A robótica como ferramenta de transformação

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Quem passa pelo Pavilhão da Bienal, em São Paulo, para visitar o Festival Sesi de Robótica nesse fim de semana, talvez não imagine que, por trás de todas aquelas pecinhas de montar e dos robôs que cumprem missões incríveis, estão histórias de transformação, muito aprendizado e amizades que são levadas para a vida. O evento, aberto ao público, ocorre até amanhã, dia 8 de março, sediando as competições de First Lego League (FLL), First Tech Challenge (FTC) e F1 in Schools.

O Serviço Social da Indústria (Sesi) é o responsável pelas etapas regionais e nacionais da FLL desde 2013. E as escolas do Sesi-DF participaram de todas as temporadas desde então, com uma história de sucesso para a capital federal. Depois de sete anos de robótica, é possível ver os frutos da dedicação dos jovens e a paixão deles pelo mundo dos robôs.

Belos exemplos de como a robótica muda a vida das pessoas vêm de cinco jovens ex-alunos do Sesi-DF. De competidores, eles passaram a mentores, técnicos e até mesmo a juízes. Além de não terem encerrado a história nos torneios, estão trazendo novas gerações para terem a mesma experiência.

fll festival serejoGabriel Serejo, de 20 anos, foi estudante do Sesi Gama, e participou das últimas cinco temporadas da FLL, sendo duas como competidor, uma como mentor e duas como juiz de mesa. "A robótica mudou minha vida", resumiu o jovem, que além de ter os robôs como hobby também os têm como profissão, pois dá aulas de robótica em uma escola particular do DF. A paixão pelo torneio contaminou a família e, hoje, o irmão mais novo, Bernardo Serejo, de 14 anos, participa da sua primeira competição nacional pela Legofield, do Sesi Gama.

O xará de Serejo, Gabriel Álvares, de 20 anos, um dos técnicos da Albatroid, já está em sua sexta temporada — três como competidor, duas como mentor e uma como técnico — e, ao falar sobre a robótica, se emociona. "A robótica é tudo na minha vida. Eu vivo disso: o curso que eu faço na faculdade, que é Física, veio disso; o meu trabalho em sala de aula, veio disso; minhas amizades vieram disso", disse.

E o grupo de amizades de Gabriel Álvares e Gabriel Serejo reúne muitas conquistas e medalhas em temporadas de robótica. Com os dois, estão Sillas Reis, de 19 anos, técnico da Bisc8, na robótica há quatro temporadas; Gabriel de Jesus, de 20 anos, mentor da Legofield, e está em sua sexta temporada; e Lucas Sampaio, de 18 anos, atualmente, juiz de design do robô, e o mais experiente do grupo de amigos: esta é a sétima temporada dele. 

"Nós participamos do mundo da robótica desde pequenos e isso fez com que criássemos uma amizade muito forte. Estamos nas casas uns dos outros, viramos irmãos e isso foi se construindo durante os torneios", explicou Gabriel Álvares.

Todos eles tiveram suas escolhas profissionais e seus futuros impactados pela robótica. "A robótica para mim é um multiplicador de oportunidades. Ela abre portas na vida, a gente faz contato com muitas pessoas no Brasil e no mundo. Mudou minha vida e fez que de um menino tímido, eu me transformasse em um garoto extrovertido, que gosta muito de aprender", diz Lucas. Ele conta que foi aprovado em duas universidades federais, em uma para Física e na outra para Engenharia Elétrica, e acredita que a participação na robótica foi fundamental para ele ter esses resultados. "Muitos dos assuntos que caíram nas provas estavam fixados na minha cabeça por causa da aprendizagem dinâmica que a robótica me proporcionou". Sillas completou o amigo dizendo que ele também teve uma transformação de personalidade. "Mudou muita coisa na minha vida. Eu era um aluno mal comportado e a robótica me ensinou muitas coisas que me ajudaram a ser quem eu sou hoje."

De parte da história de sete anos de robótica educacional no Sesi-DF, participou Elisângela Machado, hoje Interlocutora de Tecnologias Educacionais. "Acredito no poder que a robótica tem de transformar a vida das pessoas. É muito além de montar peças, é uma estratégia pedagógica na qual robôs são uma aprendizagem significativa. É um projeto de vida."

Segundo dia de competição

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Nesse sábado, a programação da competição da FLL durante o Festival Sesi de Robótica contou com dois rounds oficiais no desafio da mesa e avaliações das equipes que não passaram pelas salas dos juízes ontem. Também foram divulgados os times que passariam por reavaliações e em quais categorias seriam analisados novamente.

As três equipes do DF – Albatroid, Bisc8 e Legofield – foram convocadas para reavaliação. Segundo os técnicos, ser reavaliado é positivo pois é um sinal de que os juízes se interessaram pelos projetos, gostaram do design do robô e das apresentações do core values e querem mais informações.

O sábado terminou com a Festa da Amizade, momento tradicional nos torneios de robótica, para que os 1.500 competidores das três competições pudessem interagir e relaxar. Amanhã, as equipes terão mais um round do desafio do robô e as mesas finais. À tarde, será realizada a cerimônia de premiação e a divulgação das equipes classificadas para os torneios internacionais com transmissão ao vivo pelo Facebook do Sesi-DF.

Texto: Aline Roriz
Fotos: Aline Roriz/Sistema Fibra
Assessoria de Comunicação do Sistema Fibra

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