torneio, disputam com os alunos “Top One” a tão sonhada vaga no mundial.

“Sei que esse é o início do meu futuro”, classifica o jovem. Ele se diz confiante não só pela conquista da vaga na WorldSkills, como pelo ouro na competição. “Após isso, espero conseguir um excelente emprego e que esta colocação no mercado de trabalho financie meus sonhos, como ser ator”, finaliza.

Allef dos Santos (TOP ONE)
Aplicação de Revestimento Cerâmico
Instrutor: Jecivaldo Oliveira da Silva (Avaliador)

Allef dos Santos A dura realidade causada pela estiagem no interior da Bahia levou Allef dos Santos (21) a deixar a cidade de Buritirama rumo à Brasília. A migração tinha justificativa: a capital federal, o centro do poder político do País, certamente ofereceria mais condições de trabalho e renda. “O que me trouxe ao DF foi a busca por um futuro melhor. Na minha cidade, as coisas são muito difíceis. É uma cidade castigada pela seca. Por isso, os jovens não têm oportunidade de trabalho”, conta. Pesquisa do Ipea mostra que a maior parte dos imigrantes nordestinos é formada por pessoas com idade de 18 a 29 anos.

Ao chegar à Brasília, Allef procurou informações - pela internet – sobre o Senai, entidade que ouvira falar e que poderia lhe proporcionar a qualificação profissional necessária para a conquista de um emprego. “Eu sabia que as pessoas que passam pelo Senai têm futuro. Por isso, eu busquei esta escola. Assim, por meio do Pronatec, gratuitamente eu fiz o curso Almoxarife de Obras”, relata.

Dentro das salas de aula, o jovem descobriu a Olimpíada do Conhecimento e participou da seletiva para a ocupação Aplicação de Revestimento Cerâmico. Com o treinamento, Allef tornou-se um profissional capaz de aplicar placas cerâmicas, mosaicos e pedras naturais em paredes, pisos e escadas residenciais, construções públicas e industriais, igrejas, piscinas, instalações externas e fachadas. A capacitação também inclui construção de pequenas paredes e passagens de tijolos ou blocos.

Allef irá a Minas Gerais não como competidor, mas para passar por mais um simulado. Ele faz parte do projeto Brasil Top One. A ideia é que esses jovens sejam possíveis candidatos para a WorldSkills, que será realizada pela primeira vez na América Latina, em São Paulo, no ano de 2015. Os competidores que levarem o ouro no torneio, disputarão com os alunos “Top One” a tão sonhada vaga no mundial.

“Aqui, eu consegui a maior oportunidade da minha vida. Eu tenho os melhores professores do País. Portanto, conquistar esta vaga só depende de mim”, diz. Nos dois últimos WorldSkills - Londres (2011) e Leipzig (2013) – os competidores brasileiros de Aplicação de Revestimento Cerâmico eram alunos do Senai-DF, por isso Allef afirma ter a melhor preparação do País.

Sobre o futuro, ele quer complementar os estudos cursando Engenharia Civil. O sonho do rapaz é poder, após todo esse processo de aprendizado, trabalhar em uma grande indústria e, com a renda, dar uma ‘boa vida’ para a família.

Marcos Eliade Alves Gomes TOP ONE
Ocupação: Jardinagem e Paisagismo
Instrutores: Francisco Costa de Brito (Avaliador Líder)
Daiane Rodrigues Aureliano (Adjunto)

Marcos Eliade Alves Gomes Quem escuta a história de vida de Marcos Eliade Alves Gomes (20), só pode concluir que se trata de um jovem obstinado. Para conquistar seus sonhos, o rapaz se fez incansável e apostou na educação como ferramenta que lhe permitiria alcançar todas as suas metas. Ele acertou. Após aceitar trabalhos temporários para compor renda, Marcos percebeu que só voltando para as salas de aula, na busca por qualificação profissional – mesmo que tivesse que ficar um período sem a remuneração que recebia – teria condições de disputar vagas melhores no mercado de trabalho.

Marcos iniciou este trajeto com o curso de aprendizagem de Instalador e Reparador de Linhas Aéreas (IRLA), no Senai Gama, por uma empresa de telefonia fixa. Para fazer o curso – promovido pela manhã – ele ganhava bolsa de R$ 300,00, além de duas passagens por dia pra ir ao Senai. “Aproveitei que me sobrava o período da tarde para dar continuidade à minha qualificação. Eu já estava no Senai mesmo e, assim, pude fazer diversos cursos”, conta. Informática Básica; Elétrica básica; Desenho técnico; Técnicas para a Construção Civil; Web Designer, Infraestrutura de Redes; e curso técnico em Edificações – todos gratuitos, mediante o Pronatec, o jovem não perdeu uma única oportunidade.

“Mas meu sonho mesmo era fazer o curso técnico em Edificações, último que fiz antes de ingressar na Olimpíada”, ressalta. O anseio pela especialização na área da Construção Civil tem motivo. O pai de Marcos é pedreiro e, desde pequeno, o garoto convive com o dia a dia da profissão. “Assim que cresci um pouco mais, pedi ao meu pai para trabalhar como ele. Mas ele sempre me disse pra ‘estudar mais’ porque não queria que eu fosse pedreiro”, relembra. “Segui o conselho dele, busquei qualificação mediante os estudos, mas não larguei meu sonho de ser um profissional da área”, esclarece.

Marcos é um dos estudantes que fazem parte do projeto Brasil Top One, portanto, possível candidato para a WorldSkills, que será realizada pela primeira vez na América Latina, em São Paulo, no ano de 2015. Ele treina em paralelo aos alunos que competirão na Olimpíada do Conhecimento 2014, mas não concorrem ao pódio. Os competidores que levarem o ouro no torneio, disputam com os alunos “Top One” a tão sonhada vaga no mundial.

A ocupação de Marcos é Jardinagem e Paisagismo e ele espera lutar dia e noite pela WorldSkills. “Que vença o melhor. Eu vou me capacitar o máximo e ‘sugar’ tudo o que o Senai puder me proporcionar. Que os vencedores da Olimpíada façam o mesmo. O que quiser mais, vai conseguir. Se eles quiserem mais que eu, foi merecido”, define.

O jovem relata que é profundamente grato ao Senai-DF por tudo o que é e, diz, orgulhoso, que já até recusou algumas propostas de emprego. “Tive três propostas como projetista. Mas, hoje, meu foco é a Olimpíada”. Quanto ao futuro, Marcos não podia ter outros planos: “Vou cursar Engenharia Civil e continuar sempre estudando, porque ainda tenho muito a aprender”, encerra.

Wilker Renan Grassioti de Sousa
Ocupação: Mecânica de Refrigeração (TOP ONE)
Instrutor: Joaquim Venâncio Lourenço Ribeiro (Avaliador)
Willian Ramon Grassioti de Sousa (Adjunto)

Wilker Renan Grassioti de Sousa Wilker Renan Grassioti de Sousa (20) é o estudante do Senai-DF na ocupação Mecânica de Refrigeração, que faz parte do projeto Brasil Top One. Ele tem treinado há mais de um ano, igualmente e em concomitância aos demais competidores da Olimpíada do Conhecimento, com a diferença que não irá a capital mineira por medalhas. Wilker é possível candidato para a WorldSkills 2015, campeonato internacional de educação profissional, que será realizada pela primeira vez na América Latina, em São Paulo.

O jovem carrega consigo o sobrenome Grassioti, já marcado na história do Senai-DF. Willian Grassioti, irmão mais velho de Wilker, é responsável pelo maior feito de um aluno do Departamento Regional do Distrito Federal do Senai em um processo Olímpico. Ele não só foi medalhista de ouro na Olimpíada do Conhecimento de 2010, realizada no Rio de Janeiro, como, em 2011, subiu ao degrau mais alto do pódio, em solo inglês, consagrando-se o melhor profissional técnico do mundo em Mecânica de Refrigeração, na WorldSkills promovida em Londres.

“O retrospecto do meu irmão é um incentivo a mais para que eu tente traçar o mesmo caminho. Mas confesso ser um peso enorme a carregar, porque a expectativa sobre mim é de nada mais, nada menos do que o ouro”, diz o rapaz ao avaliar a responsabilidade que carrega nos ombros.

Até chegar à seletiva da Olimpíada do Conhecimento, o competidor passou por diversos cursos na entidade como Montagem e configuração de microcomputadores; Elétrica Predial; e Mecânica de Refrigeração. “Quando o jovem termina o Ensino Médio, fica muito perdido quanto ao futuro. Comigo não foi diferente. Busquei o Senai, porque é inegável que, aqui, nós temos condições de descobrir a vocação profissional e seguir certo em uma carreira”, define.

Embora já se sinta preparado para o mercado de trabalho, Wilker diz que o foco, no momento, é a WorldSkills. “Agora, minha dedicação exclusiva é a vaga que almejo no torneio. Posso afirmar que estou me dedicando e dando o meu melhor”, completa. Sobre os planos para o futuro, o jovem já sabe o que quer: cursar Engenharia Civil.

Perfil dos competidores

  • João Victor dos Anjos Oliveira Movelaria
  • Luan Silva Braga Sistemas de Drywall e Estucagem
  • Lucas Maciel Funilaria
  • 1

Perfil dos competidores

  • João Victor dos Anjos Oliveira Movelaria
  • Luan Silva Braga Sistemas de Drywall e Estucagem
  • Lucas Maciel Funilaria
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