Sesi-DF terá seis equipes no torneio regional de robótica
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- Publicado: Segunda, 19 Abril 2021 16:08
Trinta e cinco estudantes das três escolas do Serviço Social da Indústria do Distrito Federal (Sesi-DF) competirão na etapa do DF do Torneio Sesi de Robótica First Lego League – Challenge, que ocorrerá online, nos dias 14 e 15 de maio. Seis equipes representarão a instituição na disputa: Lego Field e Lego of Olympus são do Sesi Gama; Bisc8 e Bono, do Sesi Sobradinho, e Albageek e Albatroid, do Sesi Taguatinga.
Com o tema RePLAY, o objetivo desta temporada é incentivar a prática de atividades físicas para garantir uma qualidade de vida melhor, evitar o sedentarismo e promover a saúde.
Devido à pandemia da covid-19, a competição será remota e o principal ambiente de avaliação será a First Reh (Remote Event Hub) — plataforma oficial da First desenvolvida especialmente para os torneios online. Os participantes serão avaliados em quatro quesitos: desafio do robô (cumprimento de missões pelo robô de Lego), design do robô, core values (valores fundamentais e trabalho em equipe) e projeto de inovação, que está em fase de desenvolvimento pelas equipes.
“Nossos estudantes estão trabalhando de forma híbrida e, nos dias em que não estão na escola, há reuniões online para falar sobre as apresentações e os projetos. O torneio mudou a roupagem, mas os desafios continuam e ajudam os alunos a desenvolver as habilidades”, explica o interlocutor de Robótica do Sesi-DF, André Alcântara.
Para a execução das atividades propostas, além do olhar atento dos técnicos, as equipes contam com o apoio de mentores, que as auxiliam na elaboração de projetos e na programação dos robôs. Nesta temporada, participam como mentores os alunos Amanda Layanne de Oliveira, João Pedro Gurgel, Letícia Ferreira, Marcus Vinícius Okubo e Suyanne Sara Miranda — todos do Ensino Médio.
Conheça as equipes do Sesi-DF e os projetos de inovação que serão apresentados na competição:
Sesi Gama
Para garantir conforto e segurança a gestantes durante a prática de atividades físicas, a Lego Field desenvolveu o Promug – Proteção para Mulheres Grávidas. Trata-se de um acessório de medição de frequência cardíaca, acoplado a uma cinta, que mede a pulsação da mulher e emite alarmes sonoros e luminosos de alerta em caso de variação dos batimentos cardíacos. O objetivo é informar sobre a possibilidade de aumento de esforço ou da necessidade de interrupção da atividade física.
“Na pandemia, as gestantes não podem ficar saindo porque são do grupo de risco, mas o sedentarismo também traz riscos. Observamos ainda que há receio em fazer atividades por medo de trazer malefícios para o bebê; então, nossa ideia é que elas tenham segurança ao fazer exercícios”, detalha a aluna Giovana de Souza, de 16 anos. A pesquisa incluiu conversas com profissional de saúde, que resultaram também em um manual de atividades físicas com exercícios para cada etapa da gestação.
Para ajudar a diminuir o sedentarismo na terceira idade durante a pandemia, a Lego of Olympus desenvolveu o Circuito Independente para a Movimentação dos Idosos (Cimi). A ideia consiste em um tapete adaptado com uma barra de apoio para que sejam desenvolvidos movimentos que permitam relaxamento, diversão e exercitação física.
As atividades incluem recursos de cromoterapia e estão divididas em quatro níveis, como explica o estudante Rafael Ferreira, de 16 anos, que integra a equipe: “O primeiro nível traz movimentos que proporcionam alongamentos, de forma a relaxar o corpo e a mente, melhorar a postura, prevenir lesões e ativar a circulação sanguínea. Já no quarto nível, é possível fazer exercícios mais intensos, que servem para tonificar os músculos, eliminar toxinas e melhorar o condicionamento cardiorrespiratório”.
Sesi Sobradinho
O projeto de inovação dos alunos da Bisc8 é voltado para pessoas com deficiência física e pessoas com mobilidade reduzida que utilizam cadeiras de rodas. No torneio, eles apresentarão um aparelho que pode ser acoplado à cadeira para possibilitar a execução de exercícios com faixas elásticas de forma autônoma e segura.
A ideia recebeu o nome de ASA — acrônimo de autonomia, segurança e acessibilidade. “Nossa equipe conversou com pessoas com deficiência, fisioterapeuta, educador físico e também um psicólogo, para entender sobre saúde mental, já que os exercícios liberam endorfina. Além disso, consultamos um engenheiro mecânico para ajudar na estrutura do nosso projeto; foram entrevistas essenciais para o nosso produto final”, destaca a aluna Geovana de Araujo, de 16 anos.
A equipe Bono apresentará no torneio um acessório que possibilita que crianças e adolescentes que utilizam cadeiras de rodas pratiquem futsal e futebol em aulas de educação física. Adaptado à cadeira, o item permite fazer os fundamentos básicos das modalidades, como condução, passe e chute de bola.
“Projetamos uma grade que pode se adaptar a qualquer cadeira de rodas, porque queríamos fazer algo acessível”, pontua a aluna Júlia Gabrielly Neiva, de 15 anos. “A grade tem duas hastes: uma vai ser manuseada por meio de uma alavanca para que a pessoa possa chutar a bola. A outra, será fixa, para dar apoio.”
Sesi Taguatinga
Para o torneio, a equipe aposta na tecnologia para combater o sedentarismo entre crianças e adolescentes. A partir de conversas com especialistas das áreas de fisioterapia e educação física, os alunos vêm desenvolvendo o protótipo de um aplicativo para celular com jogos de esportes, luta e dança.
“Existem estudos que dizem que o estilo de vida que a pessoa leva na adolescência é o mesmo que ela vai levar na vida adulta. Nossa ideia é fazer com que o jovem se movimente brincando, então, a solução traz vários modos de jogos e ainda permite a interação entre os usuários com um ranking. O adolescente é competitivo por natureza e a ideia será um incentivo para ele se movimentar, ganhar pontos e melhorar a qualidade de vida”, explica Marcos Fellipe Guimarães, de 14 anos.
A equipe Albatroid focou em um projeto de incentivo à atividade física entre jovens. “Nossa solução foi um programa escolar com palestras, avaliações, atividades físicas e esportes para alunos do Novo Ensino Médio”, conta Cecilia Emilia Santos, de 12 anos.
“O programa segue as normas da Base Nacional Comum Curricular e, com ele, a gente tem o objetivo de levar os alunos a ter contato com diversas modalidades, para que eles vejam quais eles gostam mais e sejam incentivados a essa prática”, completa.