Sesi lança temporada 2023/2024 da robótica

Lançamento temporada de robótica Foto Gilberto Sousa CNI capaQue os trabalhos comecem! O Departamento Nacional do Serviço Social da Indústria (Sesi) lançou, nessa segunda-feira, 18 de setembro, a temporada 2023/2024 da robótica. Esse é o ponto de partida para que estudantes de escolas públicas e particulares e da rede Sesi de todo o Brasil se preparem para os torneios regionais, nacional e internacionais, que ocorrem de novembro deste ano a agosto do ano que vem.

Em parceria com a organização internacional sem fins lucrativos First e a Fórmula 1, o Sesi realiza, no Brasil, as competições para estudantes de 9 a 19 anos, que projetam e constroem robôs de pequeno e grande portes e réplicas em miniaturas de carros de corrida.

O grande tema desta temporada é First in Show, que exigirá dos estudantes não só conhecimentos de ciências, tecnologia, engenharia e matemática — o chamado STEM — como também muita criatividade para explorar o mundo das artes.

Na live de lançamento dessa segunda-feira, o Sesi apresentou o embaixador da temporada, o artista digital e fundador da 2050, Gean Guilherme, mais conhecido como Gean CG. Para inspirar os competidores, ele contou como explora todas as possibilidades das tecnologias imersivas tridimensionais, com trabalhos que inspiram, provocam e têm impacto social. 

"Minha inspiração vem do lugar que fui criado, o morro Santo Amaro, e do meu cotidiano. Eu olho para um lugar, vejo a necessidade de mudança e uso as ferramentas ao meu redor para fazer essa mudança. Enxerguei na tecnologia uma forma de trazer essas ideias para o mundo real”, resumiu.

Paulo Mól, diretor de Operações do Sesi, explica que o tema da temporada é artes e, nada melhor do que iniciar o ano da robótica no Sesi Lab, espaço inédito localizado em Brasília que conecta arte, ciência e tecnologia. “Nessa temporada, o Sesi vai dar o seu melhor e vocês vão fazer o mesmo. Assim, os resultados vão aparecer”, disse, com entusiasmo.

Os estudantes também puderam conhecer, na transmissão, as novidades e os desafios deste ano para três modalidades: a First Lego League Challenge (FLL), a First Tech Challenge (FTC) e o F1 in Schools.

First Tech Challenge (FTC)

O que é: a partir de um kit básico e da criatividade para utilizar diferentes materiais, os estudantes constroem e programam robôs de até 19 quilos, que precisam realizar uma série de atividades, como carregar blocos e empilhar cones. Eles também apresentam portfólio de engenharia para detalhar a criação e o funcionamento dos robôs. 

Subtema da temporada: Centerstage

A FIRST divulgou o desafio do robô de FTC no dia 9 de setembro e agora os competidores têm até o torneio nacional, no ano que vem, para desenvolver o robô e os projetos.

Novidade deste ano: Segundo Filipe Ghesla, da STEMOS, nesta temporada, os estudantes terão um desafio já na estratégia de construção do robô, em optar por fabricá-lo mais alto ou mais baixo, dependendo da forma como eles querem que ele se locomova melhor na arena e escale a barra. Além disso, as equipes terão que trabalhar com papel para fabricar os aviões, um material mais delicado para as garras dos robôs.

First Lego League (FLL) Challenge

O que é: estudantes de 9 a 15 anos formam equipes de dois a dez integrantes para construir robôs feitos de peças de Lego, que devem cumprir uma série de atividades e somar o máximo de pontos em 2 minutos e meio, em três rounds. O time ainda é responsável por idealizar e criar um projeto de inovação, que é uma solução para um problema real dentro da temática da temporada.  

Subtema da temporada: Masterpiece

As equipes começaram os trabalhos para as seletivas regionais, que ocorrem de novembro a fevereiro e classificam para o grande torneio nacional.

Novidade deste ano: membro do Comitê Nacional de Avaliação, Adriano Machado chamou a atenção para as missões, cheias de cores e elementos, que são acionadas por alguma tecnologia que potencializa a experiência do público com um tipo de arte. “O robô deve estar preparado para acionar e transformar essa experiência. Podemos esperar das equipes um trabalho de engenharia bem elaborado, porque temos missões mais altas, com acionamentos múltiplos, que exigem estratégias além de construir robô, com funcionalidade eficiente”, adiantou.

Lançamento temporada de robótica Foto Gilberto Sousa CNI 2

F1 in Schools

O que é: no programa educacional da Fórmula 1, estudantes montam escuderias de três a seis integrantes e constroem um carro em miniatura, réplica dos carros oficiais de corrida, que, impulsionados por um cilindro de CO2, chegam a 80 km/h. Eles também montam um plano de negócios e de marketing para promover a escuderia.

Alguns estados realizam seletivas regionais, que ocorrem com a FLL, de novembro a fevereiro. Na maioria dos estados, porém, as equipes disputam direto o nacional para tentar uma vaga no mundial, que ocorre sempre com uma etapa do circuito oficial de Fórmula 1.

Novidade deste ano: Waldemar Battaglia, coordenador brasileiro de F1 in Schools, explica que os carros estão cada vez mais modernos e semelhantes aos de Fórmula 1. “Nos carros de agora, por exemplo, a asa dianteira tem três alertas, não é uma coisa cheia, como o carro da Fórmula 1. As traseiras são mais largas e mais separadas do que nas rodas dianteiras. Nós temos o halo e o capacete, que antes não tinham, que dá uma figura mais humana ao carro. O sistema de frenagem também mudou, deixou de ser aquelas escovas e passou a ser preado pelo halo. Isso evita do carro se chocar ao final da pista e quebrar”, alertou.

Lançamento temporada de robótica Foto Gilberto Sousa CNI 4

E a First Robotics Competition (FRC)?

Com o tema Crescendo, a FRC tem um calendário diferente, já que o lançamento do desafio do robô é só em janeiro do ano que vem, apenas seis semanas antes de começarem os regionais que classificam para o mundial, em abril. Essa será a segunda temporada que o Sesi realiza o regional brasileiro, o único evento classificatório da América Latina para o mundial de Houston.

Semelhante à FTC, a FRC é mais complexa porque os robôs são de porte industrial e chegam a 56 quilos e 2 metros de altura. Também precisam realizar atividades na arena, como se equilibrar em uma plataforma. A competição é bastante consolidada lá fora, onde os times são patrocinados por grandes empresas, como General Motors, Apple, Xerox, Google, GE Energy e Toyota, que acabam utilizando o torneio para identificar talentos.

Quer ver como foi a live? Clique aqui.

Texto: Marcella Trindade, da Agência de Notícias da Indústria
Fotos: Gilberto Sousa/CNI

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