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Publicado: Quarta, 18 Dezembro 2024 13:34

Dezenove empresas do segmento de vestuário cumpriram a trilha do Exporta DF e agora estão mais seguras para expandir seus negócios. O programa, realizado pela Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), por meio do Centro Internacional de Negócios do DF (CIN-DF), visa à capacitação e ao desenvolvimento das competências necessárias para criação de cultura e de maturidade exportadora de micro e pequenas indústrias.

As atividades do primeiro ciclo do Exporta DF começaram em 25 de abril e se encerraram em 12 de dezembro. Durante esse período, os participantes passaram por uma trilha de exportação, dividida em três etapas: ciclo de oficinas práticas, com a elaboração do plano de exportação de cada empresa participante; imersão de conhecimento para adequação de produto para o mercado externo; e conexão com empresas de outros países para prospecção de tendências e negócios.

Das 19 indústrias participantes, oito já tinham vendido a outros países e 11 nunca haviam tido contato com o mercado internacional. São negócios de moda feminina, fitness e praia, acessórios e joias.

Irmãs e donas da marca de bolsas Panier Brasil, Anna Luiza Chaves e Maria Laura Chaves fazem parte do grupo que já havia exportado em algum momento. O empreendimento existe há dez anos. “Fazíamos envios pontuais, por frete aéreo internacional, de uma única peça e para um cliente direto, por exemplo. Após a consolidação da nossa empresa no mercado local e nacional, a meta é atingir outros países em escala maior, por isso buscamos o Exporta DF”, explica Maria Laura. “No programa, aprendemos a fazer a documentação do processo de envio, a precificar corretamente e, o mais importante, conhecemos melhor o mercado e entendemos em quais lugares temos maior chance de sucesso com as vendas”, completa Anna Luiza.

Em novembro, já na terceira etapa da trilha do Exporta DF, as duas integraram o grupo de empresários brasilienses do segmento de moda que participou da Jornada Exportadora Chile, coordenada pela ApexBrasil. Foi uma missão comercial para que industriais participassem de seminários, visitas técnicas e rodadas de negócios. Na ocasião, Anna Luiza e Maria Laura fizeram contatos com potenciais clientes e agora negociam o envio de bolsas em grande escala para aquele país.

As proprietárias da Panier Brasil também participaram, em outubro, do Encontro Virtual de Negócios Internacionais de Moda, em Belo Horizonte (MG), com representantes de países latinos, da América do Norte e da Europa. Os dois momentos somaram 109 reuniões de negócios entre as empresas do Exporta DF e clientes em potencial. Desses encontros, o resultado são 24 expectativas de vendas e sete acordos já fechados.

O Exporta DF ocorre por meio de uma parceria da Federação com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no DF (Sebrae-DF), o Banco de Brasília (BRB), a Universidade Católica de Brasília (UCB), a Secretaria de Relações Internacionais do Distrito Federal, os Correios e a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Este primeiro ciclo do programa também teve o apoio do Sindicato das Indústrias do Vestuário do DF (Sindiveste-DF).

No fim de outubro, a Fibra e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) formalizaram um acordo de cooperação técnica para execução do segundo ciclo do Exporta DF, que será voltado aos setores de alimentos e bebidas e de beneficiamento de grãos.

Celebração e homenagens
Em 12 de dezembro, um evento no edifício-sede da Fibra marcou o encerramento do primeiro ciclo do Exporta DF. Houve exibição dos resultados e de cases de sucesso, além de premiação dos destaques.

O vice-diretor de Assuntos Institucionais e Governamentais da Federação, Paulo Eduardo Montenegro de Ávilla e Silva, que coordena o CIN-DF, esteve no evento e falou sobre o crescimento das indústrias atendidas e a mudança cultural em relação à competitividade. “É preciso ter conhecimento e se capacitar. E, assim, garantir uma entrada efetiva e segura no mercado internacional. É esse o trabalho desempenhado pelo Exporta DF, promover o sucesso desse trabalho.” O diretor também destacou a efetividade e o reconhecimento do programa, que foi um dos finalistas do Prêmio Excelência Sindical da Indústria 2024, da CNI.

A presidente do Sindiveste-DF, Walquiria Aires, por sua vez, destacou a importância de projetos como o Exporta DF para o segmento. “A sobrevivência das indústrias de moda está ligada diretamente ao trabalho em conjunto com o Sistema Fibra, pois é aqui que recebemos apoio para uma entrada efetiva no mercado internacional e é onde, por meio do Senai-DF [Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do DF], temos acesso a consultorias gratuitas de desenvolvimento de manual técnico, ficha técnica e modelagem computadorizada, por exemplo. Essas ações dão condições para se alcançar o sucesso real”, afirmou.

Aqueles que se destacaram durante a execução do primeiro ciclo do programa receberam placas de reconhecimento. Veja as categorias:

- Maturidade Exportadora
Thaís Fread Design

- Inovação em Produtos e Processos
Alê Baeza Brand

- Exportação e Venda Internacional
LouLou Summer Brand

- Liderança Inovadora
Presidente do Sindiveste-DF, Walquiria Aires