A animação toma conta do Sesi Taguatinga, em Torneio de Robótica
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- Última Atualização: Domingo, 19 Março 2017 19:40

O primeiro dia oficial de provas no Torneio Nacional de Robótica First Lego League (FLL), realizado na unidade Sesi Taguatinga chamou atenção pela animação e alegria no rosto de todos os 740 competidores. Por onde o público passou, foi possível ver os olhinhos dos jovens brilhando, os braços vibrando a cada missão realizada pelo robô e os rostinhos realizados ao sair das salas de avaliação.
Na arena dos robôs, o que chamou atenção dos visitantes foram os androides em ação realizando diversas missões nas mesas de competição. Cada equipe participou de dois rounds oficiais e tiveram a chance de treinar outras cinco vezes para que tudo ocorresse da melhor forma possível. Ao final do dia, competidores puderam analisar suas atuações para evoluir ainda mais nas últimas provas de amanhã.
Neste sábado, todas as equipes passaram pelas apresentações do Projeto de Pesquisa. Este é o momento em que os competidores entram uma sala onde precisam apresentar uma solução inovadora para algum problema real da sociedade. Eles têm 20 minutos para explicar o problema e a solução, além de responder todas as dúvidas dos juízes.
As equipes participaram ainda da apresentação de Design do Robô, etapa em que os jovens demonstram o robô que eles projetaram. Para essa avaliação, cada equipe leva o próprio computador com o software adequado instalado, para apresentar aos juízes a programação do robô.
As apresentações de Core Values também foram realizadas hoje. Nesta etapa de avaliação, os juízes analisam os valores de cada equipe, o espírito de competição amigável, a troca de experiências e o famoso, Gracious Professionalism (jargão conhecido nos torneios FLL, que traduz o sentimento de profissionalismo e lealdade dos competidores).
Albatroid

Nas mesas dos robôs, eles demonstraram uma evolução durante todo o dia. Entre o primeiro e o segundo round, eles tiveram um crescimento de quase 50 pontos. “Estou muito feliz porque nos rounds que fizemos hoje, a gente só está crescendo. É uma coisa que me deixa muito contente, porque mostra que a gente consegue se adequar ao momento e sempre estar fazendo pontuações mais altas”, explicou Gabriel Antunes, competidor da Albatroid.
LegoField
O desempenho no Desafio do Robô garantiu uma boa colocação para a equipe Legofield, do Sesi Gama, no Torneio Nacional de Robótica. Neste sábado, a equipe finalizou entre os 15 primeiros colocados, das 74 equipes que competem.
Hoje, os alunos também apresentaram o projeto de pesquisa. Os jovens criaram uma plataforma que reúne animais com dificuldade de locomoção e voluntários que produzem próteses e órteses, de forma totalmente gratuita. “Os juízes elogiaram bastante nosso trabalho. Inclusive, um deles disse que teve conhecimento da nossa pesquisa na Olimpíada do Conhecimento - que aconteceu em novembro de 2016 –entrou no nosso site e gostou demais do nosso trabalho”, relata Lucas Sampaio.

Além disso, os jovens apresentaram sobre o Core Values, elementos fundamentais para que a competição ocorra de forma amigável. “Nós fizemos nossa apresentação com truques de mágica. Então conseguimos deixar os juízes encantados. Eles se divertiram muito com nossa apresentação”, conta Lucas.
Por fim, a equipe foi avaliada pelo Design do Robô. Lucas afirma que, durante a apresentação, os juízes não fizeram nenhuma pergunta e que isto, para o torneio, é sinal de que o robô está completo e a apresentação dos alunos foi compreendida. “Nosso robô tem dois diferencias que nos coloca à frente das demais equipes. Nós colocamos um sensor de luz de saída, que indica quais garras devemos usar, então ganhamos tempos com a troca das mesmas. O outro diferencial é que as garras não precisam de motor para funcionar”, completa o aluno.
Bisc8
Os Oito Brilhantes Inventores de Soluções Criativas ou, apenas Bisc8 apresentaram, na manhã deste sábado, para os juízes do torneio o Projeto de Pesquisa, Design do Robô e Core Values, além de competirem no Desafio do Robô. A equipe usou toda a criatividade para encantar os juízes do torneio inspirados na animação “Estranho Mundo de Jack”, um clássico de Tim Burton.
A equipe apresentou seu projeto de pesquisa com um musical encenado pelos próprios alunos. Fantasiados de cachorros, encenaram a história de um jovem que não dava a atenção devida a seus pets. Tudo muda quando ele conhece um aplicativo que dá dicas e o ajuda a tratar melhor seus bichos. Esta foi uma das soluções apresentadas pela Bisc 8, nesta temporada da FLL.
Além do aplicativo, desenvolvido para o regional, a turma apresentou outras duas novidades: uma casinha de cachorro automatizada e um site com muitas dicas e orientações. “Percebemos que poderíamos fazer algo a mais e corremos para melhorar nosso projeto. Fizemos tudo desde a construção da casinha com lixo eletrônico até a pintura dela”, explica a estudante Mariana dos Santos.

Ainda no sábado, a equipe entrou no ringue para participar do Desafio do Robô, que ocorreu de da manhã e à tarde. A primeira participação da equipe na mesa foi marcada por dificuldades com o robô, problema superado à tarde. “Fizemos 27 pontos no primeiro round e 120 no segundo. Para amanhã, esperamos dobrar a nota”, comentou Silas. O torneio leva em consideração a maior nota das três disputas e utiliza as demais para o desempate.
Tradição do DF na robótica
O Distrito Federal vem ganhando espaço de destaque na robótica brasileira há alguns anos. Em 2016, isso ficou mais evidente, com a classificação da equipe LegoField, do Sesi Gama, para o Torneio Internacional, na Espanha. E, em 2017, essa importância do DF ganhou ainda mais força, pois, pela primeira vez, em cinco anos de Torneio Nacional de Robótica, o Sesi-DF está sendo representado por três equipes, sendo uma de cada unidade: Taguatinga, Gama e Sobradinho. Segundo Henrique Santos, assessor de educação do Sesi-DF, isso demonstra a qualidade e evolução constante dos centros educacionais do Sesi no Distrito Federal.
“É muito bacana ver as três unidades do Sesi-DF representadas aqui. Você vê que quando começou era apenas uma unidade Sesi-DF representada e, hoje, temos três times, sendo que um deles já foi em um torneio internacional. Nós precisamos, cada vez mais, estimular esses meninos para que eles se interessem pela área da pesquisa, da ciência e das engenharias, porque a indústria é feita a partir disso: muita pesquisa e muita ciência, resultando em tecnologia e inovação, exaltou Santos.
Os bons resultados conquistados nos anos anteriores fez com que as equipes do DF que participam desse Nacional tivessem uma responsabilidade ainda maior. “As equipes do Sesi-DF tiveram uma boa preparação. Foram, em média, oito meses de intenso treinamento, projetos de pesquisa muito bem estruturados. Toda a experiência das nossas equipes traz um diferencial e, com isso, uma responsabilidade maior de trazer um bom resultado para o Distrito Federal”, afirmou a diretora da unidade Sesi Gama, Susana Assunção.
O Sesi Sobradinho participa, pela primeira vez, de um Torneio Nacional de Robótica. O diretor da unidade, Álvaro Trabuco Cruz, destaca que essa conquista é resultado de muito esforço e dedicação dos alunos e do professor. “A expectativa é muito grande. Mas estamos trabalhando da melhor forma para controlar a pressão em cima desses jovens, pois sabemos que, a parte psicológica de um garoto nessa idade é muito importante”, enfatizou Trabuco.
Premiação
Amanhã, serão realizadas as últimas provas da robótica. Às 16h, serão apresentados os grandes vencedores da competição, na cerimônia de premiação. As 20 equipes com melhor colocação serão classificadas para as etapas internacionais do torneio.
As atividades do Torneio Nacional de Robótica FLL são abertas à visitação do público, de forma gratuita. A população de Brasília pode ver de perto os robôs realizando grandes missões, das 8h às 17h. O Sesi Taguatinga fica na QNF 24, Área Especial, Taguatinga Norte.
Texto: Aline Reis, Gabriela Soares e Marcus Fogaça
Fotos: Cristiano Costa/Sistema Fibra
Assessoria de Imprensa do Serviço Social da Indústria do Distrito Federal (Sesi-DF)