Setenta e cinco jovens se formaram na 13ª turma do Vira Vida

O Centro Cultural Sesi, em Taguatinga, recebeu na quarta-feira, 29 de setembro, a cerimônia de formatura da 13ª turma do Vira Vida. A solenidade marcou o fim de um ciclo para 75 adolescentes e jovens, que durante 21 meses frequentaram aulas de educação básica, de formação profissional e foram acompanhados por equipes multidisciplinares nas áreas psicológica, pedagógica e de assistência social.Formatura viravida SesiDF 2 FotoBrunoFrauzino29092021

As atividades do grupo começaram em dezembro de 2019, com 100 alunos participantes. Durante o período de adaptação e devido a pandemia da covid-19, 25 jovens optaram por não continuar no programa. Diferente do ocorrido em grupos anteriores, parte das aulas da turma 13 teve que ocorrer de forma virtual, em atendimento a determinação do governo do Distrito Federal para controle da disseminação do coronavírus. Em setembro de 2020, os jovens voltaram a participar das atividades presenciais no Sesi São João XXIII, no Gama, unidade do Serviço Social da Indústria do DF (Sesi-DF) dedicada exclusivamente ao programa.

Na abertura da cerimônia, o presidente da Federação das Indústrias do DF (Fibra) e diretor regional do Sesi-DF, Jamal Jorge Bittar, destacou a importância da iniciativa. “A ação representa o pagamento de uma dívida da sociedade com esses meninos e meninas, que em algum momento tiveram a dignidade e sonhos roubados. No Vira Vida, eles são resgatados e têm seus direitos garantidos. Além disso, saem preparados para o mercado de trabalho.” A inserção socioprodutiva é o último eixo metodológico do projeto, que encaminha o grupo para programa de aprendizagem, estágio ou emprego formal. Até o dia da formatura, 50 alunos estavam empregados.

A metodologia do Vira Vida é dividida em mais outros três eixos: capacitação, que vai da educação básica a cursos de formação profissional; qualidade de vida, que inclui cuidados com a saúde física e mental; e desenvolvimento humano, que trata da elevação da autoestima e do fortalecimento de vínculos.

“Transformação é a palavra que define o Vira Vida para mim. O projeto me devolveu o sentido da vida e me deu inúmeras oportunidades. Posso dizer que as maiores foram o crescimento pessoal e educacional. Conquistei uma bolsa integral em uma faculdade particular”, afirma o aluno Gustavo*, de 22 anos. Ele faz o curso tecnólogo em Segurança da Informação e a previsão de conclusão é em 2022. A conquista da bolsa foi ao vencer um concurso de redação da Defensoria Pública do DF, parceira do programa.

Formatura viravida FotoMoacirEvangelista29092021O Vira Vida tem apoio de instituições do Sistema S — Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Serviço Social do Comércio (Sesc), Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O governo local e o Ministério Público do DF também são parceiros.

Na formatura, os alunos e a equipe multidisciplinar do projeto homenagearam Mariana Medeiros, que integrava a equipe do Vira Vida e morreu no ano passado, após ser internada por complicações decorrentes da covid-19. Eles entregaram aos filhos dela um buquê de flores e fizeram a leitura de um poema, feito especialmente para ela por um dos jovens.

Histórico
O Vira Vida foi criado pelo Conselho Nacional do Sesi em 2008 para atender rapazes e moças em situação de vulnerabilidade social. Em Brasília, o Sesi-DF executa o programa desde 2009 e já formou 574 jovens, de 15 a 21 anos, em 13 turmas.

Em 2019, a Secretaria de Justiça e Cidadania assinou um termo de convênio para a execução da 13ª turma. Foram destinados R$ 4 milhões por meio de emenda parlamentar do deputado distrital Rodrigo Delmasso (Republicanos), que destina recursos públicos ao projeto desde 2016. “Os recursos para a 14ª turma, que começará em 2022, já estão garantidos. Vamos dar sequência a esse programa de formação social”, afirmou o distrital.

“Acredito no programa e no poder da educação como forma de garantir aos jovens atendidos uma inclusão produtiva e igualdade de oportunidades”, disse a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani.

*Nome fictício, em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente.

Texto: Dayane dos Santos
Foto do grupo: Bruno Frauzino/Sesi-DF
Foto da entrega do canudo: Moacir Evangelista/Sesi-DF
Assessoria de Comunicação do Sesi-DF

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