Vira Vida promove passeata em prol do combate à violência contra crianças e adolescentes

18 5 2021 Vira vida Foto Victor Hugo Pessoa Capa3A equipe multidisciplinar do Vira Vida reuniu nesta terça-feira, 18 de maio, alunos da 13º turma do programa para uma ação de conscientização sobre o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A programação contou com palestra, bate-papo sobre o tema, confecção de cartazes e uma passeata ao redor da unidade São João XXIII do Serviço Social da Indústria do Distrito Federal (Sesi-DF), no Gama, que atende adolescentes e jovens de 15 a 21 anos em situação de extrema vulnerabilidade social.

O objetivo da ação foi levar aos estudantes do programa informações sobre as entidades e os órgãos que formam a rede de proteção, os tipos de crimes, os canais de denúncias e sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, além de conscientizar a população da região sobre a violência contra menores de idade. “É preciso que todos saibam identificar sinais de violência e onde procurar ajuda. As pessoas devem conhecer as políticas públicas e entender quais os direitos como cidadão. Por isso, a importância de transmitir esse conhecimento a elas”, explica a coordenadora do programa no DF, Cida Lima.

A assistente social do Vira Vida Aline dos Santos afirma que a ideia é de que os jovens se tornem agentes multiplicadores e consigam ajudar outras pessoas. “O acesso a mecanismos e ferramentas que protejam a vida e o bem-estar do próximo é algo transformador. A proteção e a prevenção podem evitar novos casos de abuso e o aumento no número de crimes.” A profissional alerta que a maioria das situações ocorrem no ambiente intrafamiliar. “Trabalhamos o autocuidado e a educação sexual para que eles saibam diferenciar os tipos de tratamento que recebem. O lema que prego é Esquecer é Permitir, Lembrar é Combater.”

18 5 2021 Vira vida Foto Victor Hugo Pessoa Capa2A metodologia do Vira Vida é dividida em quatro eixos: capacitação para o mercado de trabalho, que vai da educação básica a cursos de formação profissional; qualidade de vida, que inclui cuidados com a saúde física e mental; empregabilidade, que é o encaminhamento a programas de aprendizagem, estágio ou emprego formal; e desenvolvimento humano, que trata da elevação da autoestima e do fortalecimento de vínculos.

No contexto desse último, os alunos participam de terapia comunitária, um espaço de escuta para o resgate da identidade e da confiança em si. “18 de maio representa também um pouco desse trabalho. Reforça a importância de discutir o assunto e as marcas deixadas por essa violência. Aprendi que temos de replicar ações como a de hoje, seja em uma conversa com os amigos ou nas redes sociais”, diz Matheus*, de 17 anos.

18 de maio
A data foi instituída pela Lei nº 9.970/2000 e é um marco da mobilização contra a violência sexual. Além disso, relembra o crime bárbaro contra Araceli Crespo, de 8 anos, nascida em Vitória (ES). A menina foi sequestrada, violentada e assassinada. O crime, que chocou o País em 1973, ficou impune.

A proposta do dia é mobilizar, sensibilizar, informar e convocar a sociedade a participar da luta.

Histórico
As atividades da 13ª turma do Vira Vida começaram em dezembro de 2019, com 100 alunos participantes. Durante o período de adaptação, seis jovens optaram por não continuar no programa. Em 2020, a proibição de aulas presenciais como medida de controle da disseminação do coronavírus resultou na evasão de outros 16 meninos e meninas.

Atualmente, as aulas para os 78 alunos ocorrem presencialmente seguindo um protocolo de medidas sanitárias, que observa vários pontos como o acesso à unidade, distanciamento social, limpeza e desinfecção dos espaços. Para entrar no Sesi São João XXIII todos passam por medição de temperatura e há vários pontos de álcool em gel na unidade e o uso de máscaras é obrigatório.

Também foi adotada redução do número de estudantes na sala de aula. Já nos encontros de qualificação profissional, com aulas aplicadas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do DF (Senai-DF) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do DF (Senac-DF), há opção de ir presencialmente ou de assistir online.

O momento de desenvolvimento humano, que era compartilhado com todo grupo, foi dividido em quatro subgrupos, sendo duas turmas nas terças-feiras e as outras nas quintas-feiras, cada uma em um turno diferente, com atividades presenciais e virtuais.

*Nome fictício, em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente.

Texto: Dayane dos Santos
Fotos: Victor Hugo Pessoa/ Sesi-DF
Assessoria de Comunicação do Sesi-DF
 
Veja a galeria de imagens: 

Vira vida, 18 de Maio.

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