Seis equipes de robótica do Sesi-DF participarão de torneio regional
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- Última Atualização: Sexta, 07 Fevereiro 2020 18:19

O Distrito Federal sediará em 7 e 8 de fevereiro uma das etapas regionais da temporada 2019/2020 do Torneio Sesi de Robótica First Lego League, que tem como tema City Shaper – construindo cidades inteligentes e sustentáveis. A competição será na unidade de Taguatinga do Serviço Social da Indústria (Sesi) e contará com 28 equipes: 19 de escolas do Distrito Federal, 3 de Mato Grosso, 1 de Mato Grosso do Sul, 2 da Paraíba e 3 de Sergipe.
As disputas regionais começaram em dezembro, em Goiás, em São Paulo, no Rio Grande do Norte e no Rio Grande do Sul. Também haverá competições no Amazonas, na Bahia, no Espírito Santo, em Minas Gerais, em Pernambuco, no Rio de Janeiro e em Santa Catarina.
As três equipes mais bem classificadas em cada etapa regional garantirão vaga para a fase nacional do torneio, que será de 6 a 8 de março, em São Paulo. Outras poderão se classificar, dependendo do número de times participantes. Os times que tiverem os melhores resultados poderão ir a torneios internacionais.
Os times têm no máximo dez integrantes, de 9 a 15 anos (na data de inscrição no torneio), e até dois técnicos adultos (um é suplente). Algumas equipes contam ainda com mentores – ex-competidores que as ajudam na elaboração dos projetos e na programação dos robôs.
Criado em 1998 pela organização estadunidense First, que trabalha em prol da inspiração e do reconhecimento da ciência e da tecnologia, em parceria com o grupo Lego, o torneio propõe que estudantes de diversos países sejam apresentados a esses temas de forma divertida, por meio da construção e da programação de robôs feitos com peças da tecnologia Lego Mindstorm. A cada temporada, a competição estimula o trabalho colaborativo, a criatividade e propõe desafios do mundo real. No Brasil, desde 2013, o Sesi é a instituição responsável pela organização das etapas regionais e da nacional.
As equipes passam meses trabalhando em um projeto de pesquisa dentro do tema da temporada e programando robôs que as representarão em desafios nos torneios. Elas são avaliadas pelo projeto de pesquisa, pelo design do robô, pela programação deste na execução de desafios e pelo cumprimento dos valores éticos da competição, como espírito de equipe e respeito aos outros times.
Seis equipes do Sesi-DF estão inscritas na etapa regional: a Albatroid e a Albageek, formadas por alunos da escola de Taguatinga, a Bisc8 e a Ohana, de Sobradinho, e a Legofield e a Lego of Olympus, do Gama. Conheça abaixo os competidores e o projeto de cada uma para solucionar problemas que prejudicam a vida nas grandes metrópoles.
Albatroid
Alex Vitor de Maman Marcolino 12 anos 7º ano do Ensino Fundamental |
Anna Clara Gomes Carmino 14 anos 9º ano do Ensino Fundamental |
Daniel de Souza Mota Filho 14 anos 1ª série do Ensino Médio |
![]() Eduardo Moroni Tertuliano da Rosa 14 anos 1ª série do Ensino Médio |
![]() Letícia Souza Santana Marinho 13 anos 9º ano do Ensino Fundamental |
![]() Pedro Paulo Balbino Lopes 13 anos 8º ano do Ensino Fundamental |
Técnico: André Alcântara |
Técnico: Gabriel Antunes |
Mentora: Ana Carolina Baia de Moraes |
Mentor: Ives Dijuran |
A equipe vai usar a tecnologia para tentar diminuir os problemas de locomoção de pessoas com mobilidade reduzida ou com deficiência física. Eles desenvolveram um aplicativo de celular, o Inclusion App, que vai apresentar informações sobre a cidade, como as condições climáticas para que um cadeirante não sofra com enchentes, e listar os pontos com ônibus acessíveis, além de oferecer a possibilidade de pedir ajuda a voluntários cadastrados no aplicativo. O Inclusion App será gratuito e está em fase de finalização. Inicialmente, o aplicativo estará disponível em celulares da plataforma Android. Veja mais informações do projeto no site: https://inclusionapp.wordpress.com/
Albageek
![]() Anthony Gabriel Neves Mendes 14 anos 1ª série do Ensino Médio |
![]() Fernanda de Araújo Mesquita 13 anos 8º ano do Ensino Fundamental |
Laura Freitas de Souza Abílio 13 anos 9º ano do Ensino Fundamental |
Luiz Eduardo Alves Feitosa 12 anos 7º ano do Ensino Fundamental |
![]() Luiz Felipe Vasconcelos de Araújo 11 anos 7º ano do Ensino Fundamental |
Weslainy de Jesus Campos 13 anos 8º ano do Ensino Fundamental |
Técnico: André Alcântara |
Técnico: Gabriel Antunes |
Mentor: Ana Carolina Baia de Moraes |
Mentor: Ives Dijuran |
Um dos principais problemas do século é o estresse. Pensando nisso, a Albageek criou o Spacehortus – um contêiner itinerante para meditação, que, por meio da cromoterapia, vai ajudar no relaxamento. A ideia dos jovens foi criar um espaço com isolamento acústico, aberto à população e gratuito para ajudar a diminuir o estresse. Além de aulas de meditação em horários definidos, serão ensinadas técnicas de relaxamento, e o local poderá servir apenas como refúgio para quem quiser ir e não fazer nada mais do que descansar. Veja mais informações do projeto no site:https://projetospacehortus.wordpress.com/
Bisc 8
Amanda Layanne de Oliveira Coelho 16 anos 2ª série do Ensino Médio |
João Pedro Gurgel Tomaz Farias Fernandes 15 anos 2ª série do Ensino Médio |
Letícia Ferreira de Araújo 15 anos 2ª série do Ensino Médio
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Pedro Thiago Gomes Vasconcelos 16 anos 2ª série do Ensino Médio |
Suyanne Sara Miranda Silva 16 anos 2ª série do Ensino Médio
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Técnica: Kamila Pereira de Sousa
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Técnico: Sillas Adjalbas Barbosa dos Reis |
Mentora: Gabriella Paulino Honório
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Mentor: Márcio Henrique de Sousa Costa |
Com uso de garrafas PET, a equipe pretende aperfeiçoar um antigo equipamento das cidades, tornando-o mais funcional e sustentável. Nomeada como Bisc – Bueiro Inteligente Sustentável Coletor, a solução dos alunos é um cesto com furos que será acoplado dentro das bocas de lobo para evitar o entupimento e, consequentemente, o alagamento das vias. Assim, vai facilitar o recolhimento do lixo e a limpeza dos bueiros. Segundo a pesquisa da equipe, a manutenção das bocas de lobo no Distrito Federal é complicada e demanda muito tempo e muitos recursos. Essa solução será benéfica tanto do ponto de vista ambiental como do de gestão pública. O Bisc terá ainda um mecanismo que avisa se o cesto está cheio, já que, por meio de um sistema de arduino e uma polia, mostrará as cores verde, amarelo e vermelho: ficará verde quando estiver vazio, amarelo quando estiver meio cheio e vermelho quando estiver muito cheio.
Ohana
David Leandro Santos da Silva 16 anos 2ª série do Ensino Médio |
Débora Suelani Chaves Tamanini 15 anos 2ª série do Ensino Médio |
Isabelle Souza Monteiro 16 anos 2ª série do Ensino Médio |
Luís Eduardo Chagas Neiva 16 anos 2ª série do Ensino Médio |
Rafael Gomes Pereira 16 anos 2ª série do Ensino Médio |
Técnica: Kamila Pereira de Sousa
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Técnico: Sillas Adjalbas Barbosa dos Reis |
Mentor: Márcio Henrique de Sousa Costa |
A equipe identificou que um dos problemas que mais causam transtornos para os moradores de grandes cidades é a poluição do ar. Para tentar diminuir as consequências desse efeito, os estudantes desenvolveram um filtro que poderá ser utilizado no interior de fábricas e indústrias melhorando a qualidade do ar para os trabalhadores que ficam expostos a poluição. A ideia é que o equipamento puxe o ar do ambiente, que contém partículas poluentes, e devolva o ar puro. O filtro de médio porte, em formato de pilastra, será feito de microfibra de vidro, que retém as partículas sólidas de sujeira por meio de um exaustor.
Legofield
Bernardo Almeida Serejo 14 anos 9º ano do Ensino Fundamental |
Hellen Cristina Mendes Santos 16 anos 2ª série do Novo Ensino Médio |
Ian Pedrosa Rapini 16 anos 3ª série do Ensino Médio |
Júlia Gomes da Costa 14 anos 1ª série do Novo Ensino Médio |
Stephany Mariane dos Santos Oliveira 16 anos 2ª série do Novo Ensino Médio |
Sofia Costa da Silva Batista 13 anos 9º ano do Ensino Fundamental |
Técnico: Alberto Roquete de Melo Junior |
Técnico: Wanderson Gomes da Silva |
Mentor: Italo França Andrade |
Projetar e modelar um método mais efetivo em relação a poluição sonora é o principal desafio da equipe. Barulhos e ruídos do dia a dia nas grandes cidades interferem na qualidade de vida causando problemas como perda da audição, estresse, insônia, irritabilidade, pressão alta e problemas cardíacos. Tentando soluções para essas dificuldades, os alunos desenvolveram uma parede ecológica denominada E-WALL, que consiste em uma parede termoacústica que tem a função de reduzir ou até extinguir ruídos em locais internos. Além disso, é capaz de reduzir a entrada de calor externo no verão, enquanto, no inverno, reduz a perda de calor interno, impedindo a troca de temperatura. Sua aplicação pode se dar em vários locais tais como paredes residenciais, prédios públicos, escritórios, tubulações hidráulicas e até em dutos de ar condicionado, sendo também ideal para fazer isolamento de telhados e fachadas. Há soluções parecidas com essa no mercado, mas nenhuma delas com o diferencial de que a matéria prima usada para criar a E-WALL é lixo reciclável como garrafas PET e serragem de madeira. Dessa forma, a ideia ainda ajuda o meio ambiente reduzindo o descarte desses materiais.
Lego of Olympus
![]() Catharina Nicolazzi 11 anos 7º ano do Ensino Fundamental |
![]() Clarissa Viana de Queiroz 12 anos 8º ano do Ensino Fundamental |
![]() Germana Louisy 12 anos 7º ano do Ensino Fundamental |
![]() Henrique Andrade Carvalho 14 anos 9º ano do Ensino Fundamental |
![]() Igor Santarem Souza 14 anos 9º ano do Ensino Fundamental |
![]() Rafael Ferreira Nunes 15 anos 1ª série do Novo Ensino Médio |
Técnico: Alberto Roquete de Melo Junior |
Técnico: Wanderson Gomes da Silva |
Mentor: Gabriel Gomes Fontana |
A Lego of Olympus também buscou uma forma de melhorar a qualidade de vida das pessoas com dificuldade de locomoção. Eles identificaram que 88% dos pontos de ônibus do Distrito Federal não têm nenhum tipo de acessibilidade. Para solucionar esse problema, desenvolveram o Murb – plataforma elevatória nas paradas que levará a pessoa do ponto de ônibus até o transporte de forma segura. Na hora de descer do veículo, ela vai usar o Murb +, um aplicativo que pode acionar a plataforma via bluetooth para ajudá-la a descer ou pedir ajuda a um voluntário. Entre os mecanismos criados pela equipe está o botão de pressão, que, quando acionado, levanta a plataforma e leva a pessoa até o veículo. Também tem um sensor que identifica quando a pessoa sai e que retorna o Murb para a superfície. O Murb tem potencial de inovação, pois, diferente das soluções que já existem, será instalado nas próprias paradas, não sendo necessário colocar um equipamento em cada ônibus. O Murb é abastecido por energia solar fotovoltaica, podendo ser instalado em qualquer ponto de ônibus. A plataforma também conta como sinalização para o motorista saber que uma pessoa com mobilidade reduzida está chamando pelo ônibus. A bateria do sistema será carregada com energia solar e o que sobrar poderá ser utilizado para iluminação das paradas e também para recarregar celulares.