Programa ViraVida ultrapassa fronteiras internacionais

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Brasília recebeu, nos dias 17, 18 e 19 de maio, o Encontro Internacional do ViraVida. O programa, do Conselho Nacional do Sesi, é aplicado em 26 cidades brasileiras e no país de El Salvador. Além disso, tem chamado a atenção de outros países da América Latina e Caribe que vieram ao Brasil para aprender mais sobre o programa.

Durante o encontro, representantes de México, Paraguai, El Salvador e Guatemala conheceram a estrutura do ViraVida, os alunos do programa e se aprofundaram em toda a metodologia utilizada pelo Sesi. O encontro faz parte de uma sequência de ações iniciadas por meio de uma cooperação trilateral entre o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), o Conselho Nacional do Sesi e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), vinculada ao Ministério de Relações Exteriores.

Segundo a técnica em programa sociais do Conselho Nacional do Sesi, Marisa Lourenço, no final do ano passado, foi realizado o lançamento do livro que conta a metodologia do ViraVida. “Nós fizemos uma publicação que conta passo a passo como o programa é implantado, as dificuldades e a metodologia dele em si. Então, o UNFPA procurou o Conselho para dar continuidade a essa difusão do programa, e nós convidamos países da América Latina para participar desse encontro e conhecer o programa in loco, detalha Marisa.

Entre os participantes do encontro estavam representantes dos governo, nas áreas de educação e assistência social. No caso de El Salvador, Mirian Elizabeth Peña, participou do encontro para conhecer mais do programa, e para falar da transferência do ViraVida para o país, que já está realizando a terceira turma. Já Claudia Ordoñez e Danissa Ramirez, da Guatemala, José Luis, do México, e Leticia Gonzáles Bogado, do Paraguai, estão aprendendo toda a metodologia para agora implantá-lo também.

Para a coordenadora do ViraVida no Distrito Federal, Cida Lima, a expectativa do encontro é que mais jovens sejam beneficiados com o programa em outros países da América. “Eu espero como ser humano, como profissional, mudar a vida de adolescentes e jovens tão excluídos, tão rejeitados e ajudar a se tornarem pessoas de valor, com formação, para construção de um mundo melhor. O maior resultado que esse encontro pode gerar é ver mais e mais turmas em outros países. E, em Brasília, nós temos competência e expertise para desenvolver o ViraVida em outros países”, destacou Cida Lima.

O encontro

Durante o encontro internacional do ViraVida, os representantes dos quatro países visitantes tiveram a oportunidade de conhecer e conversar com os alunos do programa no Distrito Federal. A paraguaia Leticia Gonzáles Bogado conta o quanto tem jovens no Brasil e Paraguai desejando uma oportunidade na vida para superar os desafios, enquanto os alunos do programa tem essa chance: "Continuem sendo fortes e ensinando os adultos com as boas ações, para que eles possam ajudar vocês; Vocês mostram que cada vida vale a pena".

Vinda da Guatemala, Claudia Ordoñez, contou quer era uma honra ver e conhecer esses jovens vencedores. “Me encantei com esses rostos e  em poder ver o brilho dos olhos de vocês durante a apresentação do programa. Continuem, sigam em frente. Vocês são exemplo para muitos”, destacou.

O ViraVida tem transformado a vida de muitos jovens há alguns anos. Uma egressa do programa, e, hoje, funcionária do Sesi-DF, testemunhou o quanto a ação mudou sua história: “O ViraVida, para mim, foi uma porta de um futuro melhor!”.

ViraVida

O ViraVida visa combater a violência sexual, fornecendo educação e sendo ponte para o emprego para os jovens em situação de vulnerabilidade social e econômica. O programa oferece educação básica, formação profissional e atenção psicossocial, gerando as habilidades necessárias para trazer o fortalecimento dos alunos e a conquista da autonomia.

O representante do UNFPA no Brasil Jaime Nadal, que também participou do encontro, acredita que a desigualdade é entendida, principalmente, como a falta de oportunidade. “O ViraVida é um programa visionário, pois trata de dar oportunidade a jovens meninas e meninos que sofreram exploração sexual e hoje podem desfrutar de um projeto que lhes dá oportunidade. Estamos muito felizes com a vinda desta missão ao Brasil para conhecer o programa ViraVida. Representando o Fundo de População da ONU quero reiterar o nosso apoio e compromisso no que possa resultar para o futuro”, ressalta Nadal.

No Distrito Federal, o ViraVida já formou nove turmas, com 450 matrículas realizadas nos últimos anos. No último mês de março, foi realizada a formatura de 42 jovens, sendo que mais de 60% já saiu do curso com vaga garantida em órgãos públicos ou entidades privadas. Atualmente, há uma turma em andamento com 52 alunos em salas de aula. A proposta socioeducativa é coordenada pelo Sesi-DF, com o apoio de uma equipe multidisciplinar, integrada por psicólogos, pedagogos, assistentes sociais, entre outros.

Aline Reis
Assessoria de Imprensa
Serviço Social da Indústria – Sesi-DF
Telefone: (61) 3362.6127
E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Fotos: Cristiano Costa / Sistema Fibra

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