FITO atrai 13 mil brasilienses ao Ulysses Guimarães

Festival internacional trazido a Brasília pelo Serviço Social da Indústria (Sesi-DF) mostrou o teatro de objetos a mais de 13 mil brasilienses, que se encantaram com 85 apresentações em que os  personagens eram interpretados por objetos comuns

Chaleiras assombraram, xícaras encantaram, saca-rolhas dançaram, fósforos fizeram guerra. Esses e outros fatos e objetos em ações inusitadas transformaram o Centro de Convenções Ulysses Guimarães em espaço mágico durante quatro dias. A vida brotou em cada coisa, ao mesmo tempo em que sorrisos infantis iluminaram as tardes e que candangos adultos se descobriram novamente crianças. Foi essa a magia proporcionada a mais de 13 mil pessoas pelo Sesi-DF ao trazer para a cidade o Festival Internacional de Teatro de Objetos (Fito), que se realizou entre os dias 16 e 19 de dezembro.

“No fim de ano, com confraternizações e outros tantos eventos e uma agenda política que também ocupa muito espaço, reunir mais de 13 mil pessoas em torno de um festival de teatro de uma modalidade pouco conhecida mostrou a força da arte no espírito do brasiliense”, afirma Lina Rosa, idealizadora e curadora do Fito. Durante os quatro dias de festival o público teve a oportunidade de apreciar 16 espetáculos em 85 apresentações que começavam às 16h e entravam a noite, até as 22h.

Verdadeira provocação sensorial de tons exóticos vindos de Israel, da Holanda, da França, da Espanha, do Canadá, da Bélgica e da Argentina, além das produções nacionais, o Fito ocupou 2 mil m2 do Centro de Convenções. Foram utilizadas 75 toneladas de equipamentos e instalações que incluíram salas de teatro e, no saguão, cenografia de candelabros feitos de cadeiras em tamanho original e bailarinas encarnadas, por assim dizer, em saca-rolhas gigantes, que dançavam e moviam os braços ao gosto e no ritmo das crianças que as faziam evoluir em seus pedestais.

Criado como modalidade teatral na década de 1980, na Europa, o teatro de objetos é uma vertente do teatro de animação, diferente da manipulação de bonecos porque as coisas são utilizadas sem alterar sua aparência original, proporcionando a personificação por associação de ideias. “O Fito foi, ao mesmo tempo, um encontro das pessoas com a arte e um encontro delas com uma parte lúdica e imaginativa de suas personalidades”, avalia Lina Rosa.

Foto: Cristiano Costa

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