Equipes de robótica buscam vagas para competir fora do País
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- Última Atualização: Sábado, 16 Março 2019 19:56

O Torneio Sesi de Robótica First Lego League (FLL), uma das categorias em disputa no Festival Sesi de Robótica, no Rio de Janeiro, neste fim de semana, reúne 84 equipes de 17 unidades da Federação. Elas são avaliadas pelo projeto de pesquisa, pelo design do robô, pela programação deste na execução de desafios e pelo cumprimento dos valores éticos da competição (core values), como espírito de equipe e respeito aos outros times. O Serviço Social da Indústria do Distrito Federal (Sesi-DF) tem três representantes: Albatroid, Legofield e Lego of Olympus. A primeira é do Sesi Taguatinga e as outras duas, do Sesi Gama.
O tema desta temporada é Into Orbit (Em Órbita) e desafia os estudantes a pesquisar sobre as questões relacionadas a viver e a viajar no espaço. Eles precisaram propor uma solução inovadora para um problema físico ou social enfrentado durante as viagens de exploração espacial. Na arena, os robôs feitos pelos próprios alunos com peças de Lego precisam cumprir missões como se locomover em áreas com crateras, ajudar um astronauta a voltar em segurança para a base espacial e até mover satélites para a órbita. Este segundo dia de competição foi marcado pelos rounds oficiais dos desafios do robô e por avaliações e reavaliações dos core values, dos projetos de pesquisa e do design do robô. Amanhã serão as finais da mesa e a premiação do torneio.
As 18 equipes mais bem avaliadas garantirão vagas em torneios internacionais: duas vagas para o campeonato na Austrália, sete para cidades dos Estados Unidos, três para o Líbano, duas para a Turquia e quatro para o Uruguai. A grande expectativa dos 21 competidores das equipes do Distrito Federal é pela classificação para alguma dessas disputas. Isso porque apenas sete deles vão poder participar de outras temporadas do campeonato, que tem limite de idade – até 15 anos. Maria Rita Lima, da Albatroid, com 16 anos recém completados, está na quarta temporada e a saudade já começa a bater à porta. “A maior lição que eu aprendi com a robótica foi ser resiliente, que é uma característica da equipe. A gente lutou muito para chegar ao nacional e está buscando muito o internacional. Não sei nem a emoção que vou sentir caso consigamos a vaga”, disse a jovem.
Em situação inversa está a caçula da delegação brasiliense, Germana Gomes, de 11 anos, que participa de um torneio nacional pela primeira vez. A partir da próxima temporada, ela é a única da Legofield que vai poder continuar. “Por ser a última participação do resto da equipe, eu sinto que a responsabilidade para mim é muito grande. Se a gente conseguir o internacional, vou ficar feliz por já ter esse prêmio na primeira vez, e mais alegre ainda pelo fato de os meus amigos se despedirem do torneio com vitória”, afirmou.
O Torneio Sesi de Robótica tem o objetivo de despertar o interesse dos jovens por Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática. Foi criado em 1998 pela organização estadunidense For Inspiration and Recognition of Science and Technology (First), que trabalha em prol da inspiração e do reconhecimento da ciência e da tecnologia, em parceria com o grupo Lego. No Brasil, desde 2013, o Sesi é a instituição responsável pela organização das etapas regionais e da nacional.