A Corrida do Trabalhador realizada hoje (1/5) pelo Serviço Social da Indústria (Sesi-DF), em parceria com a Rede Globo Brasília, chegou à 40ª edição, em pleno ano que a capital federal completa cinquenta anos. Por mais uma vez, a corrida promoveu o encontro de homens e mulheres, crianças, jovens, adultos e idosos, corredores amantes e profissionais, num total de 2,6 mil participantes, além de diversos espectadores. Realizada anualmente no Dia Internacional do Trabalho, a prova tem como objetivo homenagear aqueles que com o trabalho cotidiano contribuem com o desenvolvimento da cidade e com a expansão da economia brasiliense. A largada foi dada pela vice-governadora Ivelise Longhi, que prestigiou o evento. Cerca de R$ 37 mil foram distribuídos em prêmios.

Segundo o coordenador da Corrida, Ângelo Severino, “esta é, ainda, uma forma de promover mais qualidade de vida ao trabalhador brasiliense, no incentivo à prática esportiva”.

Subiram ao pódio os vencedores da prova dos 10km o brasileiro Damião Anselmo de Sousa (34’15”) e a queniana Rumokol Elizabeh (39’52”), nas categorias masculino e feminino, respectivamente. Segundo Damião, estreante na Corrida do Trabalhador, o forte treinamento que vem fazendo há meses é a explicação para o excelente desempenho nessa e em outras corridas que participou neste ano. “Venci recentemente a Corrida de Reis e a Meia Maratona Internacional de Brasília. Esse é mais um resultado positivo, o que me deixa feliz e satisfeito”, disse Damião. Já para Rumokol Elizabeh, é uma emoção ganhar uma corrida na capital do Brasil. “Venci hoje, contudo ainda quero mais. Viajo para São Paulo e participarei amanhã da Maratona que será realizada naquela cidade”, contou a queniana.

Com os menores tempos do dia, os primeiros colocados levaram pra casa R$ 6,5 mil, cada, além de troféu e medalha.

Categoria Especial - Cadeirantes

Por mais um ano, Wendel Silva (32) conquista o primeiro lugar na categoria especial cadeirantes. Essa é a 11ª vitória consecutiva do atleta, que nunca viu sua deficiência, causada por uma paralisia infantil, como obstáculo para a prática esportiva. Na opinião de Wendel, o excelente tempo que amanheceu hoje em Brasília ajudou na conclusão da prova. “Ontem choveu, e a umidade do ar está melhor. Além disso, amanheceu um lindo sol  e o vento estava ao nosso favor na subida. Isso tudo contribuiu para que eu conquistasse o pódio mais uma vez”, disse.

“Esporte para mim é sinônimo de qualidade de vida. Espero poder, com o meu exemplo, incentivar outras pessoas para a prática esportiva”, finalizou o atleta.

Histórias de vida na corrida
Antônio Amaro da Silva, morador da Asa Norte, tem 67 anos e está em plena forma física. Isso hoje, porque há cerca de 25 anos atrás a situação era outra. “Sou sargento aposentado. Estava muito acima do peso e achava constragendor comandar soldados em ótimas condições físicas. Decidi, então, correr para emagrecer”, contou o sargento, que hoje confessa não conseguir ficar um dia sequer sem correr.

Já Loraci da Silva (53), moradora de Sobradinho, corre há 28 anos e já participou e várias corridas na cidade. “No auge da minha juventude, fui corredora de elite e também competia na modalidade marcha atlética. Envelheci correndo e não consigo viver sem praticar esporte. Por isso, todos os anos eu participo e prestigio a Corrida do Trabalhador”, revelou.

A Corrida também reúne famílias. O professor de Educação Física Paulo Henique Paiva (37), morador do Parkway, levou os dois filhos pequenos e a esposa para assisti-lo correr. “Este é o nono ano que participo da prova. Trago minha família para que meu exemplo de pai sirva de incentivo. Quero que eles busquem uma vida saudável”, resume.

Opinião de quem entende
O gerente-executivo de esporte do Sesi Nacional e campeão Olímpico de Vôlei, Rui Campos, compareceu à Corrida, a fim de ver de perto a realização da prova. “Queremos implementar a Corrida do Trabalhador em todos os departamentos regionais do Sesi. Esta é a corrida mais tradicional que temos na instituição. Eu não só faço questão de prestigiar todos os eventos que o Sesi-DF faz na área de esporte, mas também é um interesse profissional em fazer um raio-x na corrida e ampliá-la à trabalhadores de todo Brasil”, explicou.

Programa Atleta do Futuro
Uma novidade deste ano foi a participação de 17 alunos do Programa Atletas do Futuro (PAF), realizado pelo Sesi-DF em todas as unidade operacionais. Os meninos que fazem parte da modalidade de atletismo, no Sesi Ceilândia, foram incentivados a ter a  primeira vivência de  competição de suas vidas.

Segundo o treinador da área de atletismo do PAF, Ronaldo Vasconcelos, “essa é uma oportunidade dos alunos colocarem em prática todo treinamento que até agora receberam”. Somente na unidade do Sesi Ceilândia, 120 alunos, de 7 a 17 anos, participam, gratuitamente, da modalidade.

O estudante Edson Fonseca da Costa (14) disse que, embora ansioso antes do percurso, ele adorou a prova. “Pretendo ser um atleta profissional. Este é só o início. Eu adoro praticar o atletismo”, disse, entusiasmado, o jovem.

Suzana Leite/Kamila Aleixo

Assessoria de Imprensa

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Fotos: Cristiano Costa e Felipe Barra