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Última Atualização: Sábado, 07 Dezembro 2024 22:54

Com o objetivo de contribuir para a popularização do ensino da robótica e para a disseminação da cultura maker, o Serviço Social da Indústria do Distrito Federal (Sesi-DF), com o apoio do Departamento Nacional do Sesi, apadrinhou oito equipes de sete escolas da rede pública de ensino local para participar da etapa do DF do Torneio Sesi de Robótica First Lego League Challenge (FLLC), da qual a instituição é anfitriã. A competição, realizada no Sesi Taguatinga, teve início na sexta-feira, dia 6, e se encerra neste sábado, 7 de dezembro. Além de brasilienses, há equipes de Goiás e de Mato Grosso.

Os times apoiados receberam tapete da temporada, mesa e kit Lego para montagem dos robôs, além de acompanhamento e capacitação técnica. O tapete, disposto na mesa, conta com missões a serem executadas de forma autônoma pelo robô projetado e programado pelos estudantes.

Entre as equipes apadrinhadas está a estreante Fênix, da Escola Classe 64 de Ceilândia. “Montar o robô exigiu tempo e paciência, mas isso amplia a criatividade. A gente já tinha esse contato com programação antes, com o Arduíno [plataforma de prototipagem eletrônica], mas, com a First Lego League, a gente teve ainda mais e isso aprimorou nossas capacidades, a união do grupo e a coordenação motora”, avalia Emily Santos, de 14 anos. A estudante do 8º ano do Ensino Fundamental é um dos cinco integrantes da equipe.

A Fênix também tem uma aluna do Ensino Médio como mentora e dois técnicos — Marlon Santos é um dos docentes nessa função. “Foi muito bom ver os alunos calculando ângulo e velocidade, coisas que aprenderam em sala de aula, para montar o projeto”, diz o professor de Matemática e suas Tecnologias.

Das 30 equipes que participam do torneio, 15 são de escolas públicas do DF e de Goiás, 14 são escolas privadas — seis da própria Rede Sesi-DF de Educação — e uma é a chamada equipe de garagem, formada por grupos de amigos. Elas disputam troféus e vagas para a etapa nacional, em 2025, da qual sairão competidores para torneios internacionais.

Para a gerente de Atendimentos Educacionais Especializados da Secretaria de Educação do DF, Lucilene Barbosa, competir no Torneio Sesi de Robótica FLLC é uma oportunidade a mais para o desenvolvimento dos estudantes. “É um momento riquíssimo de aprendizagem e de desafios — e a educação é imbuída de desafios! Aqui, os estudantes têm a chance de desenvolver suas habilidades cognitivas e abraçar esses desafios”, resumiu a representante da Secretaria de Educação, que compareceu ao primeiro dia do torneio.

Gerente de Desenvolvimento e Tecnologia Educacional do Sesi-DF, Thaysa Tonhá avalia que as atividades desempenhadas no processo da cultura maker, como o envolvimento com inovação e pesquisa, são altamente requisitadas pelo mercado de trabalho. “A cultura maker tem como base a criação. É um espaço no qual os estudantes podem criar, lançar mão de suas competências e habilidades para a resolução de um problema”, explica.

A emoção da primeira experiência
Para algumas equipes, o ambiente da robótica já é familiar, para outras, é universo em exploração. É o caso da SennaBots, formada por sete estudantes do Colégio Estadual Ayrton Senna da Silva, de Águas Lindas (GO).

“É uma experiência única. Dá um pouquinho de trabalho, mas é maravilhosa a sensação de montar um robô e programá-lo. A expectativa é que a gente chegue pelo menos em terceiro lugar, mas, se não chegar, o que importa é a participação, a emoção que é estar neste projeto”, afirma Carliane Natielle, de 14 anos, que integra a equipe e cursa o 8º ano do Ensino Fundamental.

Aluna de uma das seis equipes da Rede Sesi-DF de Educação, a Lego Field, Mariana dos Santos, de 11 anos, é a mais nova do time. Nas primeiras horas de torneio, na manhã de sexta (6), já demonstrava empolgação no pit. “Muita gente já veio aqui dar uma olhada e trocar bótons [prática comum entre os participantes dos torneios]. Esta é minha primeira temporada e está sendo uma experiência muito boa, estou gostando bastante!”, destacou a estudante do 6º ano do Ensino Fundamental.

Enquanto ela recebia visitantes interessados em conhecer mais sobre o projeto da equipe, o técnico suplente do grupo, o professor Marcelo Miranda, animava o ambiente ao som do batuque de um pandeiro. “É para empolgar a galera!”, disse. “A gente faz rimas, torce e anima. Em um momento de descontração, eles dançam e chacoalham. Isso ajuda a amenizar a tensão da disputa”, acredita ele, que leciona Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

Torneio aberto ao público
O público pode acompanhar as disputas da etapa do DF do Torneio Sesi de Robótica FLLC no Sesi Taguatinga (QNF 24, Taguatinga Norte). Neste sábado, a visitação ocorre até o meio-dia e das 13h30 às 17 horas — a cerimônia de premiação está marcada para as 15h30.