Estudantes apresentam soluções para problemas das metrópoles 

Robótica Fotos Victor Hugo Pessoa08022020Desde sexta-feira, 7 de fevereiro, a escola de Taguatinga do Serviço Social da Indústria (Sesi) sedia a etapa regional do Torneio Sesi de Robótica First Lego League (FLL). Alunos de 21 equipes do Distrito Federal, de Mato Grosso, de Mato Grosso do Sul, da Paraíba e de Sergipe são avaliados em quatro categorias relacionadas ao tema da temporada 2019/2020: City Shaper — construindo cidades inteligentes e sustentáveis.

Uma das modalidades de avaliação são os projetos de pesquisa, em que os estudantes analisam problemas ambientais, estruturais e sociais ligados ao tema para criar soluções inovadoras ou aprimorar processos. De Mato Grosso, cinco alunos da equipe Brotherhood, do Sesi Escola Cuiabá, trouxeram para a competição um tijolo sustentável feito de terra, fibra de coco e cimento. “Nas pesquisas, descobrimos que aqui no Brasil tem muita gente com dificuldade financeira e que não consegue pagar ou financiar uma casa. Na alvenaria comum, cada metro quadrado de mão de obra e material custa cerca de R$ 1 mil e no nosso projeto, o custo é de R$ 10 a R$ 50”, explica Julia Carolina Talon, de 13 anos. A ideia, segundo ela, além de sustentável tem isolamentos térmico e acústico. Robótica Fotos Victor Hugo Pessoa08022020 1

Pela primeira vez em um torneio de robótica, a equipe Iron Star, do colégio La Salle de Águas Claras (DF), desenvolveu uma solução inspirada em um problema vivenciado por um dos integrantes do grupo e apresentou o projeto RARP. Trata-se de uma rampa portátil para pessoas que usam cadeiras de rodas. O nome é derivado das palavras rampa, acessibilidade, retrátil e portátil. “A ideia surgiu quando nossa amiga viajou com o avô e teve muita dificuldade de locomoção com ele. Nossa rampa é feita com policarbonato compacto, um material semelhante ao vidro, porém mais leve e mais resistente”, destaca Juliana Ramson, de 11 anos. De acordo com ela, a invenção tem o custo estimado de produção de R$ 150 e tem durabilidade de 15 anos.

Robótica Fotos Victor Hugo Pessoa08022020 2Já a equipe Cyborgs, do Centro de Excelência Master, de Aracaju (SE), desenvolveu uma solução pensada na coleta de resíduos. “Identificamos que na cidade havia muito lixo nas ruas e as pessoas não tinham a cultura de fazer o descarte no local certo, sujando as praias e trazendo doenças. Com isso, criamos o coletor inteligente, que identifica os resíduos e os separa em cinco categorias: papel, vidro, metal, plástico e orgânico”, conta Caio Mendonça, de 11 anos. O sistema criado por eles prevê uma bonificação para aqueles que contribuírem com a coleta. “As pessoas ganhariam pontos para depois trocar por descontos em contas de água e energia”.

Sesi-DF compete com seis equipes

Seis equipes do Sesi-DF participam da etapa regional do torneio: a Albatroid e a Albageek, formadas por alunos da escola de Taguatinga; a Bisc8 e a Ohana, de Sobradinho; e a Legofield e a Lego of Olympus, do Gama.

A Albatroid apostou na tecnologia para tentar diminuir os problemas de locomoção de pessoas com mobilidade reduzida ou com deficiência física. O grupo desenvolveu o Inclusion App, um aplicativo de celular que vai apresentar informações sobre a cidade, como as condições climáticas para que um cadeirante não sofra com enchentes, e listar os pontos com ônibus acessíveis, além de oferecer a possibilidade de pedir ajuda a voluntários cadastrados no aplicativo. Já a Albageek criou o Spacehortus — um contêiner itinerante para meditação —, que, por meio da cromoterapia, vai ajudar no relaxamento. A ideia dos jovens foi criar um espaço com isolamento acústico, aberto à população e gratuito para ajudar a diminuir o estresse.

De Sobradinho, a Bisc8 apostou no uso de garrafas PET para aperfeiçoar um antigo equipamento das cidades, tornando-o mais funcional e sustentável. Nomeada como Bisc – Bueiro Inteligente Sustentável Coletor, a solução dos alunos é um cesto com furos que será acoplado dentro das bocas de lobo para evitar o entupimento e, consequentemente, o alagamento das vias. Assim, vai facilitar o recolhimento do lixo e a limpeza dos bueiros. A equipe Ohana teve como foco a poluição do ar e, para tentar diminuir as consequências desse efeito, os estudantes desenvolveram um filtro que poderá ser utilizado no interior de fábricas e indústrias melhorando a qualidade do ar para os trabalhadores que ficam expostos a poluição. 

A Legofield, do Gama, preparou uma solução voltada para a poluição sonora: uma parede ecológica denominada E-WALL, que consiste em uma parede termoacústica que tem a função de reduzir ou até extinguir ruídos em locais internos. Além disso, é capaz de reduzir a entrada de calor externo no verão, enquanto, no inverno, reduz a perda de calor interno, dificultando troca de temperatura entre os ambientes interno e externo. Também do Gama, a Lego of Olympus buscou uma forma de melhorar a qualidade de vida das pessoas com dificuldade de locomoção. Eles identificaram que 88% dos pontos de ônibus do Distrito Federal não têm nenhum tipo de acessibilidade. Para solucionar esse problema, desenvolveram o Murb – plataforma elevatória nas paradas que levará a pessoa do ponto de ônibus até o transporte de forma segura.

Conheça as equipes do Sesi-DF.

Texto: Samira Pádua
Fotos: Victor Hugo Pessoa/Sistema Fibra
Assessoria de Comunicação do Sistema Fibra

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