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Última Atualização: Sexta, 08 Dezembro 2023 15:51

Na sexta-feira e no sábado, 8 e 9 de dezembro, o ginásio do Sesi Taguatinga sediará a etapa do Distrito Federal do Torneio Sesi de Robótica First Lego League (FLL) Challenge. Estão inscritas 21 equipes do DF, de Goiás, de Mato Grosso, de Mato Grosso do Sul e de Rondônia.

O evento é aberto ao público, que poderá conhecer os projetos das equipes e acompanhar as disputas na sexta (8), das 10 horas ao meio-dia e das 14 às 17 horas, e no sábado (9), das 10 horas ao meio-dia. As finais serão a partir das 13 horas de sábado e a cerimônia de premiação está marcada para as 15 horas. O Sesi Taguatinga fica na QNF 24, Área Especial, em Taguatinga Norte.

A temporada 2023/2024 de competições da organização norte-americana First — que promove o interesse de crianças e jovens de várias partes do mundo nas áreas de ciências, tecnologia, engenharia e matemática — tem como grande tema First in Show, que exige também muita criatividade para explorar o mundo das artes. Na FLL, o subtema é Masterpiece.

O Serviço Social da Indústria (Sesi) é o operador da competição no Brasil desde 2013. O torneio local é organizado pelo Sesi-DF. O resultado será anunciado na tarde de sábado. Os times concorrem a vagas no torneio nacional, previsto para o fim de fevereiro.

Como funciona a competição
As equipes, formadas por estudantes de 9 a 15 anos liderados por dois técnicos adultos, competem em quatro categorias: desafio do robô, design do robô, projeto de inovação e core values. No desafio do robô, os grupos participam de rounds de dois minutos e meio em que devem cumprir uma série de missões em uma arena temática e somar o máximo de pontos com robôs autônomos elaborados e programados por eles com a tecnologia Lego Mindstorms.

Seguindo o tema Masterpiece, nas missões, cheias de cores e elementos visuais, os robôs deverão ativar alguma tecnologia que potencialize a experiência com um tipo de arte. Os acionamentos múltiplos exigiram dos estudantes estratégias além de construir o mecanismo.

No quesito design do robô, são avaliados, entre outras coisas, o processo de criação do robô pela equipe e os testes de código de programação.

Para desenvolver o projeto de inovação, nesta temporada as equipes foram desafiadas a explorar o uso de tecnologia e das artes para ajudar outras pessoas a participar de atividades que amam fazer. A proposta dessa categoria é que os times pesquisem uma problemática real e apresentem uma solução.

Nos core values (valores fundamentais), os juízes observam se: a equipe explorou novas habilidades e ideias, utilizou criatividade e persistência para solucionar problemas, aplicou o que aprendeu para melhorar o mundo, demonstrou respeito e acolheu as diferenças, trabalhou em equipe durante toda a jornada e se divertiu e celebrou as conquistas.

Conheça as equipes do Sesi-DF
Das 21 equipes inscritas na etapa do Distrito Federal do Torneio Sesi de Robótica FLL Challenge, seis são formadas por alunos da Rede Sesi-DF de Educação: Albatroid, Atomics, Bisc8, Hawkings, Lego Field e Lego of Olympus.

Conheça as equipes das escolas Sesi-DF e os respectivos projetos de inovação:

Albatroid
A equipe Albatroid, do Sesi Taguatinga, desenvolveu o projeto SurdoMusic. É uma pulseira para pessoas surdas que, ao ser conectada por bluetooth a um aparelho celular, converte o som em vibração e proporciona uma experiência musical inclusiva.

“Nós juntamos a equipe e conversamos com especialistas, que nos explicaram que os surdos sentem a vibração e gostam muito de música. Então pensamos em algo que não incomodaria e que traria uma experiência agradável”, explica a estudante do 7º ano do Ensino Fundamental Isa Dora Campos, de 13 anos. “A pulseira que vibra de acordo com o ritmo da música foi pensada para ser algo mais prático no dia a dia, porque já existem soluções assim como coletes e mochilas, mas são para shows”, completa.

Atomics
Permitir que pessoas com deficiência visual apreciem telas e gravuras por meio de um robô que reproduz os desenhos em alto relevo é a solução da equipe Atomics, do Sesi Taguatinga. “Ele transforma uma obra visual em tátil de forma autônoma e automática. A gente passa as coordenadas do desenho e o robô trabalha por meio de braços mecânicos”, detalha o aluno do 8º ano do Ensino Fundamental Gustavo Rafah Souto, de 14 anos. “Vai ser uma oportunidade incrível de eles conhecerem melhor a produção artística”, diz.

A ideia, intitulada Touchart, surgiu após o grupo entender, por meio de pesquisas, que conhecer obras em museus depende, em grande parte, da visão e que nem todas as peças artísticas podem ser tocadas, dificultando a percepção delas por pessoas com deficiência visual.

Bisc8
O projeto da equipe Bisc8, do Sesi/Senai Sobradinho, é o Rabisc — um giz de cera com menos impactos ambientais e riscos à saúde que traz entre os ingredientes cera de palma e óleo de pequi. “O Rabisc é sustentável e sem matéria-prima de origem animal. Substitui a cera de abelha e a cera de carnaúba por óleo de pequi e cera de palma, que é barata e tem um processo de extração menos prejudicial ao meio ambiente”, explica o estudante da 1ª série do Novo Ensino Médio Guilherme de Castro, de 15 anos, ao comparar os ingredientes tradicionais com os utilizados para a invenção.

“O giz de cera tem importância muito grande na iniciação artística e no desenvolvimento motor das crianças. Toda criança precisa dele em algum momento, e a gente preferiu criar um que não agrida o meio ambiente nem a saúde”, completa Guilherme.

Hawkings
A ideia da equipe Hawkings, do Sesi Taguatinga, é um robô-guia para auxiliar pessoas com deficiência visual, com deficiência auditiva ou estrangeiras a se locomover em eventos. O protótipo dos estudantes é um robô programado para percorrer uma área que simula o ambiente de um show.

Aluno do 9º ano do Ensino Fundamental, Henrique Neves, de 14 anos, acredita que a proposta possibilitará a inclusão de diversos públicos em um mesmo show. “Por exemplo: em um evento, vai haver um estande com vários robôs-guia e alguém para atender o público e programar o robô para ele ir aonde a pessoa necessitar, como o banheiro e o palco”, detalha.

Lego Field
A equipe Lego Field, do Sesi Gama, apresentará o 3DO, que consiste em peças de silicone que se encaixam nas hastes de óculos de grau e de óculos 3D para proporcionar maior conforto a quem os utiliza ao mesmo tempo para ver filmes.

“A gente percebeu que uma das principais problemáticas no cinema é a falta de acessibilidade para essas pessoas. O desalinhamento dos centros dos dois óculos causa desconforto enorme e pode provocar sintomas como náuseas, dor de cabeça e dor nos olhos”, pontua a estudante da 1ª série do Novo Ensino Médio Luísa Nobre, de 15 anos. “A temporada Masterpiece envolve vários tipos de arte e uma das artes mais influentes é o cinema”, justifica a aluna, sobre o foco escolhido pelo grupo para trabalhar.

Lego of Olympus
Apolo é o nome do projeto desenvolvido pela equipe Lego of Olympus, do Sesi Gama. Trata-se de um sistema de acessibilidade para galerias e museus de arte voltado à pessoa com deficiência visual. Por meio de receptores e emissores com tecnologia infravermelha, os visitantes receberão informações sobre as obras.

“Nosso projeto consiste em um fone e em um token, que fica embaixo da obra. Quando a pessoa chegar perto da obra, o fone vai reconhecer o token e soltar uma audiodescrição detalhada com sons e ruídos que remetem à obra”, explica Iane Lemos, de 14 anos, aluna do 8º ano do Ensino Fundamental.

Matrículas abertas para 2024
A Rede Sesi-DF de Educação está com matrículas para o ano letivo de 2024. Há vagas para o Novo Ensino Médio nas escolas do Gama, do Setor de Indústrias Gráficas (SIG), de Sobradinho e de Taguatinga. O Gama e Taguatinga oferecem também os anos finais do Ensino Fundamental (do 6º ao 9º). As quatro escolas têm aulas nos dois turnos: matutino, das 7h10 às 12h30, e vespertino, das 13h10 às 18h30.

Para mais informações, ligue para o Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) do Sesi-DF, pelo telefone (61) 4042-6565, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 18h30.