Sistema Fibra dispõe de salas de amamentação em três pontos do DF
- Detalhes
- Criado: Quarta, 28 Agosto 2024 18:46
Com o objetivo de apoiar mães que conciliam o aleitamento com atividades fora de casa, o Sistema Fibra mantém as Salas de Apoio à Amamentação da Mulher Trabalhadora. São três espaços com privacidade e estrutura para retirada e armazenamento do leite materno de segunda a sexta-feira, exceto feriados. O horário de funcionamento varia de acordo com a unidade (veja no fim do texto).
A iniciativa da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), do Serviço Social da Indústria do DF (Sesi-DF), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do DF (Senai-DF) e do Instituto Euvaldo Lodi do DF (IEL-DF) beneficia tanto colaboradoras das quatro instituições e estudantes quanto trabalhadoras de empresas vizinhas às salas, que ficam no Senai Taguatinga, no Sesi Central Park (Setor Comercial Norte) e no Sesi/Senai SIA.
Os ambientes são preparados para oferecer conforto à mulher. Há poltrona de amamentação, pia, kit para higiene, potes esterilizados com tampa e freezer para armazenagem do leite, que, devidamente etiquetado, pode ser retirado pela mãe no fim do dia ou doado ao Banco de Leite Humano do DF. Caso opte pela doação, a mulher deverá deixar o pote dentro do freezer e fazer o cadastro na Secretaria de Saúde pelo telefone 160 ou pelo site Amamenta Brasília.
“Muitas mulheres rompem com a amamentação quando voltam ao trabalho por não ter condições de fazer a ordenha e armazenar o leite em local adequado. Pensamos nas salas como uma forma de dar a elas as condições necessárias para continuar o aleitamento materno por mais tempo”, explica a assessora de Responsabilidade Social do Sistema Fibra, Cida Lima. Ela coordena o Programa Conexão, que reúne as quatro casas da indústria do DF em diversas ações de responsabilidade social e que é responsável pelas Salas de Apoio à Amamentação da Mulher Trabalhadora. Os espaços, inaugurados no segundo semestre de 2023, seguem recomendações da Secretaria de Saúde e são reconhecidos pelo Ministério da Saúde como locais que protegem e apoiam o aleitamento materno.
O Ministério da Saúde recomenda a amamentação até os 2 anos de idade ou mais e que nos primeiros seis meses o bebê receba apenas leite materno, sem a necessidade de água, sucos, chás e outros alimentos.
Ainda segundo o ministério, o leite materno protege o bebê contra diarreias, infecções respiratórias e alergias, além de diminuir o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes, reduzir a chance de desenvolver obesidade e contribuir para o desenvolvimento cognitivo. Para a mulher, a amamentação, além de fortalecer o vínculo com o filho, reduz os riscos de hemorragia no pós-parto e diminui as chances de desenvolver no futuro câncer de mama, de ovários e do colo do útero.
Agosto Dourado
Em alusão ao Agosto Dourado, movimento que busca a conscientização sobre a importância do aleitamento materno, o Programa Conexão e a Secretaria de Saúde do DF, em parceria com o Sesi Lab, promoveram uma ação especial para mães e bebês no sábado, 24 de agosto. A atividade incluiu “mamaço”, pintura de barriga e mama, dança materna e visita ao museu.
“A gente sabe que ainda enfrenta muitos obstáculos para que uma mulher consiga amamentar exclusivamente até o sexto mês e para que o bebê continue sendo amamentado por dois anos ou mais”, destacou a coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno da Secretaria de Saúde do DF, Mariane Curado. “Então este é um momento de celebrar, comemorar e marcar o quanto isso é importante e é algo que vai ter repercussões não só na primeira infância, mas ao longo de toda a vida.”
A nutricionista Regicely Ferreira, de 40 anos, foi uma das participantes da ação no Sesi Lab. Mãe de duas filhas, uma de 11 meses e outra de 3 anos, ela amamentou a mais velha até os 6 meses, de forma exclusiva, e manteve a amamentação de forma complementar até os 2 anos e 3 meses. Ruby, a mais nova, continua com o leite materno como parte da alimentação. “É um trabalho árduo e solitário e é muito importante quando a gente tem o reconhecimento da sociedade, até para incentivar outras mulheres a seguirem o caminho do aleitamento materno”, acredita.
Quem também já começou a introdução alimentar e segue recebendo o leite da mãe é Apolo, de 1 ano e 1 mês. Único filho da Katiely Teixeira, de 24 anos, ele vestia no evento a camiseta com a frase Eu Divido Meu Leite, em referência ao programa de doação de leite materno da Secretaria de Saúde. Para Katiely, a amamentação vai além de um simples alimento para o bebê. “É a ligação entre a mãe e o filho, um momento deles e um dos melhores da minha vida”, contou a auxiliar de escritório, que fez doação de leite materno desde os 7 dias de vida de Apolo até que ele completasse 1 ano, para que outros bebês também se beneficiassem dos nutrientes do alimento.