Jovens concorrem à seleção para campeonato de lego
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- Última Atualização: Quinta, 10 Setembro 2015 19:41
Na última quarta-feira (4), 145 estudantes do colégio Sesi disputaram o Torneio Interno de Robótica, no qual serão selecionadas as equipes que vão para a etapa Centro-Oeste da FIRST LEGO League (FLL) – competição patrocinada pelas empresas multinacionais FIRST e LEGO, que investem no ensino infanto-juvenil de robótica –, que acontecerá em dezembro deste ano.
As equipes apresentaram soluções robóticas dentro dos temas máquinas ou mecanismos de defesae biotecnologia e formas de melhorar a vida humana. Os alunos também montaram robôs cujo desafio era derrubar em 15 segundos sete latinhas ao redor de uma circunferência, de modo que os robôs não saíssem de dentro do círculo. “A gente não conseguiu derrubar uma latinha e ficamos sem esperança. Mas fizemos tudo de novo e deu bastante certo”, disse a integrante da equipe vencedora do sexto ano, Maria Eduarda Brito.
As três equipes ganhadoras eram do sexto e oitavo anos do ensino fundamental e do primeiro ano do ensino médio de Taguatinga. Uma das soluções robóticas mais pontuadas foi a do oitavo ano, que elaborou uma cadeira de rodas capaz de desviar automaticamente de obstáculos. “Tenho familiares cadeirantes e às vezes eles batem nos lugares, é perigoso. A gente ‘bolou’ o sensor que evita isso”, disse o aluno da equipe vencedora, Kelton Holanda.
Em março deste ano, o colégio Sesi de Taguatinga sediou o Torneio Nacional de Robótica da FLL, e recebeu cerca de seiscentos alunos de onze estados. A equipe vencedora era composta por alunos do Sesi de Ourinhos-SP, que em seguida, no final do mesmo mês, ganharam o segundo lugar na etapa mundial do torneio, em Saint Louis (Missouri-EUA). A solução apresentada pelos alunos foi a pulseira Guardian (nome dado pela equipe), que ajuda familiares de idosos com Alzheimer a localizá-los via GPS.
O coordenador e instrutor Felipe Renier treina os alunos para os campeonatos |
Atualmente, o ensino de robótica é uma tendência nas escolas brasileiras. De acordo com o diretor da Escola Técnica de Brasília (ETB), Marrison Dantas, o ensino de robótica estimula a criatividade, o perfil inovador e a interdisciplinaridade. Para a integrante da equipe vencedora do primeiro ano no torneio, Álefe Lacerda, as aulas de robótica são um preparo para a carreira que escolheu, pois pretende ser engenheira mecatrônica.
O professor de robótica do Sesi do Gama, Omar Esper, acredita que o projeto é importante também para os educadores: “Nós crescemos como profissionais, recebemos capacitações e somos reconhecidos”. Segundo o coordenador do ensino de robótica no Sesi de Taguatinga, Felipe Renier, esse aprendizado desperta nos estudantes brasileiros mais interesse por ciência e tecnologia, além de trabalhar valores muitas vezes esquecidos por quem educa. “O lego permite que se algo der errado, de forma simples você pode refazer ainda melhor. Isso mostra na prática aos alunos que do fracasso pode vir o sucesso.”
Fotos: Thomas Gonçalves
Fonte: http://campus.fac.unb.br/