Nova temporada de FLL desafia estudantes a movimentar o corpo por meio do esporte
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- Última Atualização: Quinta, 27 Agosto 2020 17:19

A nova temporada do Torneio Sesi de Robótica 2020/2021 foi oficialmente lançada no Brasil nesta sexta-feira (21), e tem o tema "RePLAY - esportes e brincadeiras que movimentam o corpo e evitam o sedentarismo". De acordo com a organização internacional que realiza o evento, a For Inspiration and Recognition of Science and Tecnology (First), as atividades que nos motivam física e mentalmente mudaram muito nas últimas décadas, o que nos desafia a usar ainda mais a nossa criatividade, imaginação e senso crítico para encontrar novas formas e locais de movimento.
Para marcar o lançamento da nova temporada, o operador oficial do Torneio de Robótica First Lego League (FLL) no Brasil - Serviço Social da Indústria (Sesi) - realizou um evento totalmente on-line, que contou com a presença de Aline Silva, atleta de Luta Olímpica (ou Wrestling) e idealizadora do projeto Mempodera, que trabalha com crianças e jovens ensinando inglês e a modalidade esportiva. As inscrições devem ser abertas em outubro e os torneios regionais devem ser realizados a partir de janeiro de 2021.
“No momento em que o mundo encara uma grave pandemia, é muito importante desafiar as novas gerações a pensarem em formas de usar a tecnologia na redução do sedentarismo, a repensarem as brincadeiras, as competições e os espaços de suas comunidades destinados à prática de exercícios”, explica o diretor de operações do Sesi, Paulo Mól.
Robótica valoriza o trabalho em equipe
A atleta Aline Silva espera inspirar os jovens robóticos por meio de sua história, que foi transformada graças ao esporte e, também, pelos projetos desenvolvidos pela atleta que buscam a inclusão das meninas no mundo da luta esportiva. “Não tem como falar de educação sem falar de esporte. Por isso, eu achei o máximo! Para mim faz todo o sentido este tema da nova temporada”, afirma a atleta.
Na visão dela, os avanços tecnológicos trouxeram diversos benefícios para a vida das pessoas. Por outro lado, acabou aumentando o sedentarismo. “Hoje em dia os pais precisam insistir para as crianças irem brincar, porque elas não querem mais largar os eletrônicos”, explica.
Além disso, Aline Silva destaca o aspecto colaborativo das competições de robótica, que estimulam a empatia e o trabalho em equipe. “Sempre digo que minha modalidade de luta é individual, mas sem o apoio de uma equipe, de um parceiro de treino, eu não sou ninguém, então, o trabalho em equipe é um requisito necessário em qualquer carreira”, explica.
O lançamento da nova temporada também contou com o professor e membro do Grupo de Estudos e Pesquisas Epidemiológicas em Atividade Física e Saúde da Universidade de São Paulo (USP), Douglas Roque Andrade, falando sobre os desafios de manter uma vida saudável em tempos modernos.
A nova temporada já começou!
Com o lançamento oficial da nova temporada, as escolas e os jovens interessados em participar da maior competição de robótica educacional do país já podem conhecer o tema RePLAY e o desafio desta temporada. No site do Torneio de Robótica, também traz o passo a passo da montagem das equipes com jovens de 9 a 16 anos, da preparação para o desafio. As equipes selecionadas nas etapas regionais ganham um lugar no torneio nacional, o Festival Sesi de Robótica.
Assim como nas outras temporadas, nesta edição, os estudantes serão avaliados pelo projeto de inovação e pesquisa, capacidade de trabalhar em equipe (core values), e desafio do robô, realizado nas arenas.
Para o projeto de pesquisa, os estudantes terão que:
- Identificar um problema que faz com que as pessoas não sejam ativas o bastante (A Organização Mundial de Saúde recomenda um mínimo de 30 minutos por dia de atividade aeróbica);
- Realizar pesquisas sobre o problema escolhido pensando em possíveis soluções;
- Desenvolver uma ideia ou tecnologia capaz de resolver o problema, ou melhorar soluções já existentes;
- Criar um protótipo da solução escolhida pela equipe para ajudar as pessoas a serem mais ativas. No desafio do robô, as equipes terão dois minutos e meio para realizar o maior número de missões possíveis na arena (ou tapete).
Sucesso na última temporada
Na temporada passada, o tema escolhido pela First foi Cidades Inteligentes, e as equipes de estudantes precisavam criar projetos capazes de melhorar o dia a dia das pessoas nas grandes cidades. Composto antiescorregamento na pista, sensor que previne enchentes enviando mensagens em tempo real para os orgãos de defesa civil, e dezenas de outros projetos chamaram atenção, não apenas dos juízes, mas de gestores públicos (prefeitos, secretários) interessados em implementar as soluções criadas por crianças para problemas de adultos, como acidentes e engarrafamentos.
Após a realização dos regionais, aproximadamente 1,5 mil estudantes de equipes de mais de 500 escolas das redes pública e privada, com idades entre 9 e 18 anos, participaram do evento como competidores na modalidade First Lego League. Um destaque da temporada foi o grande número de meninas inscritas: elas já são quase a metade do total de estudantes.
Na última edição, a grande vencedora do torneio na categorias FLL nacional foi a mineira Turma do Bob, do Sesi de Governador Valadares. O torneio também contou com duas indicações e uma premiação no Global Innovation 2020. Considerada a grande premiação no quesito inovação da robótica educacional, o prêmio busca destacar projetos que apresentem soluções de forma sustentável, dentro do tema de cada temporada. A equipe de robótica educacional Sesi Biotech, do Sesi de Barra Bonita (SP), conquistou o Community Choice Award pelo projeto capaz de resolver problemas de rachaduras no asfalto.
O Torneio Sesi de Robótica 2019/2020 também reuniu competidores nas categorias First Tech Challenge e F1 in Schools, tendo selecionado estudantes brasileiros para outras competições internacionais, como a equipe Spark, do Sesi de Santa Catarina, selecionada para participar do mundial de F1 em Cingapura.
Texto: Agência CNI
Assessoria de Comunicação do Sistema Fibra