• Imprimir
• Email

Detalhes

Última Atualização: Quinta, 10 Setembro 2015 19:41

Pelo 16º ano, Taguatinga se transforma. Após duas semanas de preparação nos bastidores, com a produção da monumental estrutura física que dá forma à realização do tradicional Concurso Regional de Quadrilhas (Conquá), a maior unidade do Sesi no DF ganha nova forma e lindas cores. Ao acender das luzes no tablado montado especialmente para as apresentações dos grupos, o vermelho, o azul, o verde, o branco, o dourado e tantas outras cores saltam aos olhos anunciando que o show irá começar. A música revela: mesmo sendo agosto, vem quadrilha junina por aí. E o primeiro grupo, dos oito previstos nesta primeira noite de Conquá (5/8), é a Chamegos do Ó, quadrilha de Ceilândia Norte, Setor O. A quadrilha abriu a noite trazendo como tema a Literatura de Cordel.

O Concurso Regional de Quadrilhas é uma realização do Sesi-DF, em parceria com a Rede Globo Brasília. Na edição 2010, em ano de cinquentenário de Brasília, 24 quadrilhas se classificaram para participar deste evento, considerado a Copa do Mundo das quadrilhas juninas. Por dois meses, as 62 agremiações filiadas à Liga Independente das Quadrilhas Juninas do DF e Entorno (Linq-DFE), passam pelo Circuito de Quadrilhas realizado nas regiões administrativas do DF. As mais bem pontuadas se apresentam no Conquá. “É uma emoção enorme estar aqui. Ensaiamos o ano intero, sete dias por semana, para fazer a mais bela apresentação no Sesi. Não há palavras que possam expressar o que é estar aqui”, revela o quadrilheiro da Chamegos do Ó, Alan Gonçalves (23).

A Colo de Menina foi a segunda quadrilha a entrar no tablado do Sesi Taguatinga. Para Jéssica Nascimento, noiva da encenação, que tem apenas 15 anos – um a menos que a realização do Concurso – a dança junina é uma forma, inclusive, de afastar os jovens das ruas. “É maravilhoso estar aqui. Eu poderia estar em qualquer outro lugar, mas o movimento junino faz até isso: resgata os jovens. E mais, nos integra e nos torna uma família”, disse.

Teatro ou dança junina? A Formiga da Roça até confunde o público ao iniciar a apresentação. Com um lindo traje que reuniu inúmeras cores, enfeitando a noite, bonecos e bonecas puseram-se a dançar. Isso mesmo! É um convite à imaginação feito pela Formiga da Roça. É o arraiá com a magia e o encanto da dança da quadrilha por meio de bonecos tipicamente nordestinos. Para o marcador Luciano da Silva (35), as roupas são especialmente trazidas do Ceará, confeccionadas em Fortaleza. “Queremos impressionar com as indumentárias, que sempre embelezam a apresentação. Por isso a buscamos de tão longe”, explicou. Até a boneca Emília veio pro Conquá. A obra de Monteiro Lobato virou arraiá. O casamento maluco da boneca Emília com o Porco Rabicó foi o tema da quadrilha Chinelo de Couro. E o Visconde de Sabugosa também apareceu. Ele era o puxador do grupo.

Tradição - Na opinião do coordenador do evento, Rafael Galvão, o Concurso de Quadrilhas e o Arraiá são eventos populares que têm a intenção de valorizar e de manter a tradição das quadrilhas juninas. “Além disso, promovemos a descentralização cultural de Brasília, ao escolher por realizar o concurso sempre na região de Taguatinga. Todos têm acesso ao melhor da cultura nordestina, já que o evento é gratuito e feito para a população”, completou Rafael.

Para o público aproveitar melhor a festa, além das danças, há muita comida e bebida típica, nas duas praças de alimentação instaladas no local. O Concurso Regional de Quadrilhas continua nesta sexta-feira (6/8) e no sábado (7/8) às 20h. Já no domingo, às 19h, é dia do Arraiá Brasil, com a apresentação das melhores quadrilhas do País.

Confira a lista das quadrilhas que se apresentaram nesta quinta e as que se apresentarão na sexta-feira.

Quinta-feira (5/8)

1. Chamegos do Ó (Ceilândia)
2. Colo de Menina (Paranoá)
3. Formiga da Roça (São Sebastião)
4. Mexi-Mexi (Ceilândia)
5. Chinelo de Couro (São Sebastião)
6. Rasga o Fole (Valparaíso)
7. Trupica mais não cai (Valparaíso)
8. Caipirada (Planaltina de Goiás)

Sexta-feira (6/8)

1. Matutos da Cidade (Águas Lindas)
2. Tengo Lengo (Ceilândia)
3. Xique-xique (Planaltina de Goiás)
4. Arraiá dos Matutos (Planaltina de Goiás)
5. Arroxa o Nó (Paranoá)
6. Coisas da Roça (Paranoá)
7. Xuva de Prata (Santa Maria)
8. Ribuliço (Ceilândia)

Suzana Leite
Assessoria de impresa
Sistema Fesderação das Indústrias do DF
Serviço Social da Indústria (Sesi-DF)

Foto: Cristiano Costa/Unicom